terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Os Heróis Anônimos







PAULO ROBERTO Dias na delegacia: ele foi solto um dia antes de ser acusado de estupro
Foto: Cléber Júnior / Agência O Globo


PAULO ROBERTO Dias na delegacia: ele foi solto um dia antes de ser acusado de estuproCLÉBER JÚNIOR / AGÊNCIA O GLOBO
RIO - A prisão do homem suspeito de estuprar uma menina de 12 anos dentro de um ônibus, no Jardim Botânico, no último dia 15, só foi possível graças a heróis anônimos: o motorista e o cobrador de um coletivo da linha 540 (Largo do Machado-Leblon) e pedestres que passavam pela Praça Santos Dumont, na Gávea. Quando Paulo Roberto da Silva Dias entrou no veículo, os dois funcionários da Viação São Silvestre perceberam que ele era o mesmo homem que havia praticado um assalto no veículo na última quarta-feira. Desconfiados de que fosse também o autor do estupro ocorrido dias antes, os dois decidiram monitorá-lo. Quando Paulo Roberto assaltou uma jovem e tentou descer, o motorista entrou em ação. Pulou a roleta e deu início a uma briga que só terminou com a chegada da polícia.
Com medo de sofrer represálias, o motorista pediu para não ter o nome publicado. Ele descreveu a sequência de fatos que levaram à prisão do suspeito:
— Quando desconfiei de que fosse o estuprador, procurei um carro da polícia que costuma ficar próximo ao Jockey, mas não o encontrei. Na altura da Praça Santos Dumont, ele mandou a passageira descer, anunciando um assalto. Ela fez sinal para eu parar, mas não abri a porta. Pulei a roleta, e começamos a brigar. Falei para ele devolver o que tinha roubado. Ele devolveu e, depois, tentou fugir, mas o cobrador o segurou. Um pedestre correu até a delegacia da Gávea e chamou a polícia. Depois, seguimos a viagem — contou o motorista.


2 comentários:

AAreal disse...

E ele disse que herói é o Super Homem.

Cato disse...

O Paulo Roberto devia ser preso juntamente com o responsável por sua libertação na véspera do crime.
Ser brasileiro é um ato de heroísmo.
Parabéns ao motorista e trocador que agiram mesmo com medo de represálias.
A justiça funciona mesmo para defender os direitos dos bandidos.