domingo, 26 de outubro de 2008

Filha do embaixador Elbrick apóia Gabeira



Com o título "Marxista radical se candidata à prefeitura do Rio", a agência de notícias americana Associated Press (AP), uma das maiores do mundo, distribuiu nesta sexta-feira reportagem sobre Fernando Gabeira (PV), contando que "o marxista radical que seqüestrou o embaixador americano em protesto contra a ditadura", em 1969, conta hoje com o apoio da filha do diplomata na sua campanha para a prefeitura do Rio.
- Acho que é algo fantástico (a candidatura de Gabeira). Estou muito emocionada, simpatizo com seu partido e com seus pontos de vista - afirmou a escritora Valerie Elbrick, filha do embaixador Charles Elbrick, já falecido. (foto)
No texto, o repórter Bradley Brooks descreve Gabeira como um "deputado aficionado por motocicletas, defensor da legalização da maconha, do casamento entre homossexuais e da prostituição". Gabeira é ainda identificado como "o artífice do seqüestro", que acabou virando filme.
- O fato de Gabeira ter preocupações ecológicas hoje em dia mostra um traço bom de sua personalidade - disse a escritora, que na época do seqüestro morava na Iugoslávia e era, como ela própria definiu, uma "ignorante política".
" O fato de Gabeira ter preocupações ecológicas hoje em dia mostra um traço bom de sua personalidade "
- Ela é cosmopolita e tem uma visão progressista dos Estados Unidos, entendeu perfeitamente as motivações da época e como o exílio nos transformou - elogiou Gabeira, que sugeriu a Valerie que assistisse ao filme "O homem errado", de Alfred Hitchcock:
- O pai dela, por não ser culpado pela situação que o Brasil vivia na época, era o próprio homem errado.
À AP, a filha de Elbrick, que tinha 26 anos quando o pai foi seqüestrado, confirmou ter perdoado Gabeira "há muito tempo, ao saber da brutalidade da ditadura brasileira".
A reportagem da agência de notícias americana afirma ainda que, se for eleito, Gabeira vai se incorporar ao "já bem-fornido grupo de antigos guerrilheiros que ostentam postos de governo no país", citando o ministro da Comunicação Social, Franklin Martins (identificado como ministro das Comunicações), que também participou do seqüestro de Elbrick, e a ministra-chefe da Casa Civil (identificada como secretária da Presidência), Dilma Rousseff, "provável candidata a presidente em 2010, que participou da resistência contra a ditadura, entre as décadas de 60 e 80".

Nenhum comentário: