Atores-mirins são uma antiga pedra no sapato da teledramaturgia. O espectador está careca de ver crianças atuando sem naturalidade, sublinhando tudo aquilo que é considerado “próprio de uma criança”. O resultado é um desempenho falso-infantil, ou hiperinfantilizado, como queira. Resumindo, vemos crianças imitando um modelo idealizado — e distorcido — e enveredando para a caricatura tatibitate.
Nos últimos tempos, porém, há várias indicações de que isso vem mudando. Jesuela Moro, a Júlia de “A vida da gente”, de 7 anos, é uma prova disso. Klara Kastanho e o elenco que brilhou em “Cordel encantado”, outras. Rosana Garcia, que trabalha como >ita
Rosana conta que adota o mesmo método que seu pai, que foi roteirista de rádio e depois de TV, usou com ela, no início de sua carreira de atriz, aos 5 anos: “Ele passava o texto comigo, lendo para mim, até eu entender o que estava ali. O texto nunca ia para a minha mão”. Com Jesuela, Rosana repete essa rotina. A menina só entra em cena depois de introjetar o script. Por isso, o que se vê não é uma recitação e sim algo compreendido pela garota. Claro que isso vale também para os adultos. Mas, neste caso, os caminhos para o entendimento são outros.
Um comentário:
É trágica a curta memória dos adultos no que se refere aos tempos de criança.Os atores mirins são vítimas da percepção de uma criança ser um adulto retardado.
Mesmo em desenhos animados os personagens infantis são exageradamente sensíveis, fazendo com que centenas de heróis efeminados, criados pelos andróginos de Hollywood, predominem nos filmes infantis.
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