Politicagem e incompetência
Quando discutimos no Congresso a proposta de criação do Fundo Soberano, ponderamos que essa figura se aplica como uma luva a países fartamente detentores de determinado recurso natural e que aproveitam excedentes econômicos gerados pela exploração desse recurso, preparando-se para eventuais quedas de preços no mercado internacional.
Era o tempo da “descoberta” do pré-sal (como se a Petrobrás não fosse um processo e como se a constatação desse manancial, por si só, significasse óleo jorrando e dando lucro imediato para o país).
Argumentamos que o FS é típico, por exemplo, dos países árabes exportadores de petróleo que, por essa via, se previnem das tão frequentes oscilações de preços. Não é o caso do Brasil, que exporta petróleo pesado (que não cabe em nossa matriz econômica) e importa petróleo leve, imprescindível ao funcionamento de sua economia.
Por aí já se compreende que a tal “autossuficiência” não passou de peça publicitária do governo Lula.
Em face do baixo nível de atividade econômica de determinado ano de seu período, quando ocorreu equilíbrio entre o petróleo que exportamos e aquele que importamos, o ex-Presidente não hesitou em propagandear uma conquista que jamais existiu.
A falácia não resistiu ao crescimento um pouco maior que, aquecendo a demanda interna, se verificou logo a seguir. Clara improbidade. Uso delituoso da máquina pública para exaltar uma mentira. Tanto é assim que pararam de trombetear a “fantástica” autossuficiência.
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