O desembargador Tourinho Neto, membro do Conselho Nacional de Justiça, acha que os juízes estão sendo encurralados pela exibição da contabilidade de alguns tribunais: “O juiz desonesto deve ser punido, mas não é assim que a imprensa está fazendo. Precisamos de associações para lutarmos contra essa imprensa marrom”.
Numa trapaça do destino, na mesma sessão, por 12 a 2, o Conselho aposentou compulsoriamente o desembargador Roberto Wider, do Tribunal de Justiça do Rio. Em 2009, os repórteres Chico Otavio e Cássio Bruno informaram que o doutor facilitava a vida de amigos em nomeações para cartórios e litígios imobiliários. No ano seguinte, Tourinho Neto relatou o processo de Wider e defendeu sua absolvição.
Sem imprensa e sem o CNJ, nada disso teria acontecido.
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