domingo, 4 de agosto de 2013

Cielo é tricampeão mundial nos 50m livre


  • Brasileiro completa a distância em 21s32

Cielo vibra com o título mundial dos 50m livre Foto: Daniel Ochoa de Olza / AP
Cielo vibra com o título mundial dos 50m livre Daniel Ochoa de Olza / AP
BARCELONA - O nadador brasileiro Cesar Cielo tornou a fazer história neste sábado, no Palau San Jordi, em Barcelona, ao conquistar o tricampeonato mundial dos 50m livre, com o tempo de 21s32. Ele, com isso, ser tornou o primeiro homem a obter o tri mundial nesta que é uma das provas mais tradicionais da natação mundial. Cielo foi campeão dos 50 nos Mundiais de 2009, 2011 e 2013.
Além disso, Cielo, que foi campeão olímpico dos 50m em Pequim-2008, comemora sua sexta medalha de ouro em Mundiais, incluindo a dos 50m borboleta neste mesmo campeonato.
O atleta paulista, natural de Santa Bárbara d'Oeste, dominou a prova desde a largada, e teve a rigor apenas um adversário, o russo Vladimir Morozov, que ficou com a medalha de prata, no tempo de 21s47. Em terceiro lugar, com a medalha de bronze, ficou George Bovell, de Trinidad y Tobago, com 21s51. Já os franceses Florent Mamadou e Frederick Bousquet terminaram em quinto e em oitavo, com os tempos de 21s64 e 21s93, respectivamente.
No pódio, Cielo recebeu a medalha das mãos do russo Alexander Popov, um dos maiores nadadores da história e hoje membro do Comitê Olímpico Internacional (COI). Ao saber que havia se tornado o primeiro tricampeão mundial dos 50m na história, Cielo demonstrou certa surpresa.
— Eu tinha até me esquecido disso, de verdade. Eu sabia que o Popov tinha em Mundiais e que eu estava igual a ele. Então, passei agora — disse ele ao Sportv. — Sem palavras. Sinceramente, quando cheguei, não sabia que tinha ganho. Bati na borda da piscina e olhei para o placar, para ver, torcendo que ninguém na raia quatro ou na raia cinco tivesse voado.
Para o tricampeão, há ocasiões em que um atleta se preocupa em imaginar como vai ser o desempenho dos adversários, mas no caso do brasileiro, ele pensou apenas em si e no que deveria fazer:
— Olhei para a minha raia e bati na parede. Até entortei o dedão na chegada, mas valeu a pena. Se precisasse ter quebrado o dedo, quebraria também.
Para o brasileiro, esta foi sua melhor prova na série. Perguntado se a vitória teve o significado da redenção, após vários problemas como um caso de doping e cirurgias em ambos os joelhos, Cielo respondeu.
— Redenção traz um sentimento inexplicável, apesar de não ser uma redenção, porque este é meu sexto ano em pódios e meu terceiro Mundial com duas medalhas de ouro — disse, agradecendo a todos que torcem por ele. — Às vezes, eu ganho. Às vezes, eu perco. Mas dou meus 120%, e se Deus quiser, vou ganhar esta em 2016, também.
Inicialmente, a expectativa era a de que o brasileiro fosse se defrontar com os franceses, numa prova em que, somados, os participantes têm 16 medalhas olímpicas. Cielo está ciente de que agora, mais do que antes, será o alvo dos rivais, visando ao Mundial de Kazan-2015 e às Olimpíadas do Rio, em 2016.
— É sempre bom ganhar deles. O Bousquet, posso dizer que é amigo meu. Com o Anthony Erving e o Nathan Adrian (americanos), costumo competir, e não é que tenhamos amizade, mas somos colegas. A gente se respeita., mas sempre fica aquela pulga atrás da orelha — comentou. — Agora, vou ter de treinar três vezes mais, porque eles vão querer me matar — riu.


Um comentário:

Alberto disse...

O Cielo não é deste mundo.