Os argentinos brincam com fatos históricos ao re-escrever a história para tirar vantagens eleitorais, fato este que já vem acontecendo de maneira sistemática em toda a história envolvendo a Argentina pela mão dos historiadores do regime da "presidenta doenta" Cristina Fernandez de Kirchner, com o risco de transformar a própria história em uma reles estória.
Na realidade ninguém sabe quem antes chegou ao arquipé. Portugueses, Ingleses, Holandeses e Espanhóis reclamam para si terem descoberto o arquipélago no Século 16. Em 1690 o Capitão John Strong, o qual ao se afastar de sua rota, acabou dando com esse território e o batizou com o título de Anthony Cary, o 5º Visconde de Falkland. Os ingleses só se fixaram em algumas das ilhas provavelmente mais tarde como se pode ler abaixo, de lá expulsando aos poucos os eternos inimigos franceses.
O nome de Malvinas que os argentinos utilizam para o arquipélago foi cunhado pelo famoso explorador francês Louis Antoine de Bougainville em 1764 quando tomou para a coroa francesa essas as ilhas abandonadas no Atlântico sul, lá deixando alguns habitantes da ilha de Saint Malo, os "malouins" daí Îles Malouines que em castelhano virou Islas Malvinas.
Uma coisa parece certa que nem franceses, nem ingleses tinham conhecimento da presença uns dos outros nas ilhas nessa época.
Cabe salientar que os argentinos de fato nunca lá estiveram nessa época e nem poderiam ter estado pois não havia ainda um país chamado Argentina, ela era só uma possessão espanhola que era denominada Vice-Reino Espanhol do Rio da Prata. O país viria a se chamar Argentina somente em 1816 quando de sua independência. Por incrível que pareça pouco conhecemos da história de nosso vizinho mais importante.
Quando em 1806 e 1807 os ingleses invadem o Vice-Reinado do Rio da Prata em retaliação a Napoleão que havia conquistado a Espanha (e depois Portugal, fato que em 1807 obrigaria a família real portuguesa a se exilar no Brasil), o líder da resistência na província platina foi o francês Jacques de Liniers, dito Santiago de Liniers na tradução castelhana.
Quem esteve e controlou parte das Malvinas durante algum tempo foram os espanhóis por terem comprado da coroa francesa uma parte das ilhas em 1767 e de lá se retiraram voluntariamente em 1806 deixando um vazio tanto administrativo e colonizador assim como legal. As Malvinas/Falklands permaneceram no limbo até que em 1820 uma tempestade forçou o navio de pesca Heroína comandado por um civil a buscar refúgio nas ilhas. O capitão David Jewett, de nome inglês, lá deixou hasteada a bandeira das Províncias Unidas do Rio da Prata, o que não era propriamente a Argentina apesar desta em 1820 já ser independente, tanto que os argentinos só tomaram ciência deste desembarque mais de um no depois da volta de Jewett ao Rio da Prata.
Em 1828 Louis Vernet comerciante Huguenote (protestante francês) fixado em Hamburgo (cidade líder da Liga Hanseática de comércio) pediu à coroa inglesa e aos argentinos a possibilidade de estabelecer um entreposto comercial nas ilhas, autorização esta que lhe foi concedida. Assim um vilarejo nasce nas Falklands para servir de entreposto na rota para o cabo Horn.
Em
De
Se formos contar desde a descoberta das Falklands até hoje, os argentinos que lá pisaram de forma ostensiva e duradoura não foram mais de poucas dezenas. Dizer que "las Malvinas son Argentinas" como podemos ler na saída do aeroporto de Ezeiza é uma lorota das mais vergonhosas e dignas de déspotas desesperados como o foram o General Gualtieri em 1982 e agora a "presidenta doenta".
O General, Sir, Jeremy Moore não permitiu que o nome Malvinas fosse utilizado no documento de rendição da Argentina após a Guerra das Malvinas em 1982, por se tratar de um termo de pura propaganda.
"Las Malvinas son Argentinas" como Angola e as outras ex-colônias portuguesas seriam brasileiras. Gato que nasce no forno não é biscoito. Não basta as Falklands terem sido espanholas em algum momento no passado. Como ficaria então o Brasil para aonde se transferiu a Coroa Portuguesa e seu governo de
Devemos estar vigilantes para evitar que nossa diplomacia, num arrebate de entusiasmo terceiro-mundista, não embarque em alguma aventura para apoiar esta tresloucada senhora que arrisca jogar uma guerra no colo de sua futebolística torcida. É responsabilidade do Brasil trazer calma e bom senso à conversa para evitar que, mais uma vez, o sangue dos hermanos não seja derramado no solo e no mar das Falklands. Nesta questão, tão próxima às nossas fronteiras, não podemos ficar em cima do muro, como nosso costume.
As Falklands são dos 3.140 Ilhéus de Falkland, os quais votaram de forma unânime para permanecer sob o domínio do Reino Unido, y ahora que se callen los milongueros!
2 comentários:
Maravilha! Independentemente dos colonizadores, o Bob's Blog sempre foi, é e será um instrumento de cultura na internet!
A participação do Brasil na Primeira Grande Guerra das Falkland-Malvinas foi como mediador. Acho que nossa posição não deverá ser outra caso ocorra um novo confronto.
Excelente! Muito bom e importantíssimo por divulgar em profundidade esse triste capítulo da politica sulamericana, sempre infestada pelas tiradas patriopeiras dos tiranetes de serviço. Se ontem foi Peron, anteontem Gualtieri, agora é a triste viúva que dá plantão na Casa Rosada - hoje mais desbotada que nunca - ao tentar compensar no plano externo a miséria em que vem deixando seus comandados, tenham ou não votado nela. Mrs. Thatcher, hoje na ordem do dia, com o Oscar dado a Meryl Streep, só tem a agradecer a trágica aventura de Gualtieri ao invadir as Malvinas (Les Malouines, como Você nos ensina). Sim, porque a Thatcher estava muito por baixo, na aprovação popular, após derrotar a elevado preço os mineiros em greve que parecia interminável. A oposição na Câmara dos Comuns estava na iminência de obter um voto de desconfiança que exigiria novas eleições que reconduziriam os socialistas ao Govêrno.Pois a febre insensata dos nacionalistas portenhos foi fundamental para seu triunfo e pela consolidação do statu quo que restabeleceu o nome que o arquipélago tem há 170 anos: Falklandas!
Vamos ver como se porta a diplomacia "cumpanhera" ante essa nova encrenca que criam nuestros hermanos. Mais que nunca, o Itamaraty estará sendo submetido à prova, exigindo-lhe a moderação e o equilíbrio que sempre emprestou a esses alucinados.
Postar um comentário