quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Supremo respalda manobra para estender mandato de Chávez


Enviado por Ricardo Noblat - 
9.1.2013
 | 16h19m
POLÍTICA


Para TSJ nova juramentação do presidente não é necessária, já que não houve ‘interrupção do cargo’. Tribunal também descartou a convocação de uma junta médica para avaliar o estado de saúde de Chávez, como solicitado pela oposição
Em um pronunciamento oficial, nesta quarta-feira, o Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela respaldou a manobra anunciada na terça-feira pelo governo venezuelano e anunciou que uma nova juramentação do presidente Hugo Chávez não é necessária, já que não houve “interrupção do cargo”.
Ao interpretar o artigo 231 da Constituição, a presidente do Supremo, Luisa Estella Morales (foto abaixo), disse quer levar “aos venezuelanos a paz e a tranquilidade de uma maneira clara e certeira”. O tribunal também descartou, por enquanto, a convocação de uma junta médica para avaliar o estado de saúde de Chávez, como solicitado pela oposição.



(Comentário meu: A Venezuela só não é um a piada porque é uma ditadura. O Tribunal Supremo de Justiça de lá anunciou que a posse de Hugo Chávez não é necessária, já que o mandato dele termina amanhã e amanhã deveria começar um novo mandato. Como o vice assumiu o cargo há um mês e nele permanece...
Assim não houve “interrupção do cargo”, segundo o Tribunal. Quando os motivos de saúde que mantêm o presidente em Cuba tiverem sido superados, o Tribunal diz que então marcará uma nova data para a cerimônia de posse.
Ora, se não houve "interrupção do cargo", e a cerimônia de posse marcada para amanhã tornou-se dispensável, por que uma nova cerimônia de posse será marcada tão logo Chávez esteja bem? Piada! Piada, não: ato de violência contra a Constituição que só é possível numa ditadura.
O que o Tribunal fez foi avalizar a prorrogação do mandato de Chávez que terminaria amanhã. Maduro, o vice-presidente, jamais foi votado. Ganhou o cargo em outubro último dado por Chávez. O vice na Venezuela pode ser demitido pelo presidente. Assim como ministros do Tribunal Supremo.
Em dezembro passado, Chávez demitiu 6 ministros de uma vez. Os seis nomeados depois por ele são do seu partido.)

Um comentário:

Symphronio de Labuquer disse...

Tá certo! É isso mesmo! Marco Aurélio "o Boca de Cloaca" Garcia tem carradas de razão. Ideologia não tem nada a ver com ética. Ideologia é o que a gente tem de obedecer e fazer. A ética, tudo bem, mas só depois, quando der - e agora não dá, diz o Boca. No caso do Lugo, a gente tinha de aproveitar a ensancha oportunosa e constitucional paraguaia para botar a Venezuela dentro do Mercosul, que, aliás, já estava bastante esculhambado e o Chavez só ia arrematar. Agora, se ele foi reeleito, deixem ele governar onde estiver. Por exenplo desde Havana, na UTI onde ele mora vizinho ao Fidel Castro.