sábado, 2 de fevereiro de 2013

Marcos Valério se irrita ao depor na PF sobre mensalão mineiro


‘Sai da minha frente’, disse ao ser indagado pela reportagem de O GLOBO

  • Publicitário negou autoria de lista de beneficiários do escândalo

Marcos Valério comparaceu na manhã desta sexta-feira à sede de Polícia Federal em Minas Gerais Foto: Jackson Romanelli / Agência Infinito
Marcos Valério comparaceu na manhã desta sexta-feira à sede de Polícia Federal em Minas Gerais Jackson Romanelli / Agência Infinito
BELO HORIZONTE - Sumido desde que foi condenado pelo Supremo Tribunal (STF) a 40 anos de prisão, acusado de ser o operador do mensalão, Marcos Valério reapareceu nesta sexta-feira de manhã, na Superintendência da Polícia Federal (PF) em Belo Horizonte, onde permaneceu por uma hora e vinte minutos prestando depoimento em inquérito instaurado em São Paulo para apurar uma suposta lista de beneficiários do mensalão mineiro.
Trajando blazer, calça e camisa preta, Valério chegou às 10h20 acompanhado de seu advogado, Sérgio Leonardo. Bastante irritado com a presença de O GLOBO, Valério não quis dar entrevista.
— Sai da minha frente. Aqui dentro você não pode ficar — bradou, enquanto entregava seus documentos na portaria da delegacia.

Valério foi indiciado em outro inquérito da PF. Derivado da "Operação Terra do Nunca", da PF da Bahia, ele é acusado pelos crimes de estelionato, uso de documento falso e falsidade ideológica. Segundo a PF mineira, a agência DNA Propaganda Ltda tinha uma dívida de R$ 9,5 milhões com o INSS. Como garantia em penhora de execução fiscal, ofereceu cinco fazendas na cidade de São Desidério, na Bahia. Os imóveis, na realidade, não existem. De acordo com a PF, o objetivo com fraude era quitar o débito fiscal para a DNA Propaganda conseguir certidão negativa de débito para pode participar de licitações públicas.Em seu depoimento, Valério, segundo seu advogado, negou a autoria da lista. O documento aponta supostos beneficiários de repasses do mensalão mineiro, como ficou conhecido o processo de caixa 2 na reeleição do ex-governador Eduardo Azeredo, em 1998. Desmembrado, parte do processo está no STF e outra na Justiça Federal em Minas Gerais.


2 comentários:

carlos eduardo alves de souza disse...

Inacreditável a inabilidade do pessoal do PSDB que,mdesden o começo,tinhande ter sacrificado o Azeredo - e em praça bem pública. Mas, no fundo, acaba-se vendo que é quase igual aos demais, como acanteceu ontem em que para ter umlugarb - vagabundo lugar - na mesa da Câmara para Flexa Ribeiro -n acabou apoiando o celerado Renan.

Alberto disse...

O coitado tem razão em se irritar, ir para a cadeia não agrada a ninguém.