segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Cocaína em vez de Shampoo...





Imagem de TV mostra o capitão Francesco Schettino chegando a uma delegacia de Grosseto, na Itália, em 17 de janeiro
Foto: REUTERS
Imagem de TV mostra o capitão Francesco Schettino chegando a uma delegacia de Grosseto, na Itália, em 17 de janeiroREUTERS
ROMA — O exame toxicológico do capitão Francesco Schettino, comandante do navio italiano Costa Concordia, deu resultado negativo para o uso de drogas e álcool, de acordo com seus advogados e uma entidade de defesa ao consumidor do país. Entretanto, traços de cocaína foram encontrados nas amostras de cabelo do capitão. O cruzeiro se chocou contra pedras da costa da Ilha de Giglio na noite do dia 13 de janeiro, matando pelo menos 17 pessoas. Quinze pessoas ainda estão desaparecidas.
Os testes foram feitos após a prisão de Schettino, que enfrenta acusações de homicídio culposo múltiplo e de abandono do navio. A Codacons, entidade italiana de defesa do consumidor, que teve especialistas participando dos exames, afirmou que considera os resultados “não confiáveis”, já que eles não encontraram traços dos tranquilizantes que o próprio Schettino contou ter usado antes do acidente.
Já a cocaína foi encontrada apenas na parte externa dos cabelos de Schettino. Não havia resíduos da droga dentro dos folículos, que é a prova de que alguém realmente usou o entorpecente.
O advogado do comandante, Bruno Leporattti, criticou a Codacons por comentar o resultado dos exames, que ainda não foram divulgados oficialmente. Ele sustenta que o resultado é indiscutível.
— Os resultados dos testes deram negativo, tanto para o uso de drogas quanto para o uso de álcool — afirmou Leporatti.
O cientista responsável pelos testes, Marcello Chiarotti, afirmou à agência de notícias italiana ANSA que os exames deram um resultado “claro” que será encaminhado aos procuradores do caso. Sobre os traços de cocaína no cabelo de Schettino, ele afirmou que foi “um problema marginal que não compromete nem remotamente os resultados da análise”. A hipótese de alguém que manipulou a droga ter encostado nos fios é das possibilidades que explicariam o resultado.


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