segunda-feira, 30 de julho de 2012

Rússia não garante asilo a Assad


 

No mesmo dia, no entanto, país diz que não irá cooperar em busca de navios com armas


O primeiro-ministro russo Sergei Lavrov (direita) e se homônimo japonês Koichiro Gemba durante coletiva de imprensa
Foto: MIKHAIL MORDASOV/AFP
O primeiro-ministro russo Sergei Lavrov (direita) e se homônimo japonês Koichiro Gemba durante coletiva de imprensaMIKHAIL MORDASOV/AFP
MOSCOU - Ao mesmo tempo em que afirmou que não fez nenhum acordo para garantir asilo ao presidente sírio, Bashar al-Assad, e que já pensa em conversar com a oposição síria, o governo de Moscou anunciou neste sábado que não irá cooperar com a União Europeia (UE) para procurar navios suspeitos de carregarem armas para a Síria, uma postura desafiadora que pode provocar raiva no Ocidente.
- Nós não somos e nunca fomos os amigos mais próximos do regime sírio. Seus melhores amigos estão na Europa. Nós temos dito em mais de uma oportunidade publicamente que nós não estamos nem mesmo pensando nisso - afirmou ele a jornalistas ao ser questionado sobre informes na mídia russa de que o país estaria pronto para ofertar asilo a Assad,cujo país está em guerra civil.Em resposta aos rumores de que a Rússia poderia dar asilo a Assad, Lavrov, disse que “o asilo nem sequer está sendo pensado” e reiterou as declarações de Putin e de outros funcionários russos de que Moscou não tem nenhuma relação especial com o governo sírio, sugerindo que poderia fazer mais sentido para uma nação ocidental conceder asilo.
O ministro russo disse ainda que não está sustentando Assad e aceitaria a sua saída do poder em uma transição política decidida pelo povo sírio, mas reiterou que sua saída deve ser uma condição prévia e não forçada por forças externas.
Rússia diz que não irá cooperar em busca de navios com armas
Também neste sábado, o governo russo afirmou que não irá cooperar na busca de navios com armas na Síria. Os governos da UE concordaram sobre novas regras na segunda-feira em um esforço para impedir que armas cheguem a Síria, onde já ocorrem 16 meses de violência, com estimativa de mais de 18 mil pessoas mortas.
“Nós não iremos considerar dar consentimento a buscas de embarcações, nem à aplicação de outras medidas restritivas para eles”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Alexander Lukashevich em comunicado.
A Rússia, que fez esforços para bloquear sanções do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) e tem criticado os embargos ao país, disse que não “pretende tomar parte em medidas para implementar as decisões da UE dirigidas contra a Síria”.


  

Nenhum comentário: