Fernando Gabeira (PV/PSDB/PPS), Integrante da luta armada contra a ditadura, foi recebido em clima de cordialidade no Clube Militar.
A "visita histórica", como classificou Gabeira, que nunca havia estado no Clube, teve a presença do presidente da entidade, general Gilberto Figueiredo, e de cerca de dez outros militares, entre eles coronéis da diretoria do Clube, que reúne dez mil militares da reserva no Rio. O general afirmou que "um grande número" de militares, sobretudo do Exército, disse a ele que vai votar no verde, apesar de haver outros que "jamais vão votar, por causa do passado". Ele afirmou que o principal ponto em comum entre os militares e Gabeira é o combate à "imoralidade na política":
- Se houve esse passado em lados opostos, hoje há um ponto de aproximação, a ação política (de Gabeira) de combate à imoralidade pública. Isso agrada muito a grande parte dos militares - disse o general, hoje na reserva e que por volta de 1970, quando Gabeira era perseguido pelos militares, era capitão e servia em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. - Há um simbolismo. É um encontro meio inusitado, um antigo guerrilheiro sendo recebido no Clube Militar.
- Estivemos em lados opostos na Guerra Fria. Mas temos pontos em comum: vontade de resolver as coisas na prática e resistência à corrupção e ao desvio do dinheiro público - completou Gabeira, que já acompanhou o Exército na Amazônia e na Antártica.
Ele brincou em relação ao voto do general:
- O presidente do Clube Militar disse que não vota em mim de jeito nenhum porque ele é eleitor em Petrópolis.
Na conversa, de cerca de meia hora, com os militares, Gabeira falou sobre a segurança no Rio, onde os militares, disse o candidato, poderiam cooperar na "coordenação de inteligências". Segundo ele, sua visita foi "uma iniciativa bilateral". O presidente do Clube, no entanto, afirmou que foi um pedido feito pela campanha de Gabeira.
Na visita estavam dois militares amigos de Gabeira, os brigadeiros Chicão Silva Júnior e Allemander Pereira Filho.
- O Allemander é um grande goleiro de water-pólo. O Chicão também joga. Nos conhecemos no water-pólo - disse o candidato, rindo.
- Temos tido alguma dificuldade para aceitarem a presença de aviões, helicópteros no nosso trabalho. Mas, como disse no debate (no último domingo), Santos Dumont teve dificuldade muito maior e conseguiu avançar.
Um dos presentes no Clube Militar foi Afonso Arlindo, que foi advogado do Exército por 30 anos e agora é voluntário da campanha de Gabeira:
- Gabeira hoje é uma pessoa tranqüila. Pode estabelecer a harmonia entre os Poderes.
- A presença do Gabeira aqui é fruto do amadurecimento de uma democracia, de pessoas que se desentenderam e que hoje podem conversar. O importante é defendermos o estado de direito, e esse encontro é uma pedrinha a mais nessa construção - acrescentou o general Figueiredo.
A "visita histórica", como classificou Gabeira, que nunca havia estado no Clube, teve a presença do presidente da entidade, general Gilberto Figueiredo, e de cerca de dez outros militares, entre eles coronéis da diretoria do Clube, que reúne dez mil militares da reserva no Rio. O general afirmou que "um grande número" de militares, sobretudo do Exército, disse a ele que vai votar no verde, apesar de haver outros que "jamais vão votar, por causa do passado". Ele afirmou que o principal ponto em comum entre os militares e Gabeira é o combate à "imoralidade na política":
- Se houve esse passado em lados opostos, hoje há um ponto de aproximação, a ação política (de Gabeira) de combate à imoralidade pública. Isso agrada muito a grande parte dos militares - disse o general, hoje na reserva e que por volta de 1970, quando Gabeira era perseguido pelos militares, era capitão e servia em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. - Há um simbolismo. É um encontro meio inusitado, um antigo guerrilheiro sendo recebido no Clube Militar.
- Estivemos em lados opostos na Guerra Fria. Mas temos pontos em comum: vontade de resolver as coisas na prática e resistência à corrupção e ao desvio do dinheiro público - completou Gabeira, que já acompanhou o Exército na Amazônia e na Antártica.
Ele brincou em relação ao voto do general:
- O presidente do Clube Militar disse que não vota em mim de jeito nenhum porque ele é eleitor em Petrópolis.
Na conversa, de cerca de meia hora, com os militares, Gabeira falou sobre a segurança no Rio, onde os militares, disse o candidato, poderiam cooperar na "coordenação de inteligências". Segundo ele, sua visita foi "uma iniciativa bilateral". O presidente do Clube, no entanto, afirmou que foi um pedido feito pela campanha de Gabeira.
Na visita estavam dois militares amigos de Gabeira, os brigadeiros Chicão Silva Júnior e Allemander Pereira Filho.
- O Allemander é um grande goleiro de water-pólo. O Chicão também joga. Nos conhecemos no water-pólo - disse o candidato, rindo.
- Temos tido alguma dificuldade para aceitarem a presença de aviões, helicópteros no nosso trabalho. Mas, como disse no debate (no último domingo), Santos Dumont teve dificuldade muito maior e conseguiu avançar.
Um dos presentes no Clube Militar foi Afonso Arlindo, que foi advogado do Exército por 30 anos e agora é voluntário da campanha de Gabeira:
- Gabeira hoje é uma pessoa tranqüila. Pode estabelecer a harmonia entre os Poderes.
- A presença do Gabeira aqui é fruto do amadurecimento de uma democracia, de pessoas que se desentenderam e que hoje podem conversar. O importante é defendermos o estado de direito, e esse encontro é uma pedrinha a mais nessa construção - acrescentou o general Figueiredo.
3 comentários:
Não acredito que os militares do Clube Militar, mesmo sendo de outra geração (e não a de quase 40 anos atrás) tenham "engolido" o Gabeira dessa forma tão cordial.
O que acredito é que o outro candidato seja tão desclassificado (até por motivos que só os milicos conhecem) que resolveram apoiar o ex-guerrilheiro. Gostaria que algum leitor opinasse.
Os militares aceitaram de forma civilizada algumas coisas com que as pessoas da minha geração (que tinham 30 anos em 1964) jamais sonharam que pudesse acontecer. Ex-guerrilheiros em postos importantes no governo (basta citar a Ministra Dilma Roussef, sucessora de José Dirceu na chefia da Casa Civil).
Agora, ver nos jornais os militares, que há pouco tempo condenaram um soldado por homossexualismo (sem admitir, é claro)apoiarem um ex-guerrilheiro e homossexual... Como escreveu o leitor Fernando, esse Paes deve ser mesmo alguma coisa muito deplorável.
O passado é passado. As posições que cada um tomou encontra (ou não) suas justificativas no passado.
O mundo mudou tanto nestes anos que explicar o presente ou "advinhar" o futuro a partir daqueles posicionamentos é simplesmente besteira.
A mim interessa aqueles que neste presente aliviam minha angustia quanto ao futuro. Aqueles que não me prometem mais do mesmo.
Mais um fernando, Fernando Caldeira
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