sábado, 7 de julho de 2012

Hillary, Rússia e China


Secretária de Estado dos EUA pede maior pressão mundial sobre aliados do governo de Assad



Hillary Clinton, em reunião dos Amigos da Síria nesta sexta-feira em Paris
Foto: JACKY NAEGELEN / Reuters
Hillary Clinton, em reunião dos Amigos da Síria nesta sexta-feira em ParisJACKY NAEGELEN / REUTERS
PARIS – A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, cobrou nesta sexta-feira uma maior pressão das potências mundiais sobre Rússia e China para mostrar que os países aliados do governo Bashar al-Assad terão “um preço a pagar” por impedirem um maior progresso rumo à transição democrática na Síria. No encontro do grupo Amigos da Síria em Paris, que reúne cerca de 100 delegações, a secretária ainda afirmou que as nações interessadas devem “deixar uma mensagem clara” para pressionar Moscou e Pequim.
– Francamente, não basta somente vir ao encontro dos Amigos da Síria porque, vou dizer sinceramente, não acho que Rússia e China achem que estão pagando algum preço por estarem do lado de Assad – afirmou Hillary, no encontro desta sexta-feira. – A única forma disso mudar é se todas as nações representadas aqui deixarem claro, de forma direta e urgente, que Rússia e China vão pagar um preço porque estão impedindo o progresso, e isso não é mais tolerável –acrescentou.
Hillary repetiu ainda que os EUA desejam uma resolução da ONU sob o Capítulo 7 da Carta das Nações Unidas, que permite ao Conselho de Segurança autorizar ações que vão da diplomacia a sanções econômicas e intervenção militar na Síria.
– Nós deveríamos voltar e pedir por uma resolução no Conselho de Segurança que imponha sanções imediatas no caso da Síria não cumprir as regras – afirmou a secretária.
Rússia e China vetaram resoluções no Conselho de Segurança da ONU que aumentariam a pressão sobre Assad, que luta há 16 meses para reprimir uma rebelião contra o regime de 42 anos de sua família. Os dois países também são contra a pressão internacional pela saída de Assad do poder e argumentam que outros países não devem intervir em assuntos internos sírios.
França confirma que general desertor sírio está a caminho de Paris
Ainda no encontro em Paris, o chanceler francês, Laurent Fabius, confirmou que o general sírio Manaf Tlas, bastante próximo ao presidente Bashar al-Assad, desertou e está seguindo para a França. O militar, comandante da Guarda Republicana Síria e que estudou no colégio militar com Assad, voou para a Turquia esta semana, segundo fontes.
- Posso confirmar que ele desertou e está a caminho da França - disse Fabius.

 

Um comentário:

Alberto disse...

Vejam que o Espírito Bush ainda ronda a política americana.