sábado, 19 de janeiro de 2013

Cuba pode levar Chávez a Caracas se conseguir estabilizá-lo, diz jornal


Fontes do diário espanhol ABC afirmam que médicos que cuidam do presidente venezuelano estão sob intensa pressão

  • Após tomar posse, Chávez continuaria internado no Hospital Militar de Caracas


Carros esperam em fila de checagem de segurança no hospital onde Hugo Chávez está sendo tratado, em Havana
Foto: Franklin Reyes / AP
Carros esperam em fila de checagem de segurança no hospital onde Hugo Chávez está sendo tratado, em Havana Franklin Reyes / AP
RIO - Médicos cubanos que cuidam do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, estão sofrendo uma intensa pressão para conseguir estabilizar as condições de líder venezuelano, para que ele possa voltar a seu país e tomar posse, afirmou nesta sexta-feira o jornal espanhol “ABC”. De acordo com fontes do diário, uma viagem de avião representaria um alto risco à saúde de Chávez, e ele deve ter condições mínimas para conseguir nomear o vice-presidente, Nicolás Maduro, e depois voltar a ser internado.
Ainda segundo o “ABC”, o líder venezuelano estaria começando a apresentar problemas de coração. O presidente teria sofrido um ataque cardíaco no dia 5 de janeiro, o que o fez perder a consciência e o levou a um estado de coma por vários dias, de acordo com jornal.“Fontes em contato com a equipe do hospital cubano Cimeq não descartam a possibilidade de que Chávez pode ser transferido em breve para o Hospital Militar de Caracas, onde, internado, juramentaria seu mandato e continuaria a avançar em seu câncer terminal. Aparentemente, já estão sendo feitas algumas preparações em Caracas”, diz o veículo.
A melhora na batalha contra uma infecção pulmonar fez com que partidário chavistas assegurassem que o presidente está se recuperando. No entanto, segundo fontes do diário, a situação de Chávez ainda é crítica e há rumores de que ele teria sofrido uma hemorragia no abdômen, mas não teve como passar por uma cirurgia, devido a sua fragilidade.
Para as fontes do jornal, Cuba quer a nomeação oficial de Nicolás Maduro o mais rápido possível, pois “desconfia profundamente” de Diosdado Cabello, presidente da Assembleia Nacional e que assumiria o cargo de chefe do Executivo caso Chávez não consiga fazê-lo.
Na quinta-feira, o novo chanceler da Venezuela, Elías Jaua, disse o presidente “está mandando e tomando decisões”. Jaua afirmou que ninguém deve ter dúvidas de que o líder bolivariano continua exercendo o poder de Havana. Segundo ele, a prova disso é a sua nomeação na terça-feira para o cargo de ministro das Relações Exteriores e vice-presidente político do governo.
Chávez se encontra em Havana desde 10 de dezembro se recuperando da quarta cirurgia na luta contra câncer. Devido a complicações de seu tratamento, Chávez não pôde estar presente em Caracas no dia em que assumiria seu quarto mandato. Uma decisão da Suprema Corte da Venezuela adiou a posse do presidente por tempo indeterminado.


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