O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso criticou nesta sexta-feira, em São Paulo, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), coordenado pela ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, pré-candidata à sucessão presidencial em 2010. Em um encontro com outros ex-presidentes da América Latina, ele disse que o programa não está sendo "afogado" por falta de recursos, mas sim por incompetência. Ele lembrou do projeto para construção de um transporte rápido entre Campinas e Rio que só ficou no papel.
- O PAC não está sendo afogado por falta de recursos. Mas por incompetência e falta de projetos. Não há falta de recursos, mas falta de seriedade em compreender quais os mecanismos necessários para executar os projetos - disse ele, acrescentando que os investimentos em infraestrutura representam atualmente menos de 1% do PIB.
FH disse ainda que houve uma expansão enorme dos gastos com custeio da máquina administrativa. Segundo o ex-presidente, o gasto com pessoal até 2012 é crescente, o que significa que o governo está assegurando uma "expansão do gasto público que terá efeito marginal sobre o consumo popular".
Durante o encontro, FH afirmou que o governo não pode deixar de transmitir uma mensagem de esperança à sociedade em relação à crise econômica, mas que essa mensagem não pode ser retórica, sem a adoção de medidas concretas.
- Nós estamos indo no dia a dia com medidas de impacto que não se concretizam. Não estamos aplicando medidas efetivas que prestem atenção às consequências de longo prazo da crise - afirmou.
O ex-presidente disse que o epicentro da crise não está no Brasil e na América Latina, mas os países têm a responsabilidade de adotar medidas concretas para evitar as consequências na economia. FH acrescentou que há pouca preocupação em relação aos déficits futuros e que o Brasil não fez investimentos efetivos em infraestrutura e em reformas constitucionais.
- Agora, há uma simulação para se fazer tudo de uma vez só, como o projeto de construção de 1 milhão de casas. O que se pergunta é com que recursos será feito isso. Parece muito mais um efeito de otimismo, de propaganda, do que prospecção, de ação, de uma política mais sustentável a médio prazo.
- O PAC não está sendo afogado por falta de recursos. Mas por incompetência e falta de projetos. Não há falta de recursos, mas falta de seriedade em compreender quais os mecanismos necessários para executar os projetos - disse ele, acrescentando que os investimentos em infraestrutura representam atualmente menos de 1% do PIB.
FH disse ainda que houve uma expansão enorme dos gastos com custeio da máquina administrativa. Segundo o ex-presidente, o gasto com pessoal até 2012 é crescente, o que significa que o governo está assegurando uma "expansão do gasto público que terá efeito marginal sobre o consumo popular".
Durante o encontro, FH afirmou que o governo não pode deixar de transmitir uma mensagem de esperança à sociedade em relação à crise econômica, mas que essa mensagem não pode ser retórica, sem a adoção de medidas concretas.
- Nós estamos indo no dia a dia com medidas de impacto que não se concretizam. Não estamos aplicando medidas efetivas que prestem atenção às consequências de longo prazo da crise - afirmou.
O ex-presidente disse que o epicentro da crise não está no Brasil e na América Latina, mas os países têm a responsabilidade de adotar medidas concretas para evitar as consequências na economia. FH acrescentou que há pouca preocupação em relação aos déficits futuros e que o Brasil não fez investimentos efetivos em infraestrutura e em reformas constitucionais.
- Agora, há uma simulação para se fazer tudo de uma vez só, como o projeto de construção de 1 milhão de casas. O que se pergunta é com que recursos será feito isso. Parece muito mais um efeito de otimismo, de propaganda, do que prospecção, de ação, de uma política mais sustentável a médio prazo.
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