O apoio que a chanceler alemã, Angela Merkel, está ostensivamente dando à reeleição do presidente francês, Nicolas Sarkozy (foto), é tratado por ela como uma questão de política partidária. Segundo disse ontem, é normal apoiar um candidato da mesma linhagem política, da mesma maneira que o candidato socialista, François Hollande, participou recentemente do congresso do Partido Social Democrata alemão, o SPD.
Merkel lembrou ainda que Sarkozy a apoiou em 2009, quando concorreu à reeleição. A promessa de que se engajaria na campanha presidencial da França começou a ser cumprida ontem, com a reunião da chanceler alemã com o presidente Nicolas Sarkozy.
Os dois comandaram um conselho de ministros binacional que tem o objetivo oficial de analisar os acordos de cooperação mútua e estabelecer as bases para uma harmonização de impostos e taxas de juros.
Ainda na mesma tarde, os dois deram uma entrevista coletiva à imprensa e, à noite, apareceram novamente juntos, em outra entrevista, desta vez transmitida pela televisão dos dois países.
Nunca o apelido de Merkozy, nome pelo qual a dupla está sendo conhecida, teve tanta adequação quanto neste momento de campanha presidencial.
Um momento especialmente crítico para Sarkozy, em que ele está em segundo lugar nas pesquisas, mas sob o risco de nem chegar ao segundo turno se a candidata ultradireitista Marine Le Pen conseguir viabilizar sua candidatura. Ela tem cerca de 20% da preferência, contra 24% de Sarkozy.
O front nacional está com dificuldade para conseguir o apoio de pelo menos 500 delegados que podem validar uma candidatura presidencial.
Marine Le Pen acusa o governo de estar pressionando prefeitos para não a apoiar.
Sem a candidatura de Le Pen, o presidente francês estaria empatado com o socialista no primeiro turno da eleição.
O presidente francês, Nicolas Sarkozy, já comentou que nunca houve um momento na História francesa recente em que a relação de França e Alemanha fosse tão boa, e ele está convencido de que esse é um trunfo de sua candidatura, junto com sua experiência nas negociações internacionais.
Um comentário:
Merkel daria aulas a Hitler de como ocupar a França sem disparar um tiro
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