Observatório da Imprensa
Tradução: Jô Amado. Edição: Larriza Thurler
Com 2012 chegando ao fim, em meio ao fluxo constante de notícias sombrias sobre o declínio dos jornais, a revista The Economist publica uma matéria surpreendente com o título “Após anos de manchetes ruins, a indústria finalmente tem boas notícias”.
Examinando o texto, a avaliação (relativamente) positiva é de que uma ligeira mudança para assinaturas digitais e a proliferação da leitura em aplicativos móveis pagos está finalmente começando a alterar a contínua e profunda queda na publicidade e na circulação dos jornais impressos.
O quadro geral continua alarmantemente ruim. A receita dos jornais americanos, diz a Economist, caiu para 34 bilhões de dólares (cerca de R$ 70 bilhões) no ano passado, “quase a metade do que foi a de 2000”.
Mas há atividade suficiente para apoiar a possibilidade de que a transformação dos jornais numa economia dominada pela mídia online seja um fato.
Os paywalls [“muros” para conteúdo pago], baseados num sistema de mensuração do uso, são cada vez mais vistos como uma necessidade, senão uma solução. O New York Times e centenas de outros jornais anunciaram ou adotaram paywalls em pouco mais de um ano.
Também é significativo que o Washington Post, uma das exceções entre os jornais mais importantes do país, reconhece que cobrar pelo acesso à edição online é inevitável.
“Enquanto se finalizam os detalhes”, revelou o Wall Street Journal em primeira mão, um paywall que “permita aos leitores eventuais um determinado número de matérias gratuitas antes de cobrar uma cota pela assinatura irá provavelmente ocorrer em 2013, assim como um aumento no preço de capa do jornal impresso”.
Um comentário:
Os jornais estão atrasados na adaptação à informação virtual.
Comprei hoje pela internet o e-book da obra completa de Nietzsche por US$ 1,99.
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