viado por Melissa de Andrade -
11.1.2013
| 14h02m
O mercado de trabalho deve estar em alta quando tem vaga até para candidato a super-herói. Isso mesmo, o sonho de infância de muito marmanjo por aí pode estar em Seattle. Virar super-herói, com direito a uniforme e codinome.
Interessados favor se candidatar no site de Phoenix Jones, o autointitulado justiceiro mascarado da cidade. É preciso ser residente do estado de Washington, onde fica Seattle, ter ficha criminal limpíssima e alguma experiência de luta, artes marciais ou treinamento militar/ policial. Treinamento médico é um plus.
A patrulha Rain City Superhero Movement (algo como Movimento dos Super-heróis da Cidade da Chuva) se leva muito a sério.
Mais do que as habilidades, contam as boas intenções do candidato. Quem for metido a valente ou brigão será rejeitado. Quem estiver querendo fazer justiça ou dar uma lição nos outros também não serve para o cargo.
De acordo com a definição de Phoenix Jones, o candidato ideal é esperto, inteligente e excêntrico o suficiente para gostar de usar vestimenta semelhante aos demais 15 integrantes do grupo. Ele quer evitar a todo custo o doidinho violento tentando aproveitar o anonimato da fantasia para aprontar impune.
O bom moço (ou boa moça) bem qualificado será remunerado com o prazer de promover o bem comum. Sim, o trabalho é 100% voluntário. Nem na vida real super-herói ganha salário. Não se trata, portanto, de um redirecionamento de carreira. Como nos clássicos, super-herói que se preze tem um emprego civil de dia e segundo turno, mascarado, à noite.
Além de não receber, na verdade o futuro benfeitor terá de arcar com custos de seguro, divididos por todo o grupo. E ter disposição para enfrentar a incompreensão das autoridades, o que já colocou Phoenix Jones em apuros (leia nesta Carta de Seattle). Assistência jurídica, pelo menos, é garantida no grupo.
Uma exigência peculiar: não são aceitos jornalistas de jeito nenhum. Lá se vai meu delírio infantil de virar a Mulher Maravilha ou a She-Ra (alguém crie super-heroínas mais interessantes, por favor). O veto aos profissionais da palavra é uma tentativa de evitar um livro sensacionalista sobre o submundo da patrulha liderada por Phoenix Jones. Alguém devia dizer a ele que não é preciso saber escrever para fazer um livro. Ghost writers estão aí para isso. E, nos Estados Unidos, não falta emprego para eles.
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