sexta-feira, 17 de outubro de 2008

De Saites, Mauses e Defôs - Roberto Argento


Outro dia enviei uma mensagem pelo computador para um amigo escrevendo:
- Visite o saite da Academia Brasileira de Letras. É muito bom.
A resposta:
- Visitei. É realmente muito bom. Mas, não escreva saite. A palavra em português é sítio.
Aí, fiquei imaginando o seguinte diálogo:
- Você já visitou meu sítio ?
- Cara, você bebeu ? Claro, já fui lá três vezes, você não lembra ?
- Não, estou falando do meu sítio na Internet.
Pois é, há traduções que são corretas, mas são inapropriadas, não são esclarecedoras e, nestes casos não deve haver tradução e sim aportuguesamento. Sítio é sítio, saite é saite. Observem que lá no começo escrevi mensagem pelo computador e não imeiil, porque para e-mail, a tradução é correta, é perfeita: mensagem eletrônica, correio eletrônico.
Outro diálogo:
- Agora, sim, está ótimo ! Comprei um rato sem fio.
- Você quer dizer um rato sem rabo. E para quê ?
Já perceberam, claro. Mouse não pode virar rato, não pode ser traduzido, tem que ser aportuguesado. Então, não é rato, é mause.
E defautl ? O Dicionário Aurélio define como Valor (de uma variável, ou de um campo de entrada de dados) assumido automaticamente por programa quando o usuário não o determina explicitamente.
- E aí, qual foi o valor do campo de entrada de dados assumido automaticamente pelo programa já que você não o determinou explicitamente ?
É assim ? Claro que não. É assim:
- E aí, qual é o defô ?
Não posso continuar. Meu uôrde está me dizendo que o caminho escolhido não é válido.

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