domingo, 27 de janeiro de 2013

O Gato Voador


Esquadrão antibombas do RS é acionado e manda gato pelos ares

  • Fato inusitado ocorreu no estacionamento do Aeroporto Internacional de Porto Alegre
  • Animal, que estava dentro de uma caixa, foi destroçado por jato d’água; polícia afirma que gato já estava morto
PORTO ALEGRE — Uma operação do Gate (Grupamento de Operações Táticas Especiais) no aeroporto internacional de Porto Alegre terminou nesta sexta-feira de maneira inusitada: um gato morto e filas de passageiros à espera de táxis na área de desembarque do terminal. Uma caixa amarela deixada no estacionamento destinado a motos acabou sendo aberta pelo esquadrão antibombas e espalhou sangue no chão e numa parede. Segundo informações da Brigada Militar, o gato já estava morto quando foi deixado no local.
A caixa, que media 20 centímetros de largura por 30 centímetros de altura, foi notada no início da tarde da sexta-feira por um funcionário da Infraero. Como estava lacrada, logo se espalhou a suspeita de que fosse uma bomba. A segurança do aeroporto acionou o Gate. No estacionamento havia dez motocicletas.
Uma ambulância do Samu (Serviço de Atendimento Médico de Urgência) e pelo menos quatro viaturas da Brigada Militar foram deslocadas para o terminal. A área externa foi isolada, mas a Infraero informou que a operação não afetou os voos. O embarque de passageiros nos táxis do terminal, entretanto, acabou afetado, causando irritação em motoristas e clientes.
A unidade do Gate chegou ao local pouco antes das 14h. O comandante do Grupamento, capitão Santos Rocha, informou que várias testemunhas relataram que a caixa exalava um cheiro ruim, indicando que o animal já estivesse em estado de decomposição. Ele disse que a hipótese é de que o felino estivesse morto há alguns dias.
- Provavelmente alguém descartou o gato na área do aeroporto sem intenção de causar transtorno. Mas o procedimento de rotina exige que qualquer objeto suspeito seja tratado como um risco potencial, inclusive de bomba – explicou o oficial.
O procedimento de abertura da caixa foi feito com um canhão desruptor, que joga um jato de água sobre o objeto sem o risco de haver uma detonação na hipótese de conter explosivos. A operação durou menos de duas horas.
A ocorrência foi encaminhada para a Polícia Civil, que ainda analisa a possibilidade de abrir uma investigação para o caso.


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