Conta de luz irá cair mais que o anunciado pelo governo, diz Aneel
- Redução deverá ser de 18% para casas, em vez dos 16,2% anunciados em setembro
- Para indústrias, queda prevista é de até 32%
BRASÍLIA - A presidenta Dilma Rousseff deve anunciar na noite desta quarta-feira, em pronunciamento em rede nacional, que a redução no preço da energia para os consumidores brasileiros deve ser de até 18% para as residências e de até 32% para as indústrias. A informação é do diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino, que chegou para reunião no Ministério de Minas e Energia.
Em setembro do ano passado, também em pronunciamento à nação, a presidenta havia anunciado uma redução de 16,2% para os consumidores residenciais e 28% para as indústrias. As novas tarifas começam a valer no dia 5 de fevereiro.
Segundo Rufino, o corte maior no preço da energia será possível por causa de um aumento do aporte de recursos do Tesouro Nacional. O Ministério da Fazenda já tinha anunciado que o Tesouro Nacional gastará de R$ 2 bilhões a R$ 3 bilhões adicionais para assegurar a redução nas tarifas de energia.
Na quinta-feira, a Aneel fará reunião extraordinária para revisar as tarifas de distribuição, que serão aplicadas a partir do mês que vem. Os descontos entrarão em vigor em 5 de fevereiro.
Governo estuda repasse mensal dos custos das térmicas
A resistência de algumas empresas elétricas em renovar as concessões nos moldes definidos pelo governo, que exigiu redução de cerca de 70% da receita que as companhias tinham com os ativos já amortizados, levantou temores de que Dilma pudesse não entregar o corte de luz como prometido. As companhias estaduais Cesp, Cemig e Copel optaram por não renovar suas concessões de geração, ficando com os ativos nas condições atuais até o vencimento dos contratos.
Segundo fonte do governo, a redução maior que a prometida na tarifa de energia não foi feita com o intuito de compensar o efeito pelo uso das termelétricas que estão acionadas desde o ano passado, diante da escassez de chuvas que prejudica os reservatórios das hidrelétricas. Mas o desconto maior vai acabar ajudando a amenizar o efeito da energia mais cara das térmicas.
Ainda, de acordo com essa fonte, está em estudo dentro do governo a proposta formulada pelas distribuidoras de fazer com que o repasse do custo das térmicas nas tarifas de energia seja mensal e não apenas na data do reajuste anual, de modo a aliviar o caixa das distribuidoras.
O diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp, disse que num cenário extremo as tarifas para os consumidores terão um aumento de 3% em 2014, se todas as usinas termelétricas permanecerem acionadas até o fim deste ano.
Um comentário:
A redução forçada do custo para os consumidores traz insegurança ao mercado que reagirá com medidas cautelatórias aumentando os preços pagos pela pessoa física diretamente e/ou indiretamente através do governo.
A redução real dos gastos do consumidor só virá pela redução dos impostos exorbitantes
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