quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Senador tucano chama colegas de ladrões e provoca revolta



Mário Couto defende a análise patrimonial de todos deputados e senadores



O senador tucano Mario Couto discursou no plenário da Casa nesta terça-feira
Foto: O Globo / Ailton de Freitas
O senador tucano Mario Couto discursou no plenário da Casa nesta terça-feiraO GLOBO / AILTON DE FREITAS
BRASÍLIA - Um discurso do senador Mário Couto (PSDB-PA), na tribuna do Senado, chamando os parlamentares de "ladrões", dizendo que a corrupção é generalizada na política brasileira, e defendendo que o Supremo Tribunal Federal (STF) analise a evolução patrimonial de todos os deputados e senadores, na tarde desta terça-feira, provocou protestos de seus pares. O tucano elogiou o julgamento do mensalão, mas afirmou que ele não é suficiente.
- São dezenas ou centenas de parlamentares que estão aqui cheios de processos nas costas. Está escrito na testa: ladrão. Estão ricos porque roubaram do povo - afirmou Couto, aos berros, como de costume, na tribuna do Senado.
A primeira a se manifestar foi a líder do PSB, senadora Lídice da Mata (BA), que reagiu ao discurso do tucano:
- Não aceito esse tipo de pronunciamento. Meu partido tem senadores dignos, honestos.
Líder do PSDB, o senador Álvaro Dias (PR), tentou colocar panos quentes. Ele não ouviu o discurso do correligionário, mas tentou minimizá-lo:
- Ele não fez referência a nomes. Não acredito que ele tenha generalizado. Talvez não tenha sido bem entendido.
A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), que presidia a sessão, também protestou:
- Eu corroboro (com a senadora Lídice da Mata). Ele generalizou, sim.


Comentários dos Leitores

Anônimo deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Haddad se reúne com Dilma no Palácio do Planalto": 
Entendo que o Haddad poderá fazer um bom trabalho em São Paulo. Por incompetência do PSDB entra um petista na prefeitura de São Paulo, mas qual seria a outra opção? 

Jornalismo, âncora da democracia, por Carlos Alberto Di Franco



Carlos Alberto Di Franco, O Estado de S. Paulo
As virtudes e as fraquezas dos jornais não são recatadas. Registram-nas fielmente os sensíveis radares dos leitores. Precisamos, por isso, derrubar inúmeros desvios que conspiram contra a qualidade dos jornais.
Um deles, talvez o mais resistente, é o dogma da objetividade absoluta. Transmite, num pomposo tom de verdade, a falsa certeza da neutralidade jornalística. Só que essa separação radical entre fatos e interpretações simplesmente não existe. É uma bobagem.
Jornalismo não é ciência exata e jornalistas não são autômatos. Além disso, não se faz bom jornalismo sem emoção. A frieza não é humana e, portanto, é antijornalística. A neutralidade é uma mentira, mas a isenção é uma meta a ser perseguida. Todos os dias.
A imprensa honesta e desengajada tem um compromisso com a verdade. E é isso que conta.
Mas a busca da isenção enfrenta a sabotagem da manipulação deliberada, a falta de rigor e o excesso de declarações entre aspas.
O jornalista engajado é sempre um mau repórter. Militância e jornalismo não combinam. Trata-se de uma mescla talvez compreensível e legítima nos anos sombrios da ditadura, mas que, agora, tem a marca do atraso e o vestígio do sectarismo.
O militante não sabe que o importante é saber escutar. Esquece, ofuscado pela arrogância ideológica ou pela névoa do partidarismo, que as respostas são sempre mais importantes que as perguntas. A grande surpresa no jornalismo é descobrir que quase nunca uma história corresponde àquilo que imaginávamos.
O bom repórter é um curioso essencial, um profissional que é pago para se surpreender. Pode haver algo mais fascinante? O jornalista ético esquadrinha a realidade, o profissional preconceituoso constrói a história.
Todos os manuais de redação consagram a necessidade de ouvir os dois lados de um mesmo assunto. Trata-se de um esforço de isenção mínimo e incontornável. Mas alguns desvios transformam um princípio irretocável num jogo de cena.

Carlos Alberto di Franco é doutor em Comunicação pela Universidade de Navarra, é diretor do Departamento de Comunicação do Instituto Internacional de Ciências Sociais (IICS) - e-mail: difranco@iics.org.br

Sem Comentários



Marginal Luiz Inacio Lula da Silva.jpg

A Palavra do Dia


Travessura 
É uma brincadeira maliciosa, ou seja, traquinagem, muito praticada no Dia das Bruxas, nos Estados Unidos, Canadá e Reino Unido. A famosa frase ‘Travessuras ou gostosuras?’ é repetida por crianças fantasiadas que saem às ruas pedindo doces. Se receberem as gostosuras, as crianças partem para outra casa, se não, preparam travessuras como encher a varanda das casas com papel higiênico esprays de espuma colorida. Essa prática tem origem na Grã-Bretanha, quando pessoas pobres cantavam e rezavam pelos espíritos dos mortos, pedindo pedaços de bolo. No Brasil, na Ilha de São Francisco do Sul, em Santa Catarina, ocorre a Festilha, abreviação de ‘Festa de Tradições da Ilha’, na qual se retoma a tradição portuguesa do ‘Pão-por-Deus’. Segundo este costume, que vem da Grã-Bretanha, as crianças batem de porta em porta recitando versos em troca do pão-por-Deus, um bolinho doce de frutos secos.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Torcida verde-e-amarela por Barack Obama



Mesmo sem reconhecimento oficial, preferência de Dilma Rousseff pelo democrata é clara; mas atenção dedicada ao país decepcionou


Beijinho. Dilma Rousseff e Barack Obama: visita de cortesia do democrata não surtiu o efeito esperado na relação entre os dois países Foto: Reuters/14-4-2012
Beijinho. Dilma Rousseff e Barack Obama: visita de cortesia do democrata não surtiu o efeito esperado na relação entre os dois paísesREUTERS/14-4-2012
BRASÍLIA — A definição do ocupante da Casa Branca nos próximos quatro anos mexe com interesses do mundo inteiro. Numa série de reportagens, O GLOBO mostra as expectativas dos principais países afetados pela escolha entre Barack Obama e Mitt Romney. Para o Brasil, apesar da disposição para estreitar laços com a América Latina, um governo republicano significaria tensões mais óbvias na política externa.
Embora não reconhecida oficialmente, a preferência do governo brasileiro pela continuidade de Barack Obama é clara. E os assessores da presidente Dilma Rousseff não escondem isso. Há uma avaliação de que, tradicionalmente, o Brasil tem mais afinidade com governos democratas do que com republicanos, considerados mais conservadores. Para um interlocutor do Palácio do Planalto, a vitória eventual de um republicano criaria situações de tensão mais óbvias na política externa.
Mostra da predileção por Obama foi um ato falho cometido pela presidente Dilma em abril deste ano, notado por pessoas próximas e pela mídia americana, quando se realizou reunião bilateral entre ambos, em Washington. Num trecho de seu discurso, Dilma saudou “a grande melhoria ocorrida” nos Estados Unidos e, em seguida, revelou seus votos de que Obama continue na Presidência “nos próximos meses e anos”:
— Nós saudamos a grande melhoria ocorrida aqui, nos Estados Unidos. E temos certeza de que isso será uma tônica dos próximos meses e anos sob a liderança do presidente Obama.
As questões que preocupam o Brasil em relação a um eventual governo republicano envolvem, entre outros pontos, o tratamento mais unilateral que o partido costuma dar a temas como Oriente Médio, Cuba, Venezuela e defesa do país.
Apreço pela ONU
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Tovar Nunes, acredita que a convivência entre os dois países atingiu um nível de maturidade em que a alternância de partido na Presidência dos EUA não terá impacto sobre as relações bilaterais. No entanto, admite que, historicamente, o governo brasileiro vem se identificando mais com os democratas.
— A administração democrata mostrou maior apreço pela instituição democrática que é a ONU. Isso foi feito no caso da crise na Líbia, ficamos satisfeitos de saber que a intervenção foi moderada em comparação ao que ocorreu no Iraque e que foi objeto de consulta na ONU. A orientação de Romney é mais distante do Brasil. No plano multilateral, seria preciso mais diálogo para encurtar as diferenças de posições caso venha a ser eleito um republicano.
O Brasil vê com preocupação, segundo diplomatas, uma nova política externa americana que viesse a ampliar o apoio a Israel, em detrimento dos vizinhos. O temor é de uma guinada para soluções militares, ao invés de diplomáticas, na crise da Síria, no Irã e no mundo árabe. A forma como o presidente Obama tem conduzido essas questões e a sinalização de redução do aparato militar e retirada de tropas do Iraque e do Afeganistão agradam ao governo brasileiro.
Outro ponto que incomoda o Brasil nos republicanos é a ênfase acentuada em gastos militares. Há uma percepção de que o foco em defesa aumenta a tensão entre os países e, consequentemente, desestabiliza os esforços diplomáticos para solução de problemas.
Além do Oriente Médio, preocupa a questão de Cuba, tema ressaltado porDilma na abertura da 67ª Assembleia Geral da ONU em Nova York, este ano:
— Cuba tem avançado na atualização de seu modelo econômico. E para seguir em frente, precisa do apoio de países próximos e distantes — afirmou, repetindo o discurso de seus antecessores de que é necessário suspender o embargo econômico ao país.
Contra uma nova Alca
O governo ressalta que o Brasil está em uma posição de reincorporação de Cuba no sistema interamericano, com sinais de abertura vindos da ilha que têm sido bem recebidos pelos Estados Unidos. Com Romney, isso mudaria. O candidato cita Cuba e Venezuela como países que estão “liderando um virulento movimento bolivariano antiamericano pela América Latina, que busca enfraquecer a governança democrática e oportunidade econômica”. E critica Obama por flexibilizar regras, sem maiores mudanças no regime.
Na área econômica, a sugestão de Romney de estreitar os laços comerciais com a América Latina é vista como tentativa de ressuscitar a proposta da natimorta Alca, combatida pelo Brasil. O tratamento que a Embraer — menina dos olhos do governo brasileiro — recebeu de republicanos deixou sequelas. Por iniciativa de um integrante do partido, foi cancelada uma concorrência das Forças Armadas que havia sido vencida pela Embraer. O processo foi retomado, mas permaneceu o desagrado.
Há uma percepção de que as relações econômicas não devem variar conforme o partido. A presidente Dilma já criticou a política monetária expansionista que Obama adotou para combater a crise, que desvaloriza o dólar e torna os produtos brasileiros menos competitivos. A avaliação é que democratas tendem a defender maior intervenção do Estado, mas que republicanos também adotam medidas para favorecer o público interno em questões econômicas.
Mesmo que esteja à frente na preferência do alto escalão brasileiro, a satisfação com Obama não é plena. Havia uma expectativa que não foi cumprida. No início do governo Dilma, Obama fez visita de cortesia, foi à sua casa no Alvorada, trouxe família e fez declarações amistosas. Mas poucos programas tiveram um desenvolvimento satisfatório. O fato de não ter ficado ao lado do Brasil na crise política no Paraguai, que resultou no impeachment do presidente Fernando Lugo, feriu sensibilidades.
No entanto, ao menos três questões de interesse do Brasil foram resolvidas: a expedição de vistos —o Brasil ultrapassou a China em número de vistos para os EUA —, o acordo entre as empresas Boeing e Embraer, e o fim do subsídio ao etanol, promessas de Obama que foram cumpridas ao longo de sua gestão.
— Apesar de alguns pontos não terem evoluído com Obama, podem-se fomentar expectativas de que, em um segundo mandato democrata, haverá maior avanço em temas caros ao Brasil, como a flexibilização em relação a Cuba, por exemplo. E existe a questão pessoal, é mais fácil trabalhar com uma equipe que já é conhecida — aponta Tovar.
Sem resquício ideológico
O diplomata Rubens Barbosa, ex-embaixador em Washington, acredita que a relação direta entre Brasil e EUA pouco irá mudar, independentemente do partido que ganha as eleições:
— Os dois países mantêm uma relação correta, não de algo a mais.
Para o embaixador, não vai haver diferença nas relações comerciais entre os dois países caso um republicano passe a ocupar a Presidência após as eleições. Barbosa menciona o fato de Romney ter defendido durante os debates o livre comércio com a América Latina, proposta que, historicamente, enfrenta resistência de países como Brasil, Argentina e Venezuela. Alega, entretanto, que dificilmente os republicanos levariam a proposta adiante.
— Além de já ter havido o fracasso da Alca, os EUA não podem conceder o que os países latinos querem: o fim dos subsídios aos produtos agrícolas e a abertura para os manufaturados. A afirmativa de Romney é muito mais para consumo interno — observa.
O embaixador afirma que, nos eixos de tensão da política externa americana pode ser notada alguma diferença entre os governos dos partidos democratas e republicanos. Residualmente, a postura americana em relação a Cuba ou Israel poderia afetar o Brasil, mas em menor proporção do que ocorreu na época do ex-presidente Lula, acredita Barbosa.
— Com Dilma Rousseff, eliminou-se o resquício ideológico nas questões de política externa, um fator que gerou tensão no governo Lula por conta da questão do Irã. Então, hoje, mesmo que um republicano ultraconservador de direita como Romney seja eleito, muda pouca coisa para o Brasil.

Haddad se reúne com Dilma no Palácio do Planalto


Prefeito eleito de São Paulo diz que foi agradecer e aproveitou para estabelecer "rotina de trabalho"



A presidente Dilma Rousseff recebe o prefeito eleito de São Paulo, Fernando Haddad, no Palácio do Planalto.
Foto: Gustavo Miranda/Agencia O globo
A presidente Dilma Rousseff recebe o prefeito eleito de São Paulo, Fernando Haddad, no Palácio do Planalto.GUSTAVO MIRANDA/AGENCIA O GLOBO
BRASÍLIA - O prefeito eleito de São Paulo, Fernando Haddad, passou cerca de 40 minutos, na manhã desta segunda-feira, com a presidente Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto. Haddad disse que agradeceu o empenho, a amizade e o carinho da presidente na campanha eleitoral, mas aproveitou para estabelecer uma "rotina de trabalho" com o governo federal e tratou da renegociação da dívida da capital.
Haddad afirmou que pretende estabelecer "uma transição de alto nível" com o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, que apoiou o tucano José Serra. Também pretende criar uma relação semelhante com o governo federal.- Vim agradecer todo o seu empenho, a sua amizade e o seu carinho, mas já estabelecer com ela uma rotina de trabalho. Foi uma conversa de agradecimento, mas já endereçamos alguns assuntos importantes para a cidade. A presidente conhece o meu estilo de trabalho, trabalhamos juntos como ministros e depois fui seu ministro - disse.
- Eu passei por dois ministérios, Planejamento e Educação. Conhecer como a máquina federal funciona poderá ser muito proveitoso. Teremos um grupo de trabalho, discutindo também as parcerias que foram anunciadas e gostaria de ver implantadas na cidade em torno dos eixos estruturais do meu programa de governo – afirmou.
O prefeito eleito disse também ter conversado amenidades com a presidente, mas reconheceu que o tema da dívida foi discutido no encontro.
- Não entramos em temas específicos, tangenciamos esse assunto. Todos comungamos do mesmo objetivo de fazer uma parceria em torno de todos os temos de interesse de São Paulo. Esse assunto é presente nas nossas conversas,mas há também os investimentos federais que pretendo levar para São Paulo - afirmou.
Ele disse que todo apoio em uma eleição é importante, mas afirmou que Lula e Dilma foram fundamentais para a vitória do PT em São Paulo.
- Eles são figuras centrais no cenário nacional - disse, acrescentando o papel de Lula na sua administração:
- É um conselheiro de todos nós
Do Planalto, Haddad, acompanhado da mulher, Ana Estela, seguiu para o Ministério da Educação:
Tenho certeza de que uma parte do êxito em São Paulo tem muito a ver com o que os professores e professoras do Brasil conseguiram na minha gestão. Uma forma de homenageá-los é visitar meus amigos do MEC.
Haddad disse que vai descansar até a próxima semana e, então, passará a cuidar da transição. O grupo que cuidou do programa de governo, coordenado por Antônio Donato, vai fazer a transição. Antes de anunciar o secretariado, disse o prefeito eleito, será discutido o organograma da prefeitura de São Paulo.

Neymar entra na briga pela Bola de Ouro de melhor do mundo


Brasileiro vai concorrer ao prêmio com Messi, Cristiano Ronaldo e outros 20 jogadores



Neymar: dois gols pela seleção na terça-feira e um golaço pelo Santos nesta quarta-feira
Foto: Santos / Divulgação
Neymar: dois gols pela seleção na terça-feira e um golaço pelo Santos nesta quarta-feiraSANTOS / DIVULGAÇÃO

RIO - Pelo segundo ano consecutivo, o atacante Neymar foi indicado ao prêmio da Bola de Ouro da Fifa e da revista “France Football”. O atacante foi incluído na lista dos 23 nomes que concorrem ao título de melhor do mundo junto com nomes como Lionel Messi, Cristiano Ronaldo, Ibrahimovic e Falcao Garcia.
Os vencedores dos prêmios da Fifa serão conhecidos no dia 7 de janeiro, em Zurique, na Suíça. No mesmo dia, além do melhor jogador do mundo, a entidade divulga a seleção do ano, o prêmio Puskas de gol mais bonito da temporada, o prêmio Fair Play e o prêmio de melhor jogadora do mundo, em que Marta está na disputa.
Antes disso, porém, a Fifa vai anunciar no dia 29 de novembro, em uma coletiva em São Paulo, a lista dos três finalistas dos prêmios.
No ano passado, Neymar ficou em 10º lugar na eleição que consagrou Messi com o terceiro título consecutivo. O craque argentino, aliás, vai em busca do quarto título consecutivo. Neymar perdeu o título de melhor do mundo no ano passado, mas não saiu da festa da Fifa de mãos abanando. Ele ganhou o prêmio de gol mais bonito da temporada com o gol marcado na derrota de 4 a 3 do Santos para o Flamengo pelo Campeonato Brasileiro.
O atacante do Santos é o único brasileiro na lista que tem sete espanhóis, três italianos, dois argentinos, dois alemães, dois marfinenses e um representante da França. Colômbia, Suécia, Portugal, Holanda e Inglaterra.
O Real Madrid é o clube com o maior número de representantes na lista. São seis, entre eles o português Cristiano Ronaldo, um dos favoritos ao prêmio. O Barcelona tem cinco indicados. São ainda três representantes do Manchester City, dois de Juventus e Manchester United e um do Shanghai, Atlético de Madrid, PSG, Bayern de Munique e Santos.
A Fifa também divulgou a lista dos técnicos que concorrem ao prêmio de melhor do ano. O predomínio é dos alemães, com três representantes: Joachim Löw, da seleção alemã, Jürgen Klopp, do Borussia Dortmund, e Jupp Heynckes, do Bayern de Munique.
Campeão europeu com o Chelsea, Roberto di Matteo também aparece na lista. Assim como Vicente del Bosque, que foi campeão europeu com a seleção espanhola e o ex-técnico do Barcelona Pep Guardiola.

 

A Palavra do Dia


Circunscrição 
Território a que se referem os cargos a serem definidos numa eleição. Se for uma eleição para presidente, o termo se refere ao país, para governadores, senadores e deputados, ao estado, e para prefeitos e vereadores, ao município. No Brasil Império, falava-se em Lei dos Círculos, que foi inspirada na lei eleitoral francesa de 1789, que estabelecia três apurações: a maioria absoluta era exigida na primeira; se nenhum candidato a obtivesse, nem no segundo nem no terceiro, só poderiam se candidatar os dois mais votados na segunda eleição anterior. Após a criação da Lei Saraiva, em 1881, as eleições diretas foram trazidas de volta, e os círculos passaram a se chamar ‘distritos’.

Comentários dos Leitores

AAreal deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Haddad vence em São Paulo": 
Predominou a emoção.Pena. 

Alberto deixou um novo comentário sobre a sua postagem "A palavra do Dia": 
O plebiscito 1993 derrubou a tentativa de golpe do PSDB e amigos que iriam impor goela abaixo dos brasileiros o parlamentarismo como clausula da nova constituição.
Na época a união dos ruralistas com a esquerda foi decisiva.
Quem te viu e quem te vê. 

Alberto deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Em meio a tumulto entre apoiadores e críticos, Jos...": 
Nesta eleição os "cumpanheiros" de guerrilha estavam à vontade.
O tumulto é o adubo perfeito para o desenvolvimento da horta do PT

Alberto deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Lewandowski é xingado de ‘bandido e corrupto’ após...": 
Os contos de fada foram bem representados na eleição.
Lewandovski votou em nome de seu patrono PINÓQUIO. 

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Haddad vence em São Paulo



Petista foi eleito prefeito de São Paulo neste domingo com 55,5% dos votos válidos



Prefeito eleito de São Paulo, Fernando Haddad, comemora a vitória
Foto: Agência O Globo / Marcos Alves
Prefeito eleito de São Paulo, Fernando Haddad, comemora a vitóriaAGÊNCIA O GLOBO / MARCOS ALVES
SÃO PAULO - Em seu discurso após eleito prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT) agradeceu ao eleitores, à família, partidos aliados, ao PT e principalmente ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e à presidente Dilma Rousseff. Haddad lembrou da responsabilidade que terá a partir do próximo ano, dos desafios de agora em diante e ressaltou que São Paulo “não é uma ilha política”.
- Uma alegria imensa e uma enorme responsabilidade dividem espaço no meu peito. O sentimento mais forte, porém, é o de gratidão – disse o petista ao iniciar o discurso.
Haddad fez questão de agradecer e saudar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente Dilma Rousseff.
- Quero agradecer do fundo do meu coração ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Viva o presidente Lula! Agradeço a confiança, orientação e apoio, sem os quais seria impossível eu lograr qualquer êxito. Quero agradecer também uma grande liderança nacional, a presidente Dilma Rousseff, pela presença vigorosa na campanha desde o primeiro turno.
Ao falar da importância do ex-presidente, os aliados puxaram o coro “olê, olê, olê, olá, Lula, Lula”, que foi entoado, inclusive, por Paulo Maluf. O ex-prefeito de São Paulo, procurado pela Interpol, disse ter sido fundamental para a vitória.
Ele ainda ressaltou as parcerias que pretende fazer no comando da cidade com os governos estaduais e federal e disse que tem por objetivo “diminuir a grande desigualdae existente na cidade de São Paulo”.
- São Paulo não é uma ilha política, tampouco uma cidade de muralhas. São paulo precisa firmar parcerias vigorosas na esfera pública, com o governo federal e com o governo estadual, e na esfera privada, com o que existe de mais avançado em pensamento e tecnologia no mundo. Sei que contarei com o apoio decisivo do governo da presidente Dilma, mas potencializarei esse apoio apresentando propostas e projetos criativos e irrecusáveis.
José Serra, em dirscurso após o resultados nas urnas, falou que sua campanha foi “limpa, propositiva e defendeu a ética” e desejou boa sorte ao adversário. Também ressaltou que o eleitor deve cobrar as promessas de campanha de Haddad.
- As urnas falaram e as urnas são soberanas. Desejo hoje boa sorte ao prefeito eleito. Que cumpra as promessas da campanha. O protagonista de hoje foi o eleitor e o eleitor deve ser o protagonista bnos próximos quatro anos.
Serra fez questão de ressaltar os feitos de sua gestão à frente da prefeitura e as de seu sucessor, o atual prefeito Gilberto Kassab (PSD).
- Os últimos anos registraram grandes avanços e conquistas muito grandes para a cidade. Esperamos que essas conquistas sejam mantidas, aperfeiçoadas e que não haja retocesso - acrescentou o tucano.
Com 100% das urnas apuradas, o petista teve 55,57% (3.387.720 votos) dos votos válidos, ante 44,43% (2.708.768) adversário, o tucano José Serra (PSDB). Brancos somam 4,34% e nulos, 7,26%. A abstenção atinge 19,99% na capital paulista.

Votação de Genoino é marcada por tumulto e vandalismo



Militantes do PT empurraram eleitores, quebraram vidros e bateram em jornalistas



Votação de Genoino causou tumulto em São Paulo
Foto: Eliária Andrade/Agência O Globo
Votação de Genoino causou tumulto em São PauloELIÁRIA ANDRADE/AGÊNCIA O GLOBO
SÃO PAULO — Cercado por aproximadamente 50 militantes do PT, o ex-deputado José Genoino votou neste domingo na cidade de São Paulo em meio a um tumulto que terminou em pancadaria e cenas de vandalismo. Os petistas, que xingavam e batiam em jornalistas, além de derrubar eleitores que estavam no local, avançaram pelos corredores da universidade empurrando cadeiras, chutando lixeiras e quebrando vidros de um dos murais da entidade. Usando bengala, a aposentada Jose Bacarácia, 82 anos, foi derrubada no chão durante a passagem da militância petista.
Genoino carregava uma bandeira do Brasil, vestindo-a como uma capa e usando-a em algumas ocasiões para esconder o rosto e evitar ser fotografado. No tumulto, apenas seguiu em direção à seção de votação. Depois de votar, caminhou agitando o braço esquerdo com o punho cerrado, sempre rodeado pelos militantes, que impediram a aproximação ou perguntas dos jornalistas.
O humorista Oscar Filho, do CQC foi agredido repetidas vezes pelos petistas. Ele recebeu socos e foi jogado para dentro de uma das salas de votação. Com machucados na boca e pressão alta, o comediante foi atendido na enfermaria do colégio eleitoral e disse que registaria um Boletim de Ocorrência.
Um dos envolvidos na pancadaria foi o advogado Danilo Camargo, da Comissão de Ética do PT paulista e um dos petistas mais ligados a Genoino. Apesar de ter sido visto agredindo Oscar Filho antes de José Genoino votar, Camargo disse que se atracou com o repórter do CQC depois, ao deixar o colégio eleitoral, porque foi provocado.
— Estava com minha mulher, tentando sair com meu carro. Ele estava bloqueando a passagem e disse “passa por cima, mensaleiro”. Isso não é jornalismo. Passa por cima, mensaleiro? — falou o petista, que disse ter empurrado o jornalista.
Danilo disse que participou da votação de Genoino porque é delegado do partido e tem autorização para entrar nas áreas de votação. Mas o advogado admitiu que o grupo perdeu o controle:
— Era uma massa de gente. Foi uma loucura. Estava difícil controlar.
Enquanto aguardavam a chegada de Genoino, militantes do PT e do PSDB trocaram ofensas. A polícia foi chamada para apartar a briga, que envolvia cerca de 20 pessoas. Ninguém foi detido. Enquanto os tucanos gritavam “partido dos bandidos” e “malufistas”, os petistas repetiam: “burguesada reacionária, vocês vão ter que nos engolir”.
No primeiro turno, no mesmo colégio, Genoino apareceu para votar dez minutos após a abertura dos portões e mostrou irritação ao ver a imprensa no local, chamando os jornalistas de “urubus e torturadores da alma humana”.


Em meio a tumulto entre apoiadores e críticos, José Dirceu vota em SP



Ex-ministro diz que só dará entrevistas ao fim do julgamento do mensalão



Em meio a tumulto, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu vota na tarde deste domingo num colégio no bairro Bosque da Saúde, Zona Sul de São Paulo
Foto: Michel Filho / O Globo
Em meio a tumulto, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu vota na tarde deste domingo num colégio no bairro Bosque da Saúde, Zona Sul de São PauloMICHEL FILHO / O GLOBO
SÃO PAULO — Ex-ministro da Casa Civil e condenado por corrupção ativa e formação de quadrilha no julgamento do mensalão, José Dirceu votou no fim tarde deste domingo em meio a gritos da militância petista e de eleitores que o chamavam de "ladrão".

— Só vou falar quando acabar o julgamento — afirmou o ex-ministro, cujas penas por causa de seu envolvimento no mensalão ainda serão definidas pelos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).Dirceu votou na Escola Estadual Princesa Isabel, no Bosque da Saúde, na Zona Sul de São Paulo. Chegou às 15h40m cercado por seguranças e dizendo que não daria entrevistas.
Dirceu demorou menos de cinco minutos para votar e reclamou do empurra-empurra envolvendo jornalistas, militantes do PT e eleitores.
Em maior número, apoiadores com adesivos do candidato Fernando Haddad (PT) e camisetas com o rosto de Dirceu gritavam: "Dirceu / guerreiro / do povo brasileiro".
Moradores da região tentavam se aproximar xingando o ex-ministro de "ladrão" e "vergonha da nação". Os dois grupos bateram boca dentro do colégio eleitoral, mas não houve agressão.
Uma equipe do programa humorístico CQC, da TV Bandeirantes, tentou entregar ao ex-ministro uma revista Playboy e um maço de cigarros, numa referência à possibilidade dele vir a ser preso em função das condenações no mensalão. Dirceu olhou para os presentes, mas não os pegou.

Lewandowski é xingado de ‘bandido e corrupto’ após votar em São Paulo



Revisor do processo do mensalão afirmou que o julgamento não teve influência nas eleições


SÃO PAULO - O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, foi vaiado e xingado de ‘bandido, corrupto, ladrão e traidor’ na saída da Escola Estadual Mario de Andrade, em Campo Belo, Zona Sul de São Paulo, local onde vota.
- Votei normalmente. Entrei pela porta da frente e como qualquer cidadão entrei na fila. Tudo na maior tranquilidade. Isso é democracia, liberdade. As reações agora (os xingamentos) são normais. Estou aqui com vocês (jornalistas) e muito exposto — disse, já nervoso com os gritos e sendo puxado pelos assessores.Pouco antes de ser reconhecido, ele disse que a reação popular em todo o país tem sido de cumprimentos e pedidos para tirar fotos.
O revisor do processo do mensalão afirmou que o julgamento não teve nenhuma influência nas eleições deste ano. Segundo ele, os eleitores brasileiros estão maduros e conscientes para fazer suas escolhas, sobretudo porque o país tem uma imprensa livre ‘que vem apresentando todos os ângulos das questões em debate no julgamento’.
— Uma coisa é o julgamento. Outra coisa são as eleições. O povo brasileiro está muito maduro para fazer suas escolhas — disse o ministro.
Sobre o sua atuação no julgamento, contrária à maioria dos colegas do STF, justificou que esse é o papel do revisor, de trazer contrapontos e uma segunda opinião, outras perspectiva sobre os mesmos fatos.
— O papel do revisor foi importante, apresentou contrapontos e muita gente foi absolvida. Creio que cumpri o meu papel e a Corte acatou em muitos aspectos a opinião do revisor — disse, acrescentado que, apesar das contradições, acabou convencendo seus colegas. — Doze absolvições, é pouco? Uma foi para primeira instância por erro processual; algumas dosimetrias foram refeitas em função papel do revisor. Creio que cumpri o meu papel.
Pouco antes de Lewandowski chegar no local de votação, o juiz eleitoral Alexandre David Malfatti, responsável pela 258ª Zona Eleitoral proibiu os jornalistas de ficarem na seção 286, onde votou o ministro. Os repórteres foram convidados a ficar fora do local de votação. O juiz afirmou apenas que os jornalistas não deveriam ficar dentro da escola ‘para fins de resguardo do voto do eleitor’ . Questionado se havia pedido ao juiz a saída dos jornalista, Lewandowski disse que desconhecia a determinação do juiz e que nem ele, nem sua assessoria solicitaram ao juiz qualquer tipo de proteção durante o seu voto.
O presidente da OAB-RJ, Wadih Damous, considerou uma “conduta de vândalos, com conotação fascista” a manifestação contra o ministro.
“Em julgamento de processos, não há juízes heróis nem juízes vilões. Cada um julga de acordo com a prova dos autos e com as suas convicções”, afirmou o presidente da OAB-RJ, em nota divulgada na tarde deste domingo.
Damous ainda afirmou que está em curso na sociedade brasileira uma pretensão de coagir o Poder Judiciário, a partir de “clamores condenatórios e pré julgamentos”. Ele disse que espera que Ayres Britto, presidente do STF manifeste repúdio contra esse tipo de manifestação, de caráter “intolerante e fascista, que nada têm a ver com a democracia”.


A palavra do Dia


Plebiscito
Do latim plebiscitu, ‘decreto do povo’, era o voto em comício na Roma antiga. Atualmente, é uma convocação prévia de consulta popular, visando à criação de um ato legislativo. Dessa forma, cidadãos aprovam ou rejeitam uma lei antes que esta seja constituída. O plebiscito encontrou espaço no Brasil por meio da Constituição de 1937, outorgada por Getúlio Vargas. No entanto, foi somente em 1963 que o primeiro plebiscito, que decidiu o fim do parlamentarismo, ocorreu no país. Em 1993, ocorreu o segundo e último plebiscito, que consultou o povo sobre o regime e o sistema de governo, no qual decidiu-se manter a República Presidencialista.

Comentários dos Leitores

Alberto deixou um novo comentário sobre a sua postagem "A luta pelo cérebro vermelho, por Sandro Vaia": 
O cérebro vermelho e o azul têm tarefas complementares.
A disputa entre a razão e a emoção deve ser equilibrada. 
Nas crises os estudiosos dão maior ênfase à emoção pois com a menor rapidez da razão o momento ideal para a decisão pode ser perdido.
Realmente o cérebro vermelho está sempre presente nas eleições para enfrentar a crise de frente.

Alberto deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Silvio Berlusconi é sentenciado a quatro anos de p...": 
O Lula de lá está se dando mal.
É a síndrome do DNA dos bandidos. 

Alberto deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Ibope: Haddad tem 59% dos votos válidos em SP": Vamos ver o que predomina entre a razão e a emoção. 

domingo, 28 de outubro de 2012

Ibope: Haddad tem 59% dos votos válidos em SP


Petista seria eleito com 50% das intenções de voto, segundo instituto



Haddad e Serra durante debate da TV Globo, na sexta-feira
Foto: Marcos Alves / O Globo
Haddad e Serra durante debate da TV Globo, na sexta-feiraMARCOS ALVES / O GLOBO
SÃO PAULO – Pesquisa Ibope mostra que o candidato Fernando Haddad (PT) vencerá as eleições deste domingo com 59% dos votos válidos, contra 41% de José Serra (PSDB). Já na pesquisa estimulada, o petista tem 50% das intenções de voto, ante 35% do tucano. Brancos e nulos são 10%; não sabem somam 5%. A margem de erro do levantamento, encomendado pelo jornal “O Estado de S.Paulo” e pela TV Globo, é de três pontos para mais ou para menos.
Também divulgada neste sábado, apesquisa Datafolha mostra que Haddad tem 58% dos votos válidos e José Serra, 42%. Na pesquisa estimulada, o petista tem uma vantagem de 14 pontos; 48% ante 34%.
Na última pesquisa, divulgada na quarta-feira, Haddad tinha 49% na pesquisa estimulada, contra 36% de Serra. Quando considerados apenas os votos válidos, 57% do petista contra 43% do tucano.
O Ibope ouviu 1.204 eleitores paulistanos entre sexta-feira e este sábado. A pesquisa foi registrada no Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), sob o número 01935/2012.

 

sábado, 27 de outubro de 2012

A luta pelo cérebro vermelho, por Sandro Vaia




Quando o eloquente Adlai Stevenson disputava a presidência dos EUA com Dwight Eisenhower, uma mulher entusiasmada disse ao candidato Democrata, depois de um comício: “Todo ser pensante vai votar em você”, ao que Stevenson supostamente respondeu: “Senhora, isso não é suficiente. Preciso da maioria”.
O filósofo David Hume reconheceu três séculos atrás que a razão é escrava da emoção, e não o contrário.
No livro “O Cérebro Político” (editora Unianchieta), que não por acaso é prefaciado pelos agora ministros Aloizio Mercadante e José Eduardo Cardozo, o neurocientista norte-americano Drew Westen, professor de psicologia e psiquiatria da Universidade de Emory, e que também trabalhou como conselheiro de marketing em campanhas presidenciais do Partido Democrata, mostra como funcionam os circuitos neurais que controlam as emoções e as decisões dos eleitores.
Drew fala em experiências científicas comprovadas, e não trata a emoção como qualquer espécie de sentimentalismo rasteiro. A emoção não é tango. É ciência.
Drew parte dos estudos do neurocientista português Antonio Damásio, que dissecou o papel da emoção e da razão no cérebro humano, e trabalhou para comprovar tudo em experiências laboratoriais conduzidas através de ressonância magnética, que mapeou as áreas do cérebro e o funcionamento dos respectivos circuitos neurais.
Para facilitar o entendimento, Drew simplificou dividindo o córtex pré-frontal do cérebro em duas áreas, o “cérebro vermelho”, no centro do córtex, onde se localizam os circuitos emocionais, e o “cérebro azul”, na periferia do córtex, onde se localizam os circuitos racionais.
Resumindo um pouco grosseiramente: numa campanha política, quem trabalha para ativar os circuitos do “cérebro vermelho” tem mais chance de sucesso de quem trabalha para ativar os circuitos do “cérebro azul”.



Sandro Vaia é jornalista. Foi repórter, redator e editor do Jornal da Tarde, diretor de Redação da revista Afinal, diretor de Informação da Agência Estado e diretor de Redação de “O Estado de S.Paulo”. É autor do livro “A Ilha Roubada”, (editora Barcarolla) sobre a blogueira cubana Yoani Sanchez. E.mail: svaia@uol.com.br

Silvio Berlusconi é sentenciado a quatro anos de prisão


Ex-premier italiano é acusado de fraude fiscal na compra de direitos de emissora de TV



Silvio Berlusconi em maio deste ano
Foto: Luca Bruno / AP
Silvio Berlusconi em maio deste anoLUCA BRUNO / AP
ROMA - O ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi foi condenado nesta sexta-feira a quatro anos de prisão e três anos de suspensão do direito de concorrer a cargo público por acusações de fraude fiscal que envolvem a compra de direitos de transmissão de filmes americanos em uma TV do magnata. Além disso, Berlusconi terá que pagar 10 milhões de euros ao Tribunal Penal de Milão. Ele ainda pode recorrer duas vezes à sentença.
O processo, conhecido como Mediaset, já dura sete anos. Segundo os promotores, ele questiona uma operação de 470 milhões de euros, em torno da qual foi criada uma rede de transações de supostas empresas que participariam do negócio, todas elas registradas em paraísos fiscais a pedido de Berlusconi entre 1994 e 1999. O líder da direita italiana sempre se declarou inocente. Além do Il Cavaliere, também foi condenado a três anos de prisão o produtor americano Frank Agrama. Fedelo Confalonieri, presidente do grupo italiano Mediaset, propriedade do ex-premier, foi absolvido.
O veredito foi anunciado dias depois que Berlusconi confirmou que não vai concorrer às próximas eleições no país. Ele renunciou ao cargo de primeiro-ministro em novembro do ano passado, depois de uma série de escândalos sobre seu suposto envolvimento com uma rede de prostituição e denúncias de abuso de poder.
O ex-premier já esteve envolvido em vários processos ligados a seus negócios, mas escapou de todos até então. Em alguns, foi inocentado, enquanto outros casos foram arquivados porque prescreveram.


Comentários dos Leitores

AAreal deixou um novo comentário sobre a sua postagem "TAPAR O SOL - Ferreira Gullar": 
Eu não sou culpado por ter contribuído para ele alcançar o poder. 

Alberto deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Eleição: O sufoco quando a derrota se avizinha. Po..."
Que um ou outro candidato seja derrotado é do jogo político.
O importante é que o eleitor seja vitorioso 

Alberto deixou um novo comentário sobre a sua postagem "A Palavra do Dia": 
Enquanto não houver ensino para todos, as eleições serão decididas nos currais da ignorância dos eleitores.

Alberto deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Ramon Hollerbach, sócio de Valério, já está conden...": 
Vamos aguardar as penas dos cardeais Zé Dirceu, Genuíno e o Delúbio. É possível que o Lewandovski, o Toffroli e as meninas transformem a condenação num edredom de penas de ganso. 

carlos eduardo alves de souza deixou um novo comentário sobre a sua postagem "TAPAR O SOL - Ferreira Gullar": 
Muito bom o Gullar. Melhor ainda é vê-lo diametralmente distante daqueles idos dos anos sessenta em que era apresentado pelas esquerdas (extrema ou não) como o Neruda brasileiro. "Aquel entonces" ele parecia defender a mesma partidirização do Estado, tal como hoje vem sendo o projeto do PT. Seria ótimo que seu novo Canto chegasse"às pessoas que crêm cegamenteno que ele (Lula) diga, seja o que for". 

A Charge do Chico Caruso





A Palavra do Dia


Pelouro 
Pelouros eram bolas de cera com fendas onde se colocavam os papéis de voto. Depois de guardados os votos, as bolas eram colocadas em sacos e estes trancados em cofres, de modo a evitar a fraude até a escolha do candidato vencedor. Os sacos continham três compartimentos, um para cada cargo eletivo, e seus respectivos cargos eram o de juiz, vereador e procurador. O nome vem de balas de metal usadas em armas de artilharia, muito parecidas com as bolas de cera. No Brasil colonial, as eleições eram feitas oito dias depois do Natal, quando um juiz convocava um menino de até sete anos para sortear os papéis dos pelouros. Sair nos pelouros significava, portanto, ser sorteado. Também se chamava ‘pelouro’ o serviço das Câmaras distribuído pelos Vereadores, como o da Saúde, da Limpeza, das Obras etc.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Ramon Hollerbach, sócio de Valério, já está condenado a regime fechado de prisão


STF entrou hoje no terceiro dia de cálculo das penas de réus do mensalão

Os ministros Marco Aurélio Mello e o relator Joaquim Barbosa durante a sessão desta quinta-feira Foto: Gustavo Miranda/O Globo
Os ministros Marco Aurélio Mello e o relator Joaquim Barbosa durante a sessão desta quinta-feiraGUSTAVO MIRANDA/O GLOBO
BRASÍLIA — O réu Ramon Hollerbach foi condenado nesta quinta-feira, até agora, a 14 anos, três meses e 20 dias de prisão pelos crimes de corrupção ativa (duas vezes), peculato (duas vezes) e formação de quadrilha. Sócio de Marcos Valério, condenado ontem a mais de 40 anos de prisão, Hollerbach também terá que pagar R$ 1,634 milhão de multa. Ainda faltam as dosimetrias relativas a crimes de corrupção ativa (no caso de compra de votos de parlamentares), lavagem de dinheiro e evasão de divisas.
Em seu voto, Joaquim Barbosa chamou a atenção para a posição de Hollerbach no esquema do mensalão:
— Não minimizemos tanto a participação do Ramon, ele tinha constante diálogo com as autoridades públicas em Brasília, mantinha reuniões com inúmeros órgãos públicos e foi um dos que encontraram os métodos de remessa de dinheiro.
Mais cedo, o plenário tratou sobre a fixação das penas de Valério. Ausente da votação da dosimetria de dois tipos de crimes nos quais Marcos Valério foi condenado, o ministro Marco Aurélio Melo teria a palavra. Mas, contrariando as previsões, o magistrado disse que deixará para se pronunciar em outro momento, pois está avaliando questão de ordem levantada por Marcelo Leonardo, advogado do publicitário.
— Tenho refletido muito quanto ao que foi aqui veiculado da tribuna e o advogado de Valério disse que uma vez observada a agravante de liderança do grupo, a impossibilidade de considerarmos quanto aos crimes que teriam sido praticados a partir da organização deste grupo — argumentou Marco Aurélio. — Eu aguardarei e trarei na retomada dos trabalhos um voto da parte da dosimetria das penas.
Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) retomaram hoje o cálculo das penas dos outros 24 réus condenados no processo do mensalão. A expectativa é que o relator Joaquim Barbosa siga com a análise sobre os outros 23 réus condenados pelo plenário, a partir daqueles ligados ao núcleo publicitário: o sócio Cristiano Paz (corrupção ativa, peculato, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha), o advogado Rogério Tolentino (corrupção ativa, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha) e a ex-funcionária da SMP&B Simone Vasconcelos (corrupção ativa, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, evasão de divisas).