Físico britânico conta “não ter ideia” de qualquer aplicação prática para bóson com seu nome
RIO – Centro as atenções nos últimos dias após o anúncio, na quarta-feira, da descoberta de uma nova partícula subatômica com características compatíveis com o bóson que previa existir, o físico Peter Higgs admite “não ter ideia” de qualquer aplicação prática para o achado. Em sua primeira grande entrevista depois que cientistas trabalhando no Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (Cern) confirmaram a descoberta do bóson, apelidado “partícula de Deus”, Higgs, de 83 anos, voltou a dizer que ficou feliz com ela ter acontecido enquanto ainda está vivo e destacou a dificuldade que seria para os teóricos o caso se sua previsão não tivesse se confirmado.
- A partícula só vive por um período muito curto, um milionésimo de milionésimo de milionésimo de milionésimo de segundo, então não sei como isso pode ser aplicado a qualquer coisa útil – disse. - Não tenho ideia de como criar uma aplicação para alvo com uma vida tão curta.
Perguntado sobre a longa espera para que o bóson fosse descoberto, 40 anos desde a publicação de suas ideias, em 1964, Higgs contou nunca ter deixado de acreditar que estava certo.
- A existência desta partícula é tão crucial para a compreensão do resto da teoria (do Modelo Padrão da Física, que busca explicar o Universo em escala quântica) que era muito difícil para mim imaginar como ela poderia não estar lá – afirmou.
Um comentário:
Dois grandes equívocos das pessoas são confrontarem descobertas científicas com preceitos religiosos e aplicações tecnológicas.
As pesquisas científicas têm o propósito de ampliar o conhecimento.
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