quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Mudança de Tom


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reconheceu nesta terça-feira, pela primeira vez, que se a crise financeira global atingir o Brasil haverá redução de recursos em todos os ministérios.
- Eu não posso assumir o compromisso com vocês de que, se houver uma crise econômica que abale o Brasil, a gente vai manter todo o dinheiro de todos os ministérios.
O presidente mudou um pouco o tom dos possíveis impactos da crise no Brasil e afirmou que a redução nos ministérios virá se a arrecadação de impostos for afetada.
- Até porque se um milhão for arrecadado a menos, vai ter menos dinheiro para todo mundo. Não vai ter ilusão - disse.
Lula, no entanto, procurou manter o otimismo e disse que a crise "vai chegar leve aqui."
Os números divulgados hoje mostram que a crise ainda não atingiu o bolso do governo. No acumulado dos primeiros nove meses do ano, a arrecadação já soma R$ 508,813 bilhões, recorde para o período.
Na segunda-feira, o governo anunciou novas medidas de crédito para aliviar os efeitos da crise. A agricultura ganhará mais 2,5 bilhões de reais e a construção civil terá 4 bilhões adicionais.
- Não vamos lançar um pacote econômico, vamos trabalhar pontualmente na expectativa de que as medidas do presidente Bush e do primeiro-ministro britânico Brown funcionem - disse Lula.

Um comentário:

Anônimo disse...

Juliet:
"What's in a name? That which we call a rose
By any other name would smell as sweet."
Presidente Lula, peça a alguém para traduzir (Quem sabe o Celso Amorim?)O senhor pode chamar do que quiser a injeção do dinheiro do BC no mercado. Até de pacote, não se preocupe. Esta crise pode não ser uma tsunami, mas não é uma marolinha mesmo.