quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

O Abismo Fiscal


Senado dos EUA aprova acordo para evitar abismo fiscal

  • Documento prevê aumento de impostos para quem ganha acima de US$ 400 mil

O vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, deixa uma reunião a portas fechadas com democratas do Senado para pedir o apoio deles em um acordo para evitar o abismo fiscal
Foto: AFP / Drew Angerer
O vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, deixa uma reunião a portas fechadas com democratas do Senado para pedir o apoio deles em um acordo para evitar o abismo fiscal AFP / Drew Angerer
WASHINGTON - O Senado dos Estados Unidos aprovou nas primeiras horas desta terça-feira uma lei que neutraliza a alta geral de impostos e cortes de gastos governamentais, combinação conhecida como abismo fiscal.

A aprovação prepara o cenário para um enfrentamento final da Câmara de Representantes, onde se prevê que a votação será realizada nesta terça-feira ou na quarta-feira.Em uma rara sessão de Ano-Novo por volta das 2h horário local (5h horário de Brasília), senadores votaram em 89 a favor e 8 contra para elevar alguns impostos sobre os mais ricos, com a continuação de taxas mais baixas para a classe média, o que tem acontecido durante uma década.
A medida, apoiada pela Casa Branca, impedirá uma elevação de impostos para a classe média mas aumentará para os indivíduos que ganham ao ano mais de 400 mil dólares e os casais que tenham ganhos superiores a 450 mil dólares. Estes níveis são mais elevados do que o anunciado pelo presidente Barack Obama durante campanha para o segundo mandato - que era de US$ 250 mil.
Acima da renda de US$ 400 mil, a taxa do imposto sobre a renda subiria dos 35% atuais a um máximo de 39,6%, o que representaria a primeira alta de impostos nos EUA em anos, algo a que os republicanos se opunham.
Sem a legislação, os economistas de dentro e de fora do governo tinham alertado sobre uma possível nova recessão e aumento do desemprego, se a economia for autorizada a cair no abismo fiscal.
O acordo foi "costurado" pelo líder da minoria no Senado, o republicano Mitch McConnel, e o vice-presidente Joe Biden.
Fontes parlamentares anunciaram que a Câmara dos Representantes, por sua parte, voltará a reunir-se a partir das 15h (horário de Brasília) desta terça-feira para começar a analisar o pacote legislativo do Senado.
Sem o sinal verde da Câmara baixa, onde os republicanos são maioria, os projetos necessários para evitar os efeitos do "abismo fiscal" não poderão entrar em vigor.
A princípio, o compromisso também incluiria um adiamento, por dois meses, dos cortes automáticos nos gastos públicos, que deveriam entrar em vigor a partir de quarta-feira, segundo fontes citadas pela cadeia CNN.


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