quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Quem vai substituir Lupi ?




Demora na escolha do sucessor do ex-ministro Carlos Lupi tem causado insatisfação no PDT
Foto: Ailton de Freitas / Arquivo O Globo
Demora na escolha do sucessor do ex-ministro Carlos Lupi tem causado insatisfação no PDTAILTON DE FREITAS / ARQUIVO O GLOBO
BRASÍLIA - A falta de consenso do PDT em torno de um nome e a posição do partido de votar nesta terça-feira contra a criação do Fundo de Previdência Complementar dos Servidores Públicos (Funpresp) são os dois principais problemas apontados pelo Palácio do Planalto para a substituição no Ministério do Trabalho. A demora na escolha do sucessor do ex-ministro Carlos Lupi tem causado insatisfação no PDT, que espera um chamado da presidente Dilma Rousseff para tratar do tema, ainda esta semana, antes da viagem para a Alemanha.
No núcleo palaciano, não foi bem recebida a informação de que o PDT decidiu votar majoritariamente contra o Funpresp, um projeto considerado prioritário pela presidente Dilma. Nesta segunda-feira, um ministro chegou a argumentar que se fosse o posicionamento individual de alguns parlamentares mais próximos do movimento sindical, não haveria problema. Mesmo assim, pela contabilidade palaciana, o governo conseguirá aprovar o Funpresp, mesmo sem os votos dos 26 deputados pedetistas. Esse fato deve dificultar a escolha do novo ministro do Trabalho.
Ao mesmo tempo, o governo quer que o PDT esteja unificado e pacificado em torno de um nome. Depois de muita divergência interna, a bancada do PDT tem apontado duas alternativas: a do deputado Vieira da Cunha (PDT-RS) e do secretário-geral da legenda, Manoel Dias. Já houve vetos internos aos nomes de alguns pedetistas. O Planalto foi informado que o próprio Lupi veta o nome do deputado Brizola Neto (PDT-RJ). Já o deputado Paulinho da Força (PDT-SP), vetou o deputado Vieira da Cunha.
O líder da bancada, deputado André Figueiredo (PDT-CE), ligado a Lupi, disse nesta segunda-feira que o partido ainda aguarda ser chamado por Dilma para tratar do assunto. Ele alerta que o partido já começa a ficar impaciente com essa demora. O ex-ministro Lupi saiu do governo no início de dezembro. Desde então, a pasta é comandada pelo ministro interino Paulo Roberto Pinto. O líder pedetista também nega divisão no partido.
- O PDT não está dividido. Estamos aguardando ser chamados para conversar. Agora, toda paciência tem limite. Tem vozes internas defendendo que o PDT permaneça na base do governo, mas sem ministérios. Com essa demora na escolha do novo ministro, essa posição começa a ganhar força. Agora, independente de ministério, a bancada vai votar contra o Funpresp - avisou André Figueiredo.
Ele também reagiu ao movimento de setores do PT e do próprio governo, que passam a defender a tese de que o PDT tem um número pequeno de deputados para uma taxa de infidelidade elevada nas votações. E que na conta custo-benefício, o partido não deveria ficar com o Ministério do Trabalho. Para o líder André Figueiredo, essa crítica é de setores petistas ligados ao sindicalismo.
- Tem sempre grupos do PT que disputam internamente. Imagine, como esses grupos se comportam com os outros partidos - ironizou Figueiredo.
No Planalto, a avaliação é de que, diferente dos demais partidos, a presidente Dilma quer ter uma influência maior na escolha do nome do PDT. Principalmente, porque conhece os quadros do partido, já que até o ano 2000 era filiada ao partido. Por causa disso, interlocutores de Dilma apostam na preferência pelo deputado Vieira da Cunha, que já foi candidato a vice-prefeito na chapa encabeçada pelo ex-deputado Carlos Araújo. Na saída de Dilma do partido, houve um estremecimento na relação. Mas que já estaria superado.
- Estamos na expectativa do PDT ser chamado para uma conversa. O Lupi deverá levar nomes para que a presidente Dilma possa escolher - disse o deputado Vieira da Cunha.


A Novela das Prévias - Lauro Jardim


Embora Ricardo Trípoli e José Anibal ainda resistam a cancelar as prévias, José Serra já assumiu por conta própria a postura de candidato tucano na disputa pela Prefeitura de São Paulo.
Serra passou a tarde [de ontem] ao telefone discutindo o nome de seu futuro vice e tentando reunir antigos aliados (partidos nanicos, inclusive) para definir as alianças que serão a base política de sua candidatura.
Faltam poucos minutos para o último debate das prévias do PSDB, que ocorre no Centro de São Paulo. A situação entre os tucanos, para variar, é de impasse.
Depois de um dia intenso, entre reuniões e telefonemas, José Anibal e Ricardo Tripoli reiteraram que não aceitam o adiamento das prévias marcadas para domingo – uma exigência de José Serra a Geraldo Alckmin para entrar na disputa.
Até agora, a saida vislumbrada por Alckmin é levar a decisão para o voto, numa reunião da executiva municipal do partido, que será convocada para às 17h de amanhã.

Não Deixem de ver


http://www.youtube.com/watch?v=N6v_OS2acio&feature=youtu.be 

Reinventaram o Conhecimento - Pedro Doria



Há muitas maneiras de descrever a internet. Uma das mais simples é começar pela constatação de que a rede é um problema. Ela é um mar de informação sem destino, que dê pista de qualidade ou organização. Às vezes, até mesmo encontrar o que buscamos é difícil. Há um extenso debate sobre o assunto, tem gente boa que defende a rede e há os também muito bons que a atacam. Saiu mês passado, nos EUA, o novo livro de David Weinberger, um dos mais badalados defensores da web. Chama-se “Too Big to Know”, Grande demais para sabermos, numa tradução livre, que tem no subtítulo quase um ensaio: “Repensando o conhecimento agora que os fatos não são mais os fatos, há especialistas por toda parte e a pessoa mais inteligente na sala é a própria sala”.

Jamais nos uniram, na verdade. Sempre houve céticos, eles só estavam mais distantes da conversa pública. No tempo da internet, um quinto da população humana tem condições de publicar o que pensa. Daí sai muita besteira e também ideias que vivíamos um período de “sobrecarga informativa”, Weinberger responde citando Clay Shirky, professor da Universidade de Nova York. Não é que tenhamos informação demais; é só que temos filtros de menos.Os fatos não são mais os fatos, pois é. É em cima desta brincadeira que Weinberger começa a construir seu argumento em defesa da internet. Houve o tempo em que nos iludíamos. Poderíamos ter opiniões divergentes, mas sobre fatos sempre concordaríamos. Ainda hoje, no entanto, um razoável naco da população americana desconfia que seu presidente nasceu noutro país, há gente no parlamento brasileiro que considere improvável a ideia de que compartilhamos com chimpanzés uns antepassados próximos e a ideia de aquecimento global é listada como polêmica por gente em todo planeta. Nem os fatos nos unem.

É a partir dos fatos, devidamente organizados, que criamos conhecimento. Charles Darwin viajou o mundo todo, analisou inúmeros seres vivos, compilou uma lista de fatos e com esta base escreveu sua teoria que explica a origem das espécies, a partir do processo de Seleção Natural.
Assim é a história da ciência. Uma coleção de fatos observados levam, num estalo, a uma teoria organizadora da informação. Essa nossa história construída coletivamente nos cria essa impressão de que o progresso do conhecimento seguirá assim, em linha reta, uma coleção após a outra, um estalo e depois outro até que um dia talvez saibamos tudo. Só não consideramos um pequeno detalhe: a possibilidade de haver limite para nossa compreensão.

Um modelo de computador que simula a evacuação de um teatro lotado por pessoas em pânico, por exemplo, revelou um truque inexplicável. Se, ligeiramente de lado, perante uma porta de emergência, houver uma coluna, o fluxo de pessoas saindo é mais rápido do que se a passagem for inteiramente livre. Não há teoria que explique isso, mas funciona.
O que sabíamos sobre conhecimento sugeria que dados demais agregados geravam ruído. Sem uma grande explicação que desse sentido ao todo, qualquer esforço para coletar um volume excessivo de informação não contribuiria para entendermos melhor. Computadores rápidos ligados em rede mudaram isso. Jogue muita informação sobre DNA mapeado, rode um programa, descobertas aparecem. Ou reúna tudo o que se sabe sobre a composição geológica em um naco de terra, deixe para livre consulta de uma multidão na rede e alguém talvez descubra algo interessante.

Há muito lixo, evidentemente. Mas há muito mais gente capaz de apontar onde está o lixo. A ideia de que a pessoa mais inteligente na sala é a própria sala é uma metáfora. Reúna muita gente numa mesma sala e, se as ferramentas à disposição forem adequadas, o conjunto produzirá mais conhecimento do que a soma de indivíduos. Não haverá mais Darwins, Einsteins ou o momento no qual o cientista diz Eureka.

Weinberger defende que chegamos num ponto no qual sabemos tanto e os próximos passos que precisamos dar são tão complexos que só comunicação em rede, este processo novo porém caótico, vai nos levar para a frente. Ele é um dos primeiríssimos intelectuais a se debruçar sobre a rede. Seu livro, evidentemente, já é polêmico.

Dilma e o Papa

Quando o Papa João Paulo II veio ao Brasil pela primeira vez, nós 
estávamos em transição do regime militar para a democracia. 
O Presidente era o General João Batista Figueiredo. 
O Papa perguntou ao Presidente o motivo de ter tantos ministros, e 
obteve como resposta: 
- Santidade, Jesus não tinha 12 apóstolos ? Eu tenho 12 ministros. 
(dizem que o fato é verídico). 
Agora, quando o Papa Bento XVI retornar ao Brasil e perguntar à Dilma para 
que 38 ministros, ela, certamente, responderá: 
- Veja bem, companheiro santidade . . . Ali Babá tinha 40 ladrões ... 
Eu estou quase lá ! ! !

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

César Maia e Garotinho : O Amor é Lindo !!






Ex-adversários, Cesar Maia e Garotinho aparecem juntos pela primeira vez em um evento público depois de acertarem aliança entre DEM e PR
Foto: Carlos Ivan / O Globo

Ex-adversários, Cesar Maia e Garotinho aparecem juntos pela primeira vez em um evento público depois de acertarem aliança entre DEM e PRCARLOS IVAN / O GLOBO
RIO - O deputado federal Anthony Garotinho, ex-governador, e o ex-prefeito Cesar Maia formalizaram na tarde desta segunda-feira a aliança entre DEM e PR para as eleições municipais no estado. Os ex-adversários, que já trocaram críticas ferrenhas no passado, trocaram afagos e concentraram a mira no PMDB do prefeito Eduardo Paes.Esta foi a primeira vez que os dois aparecem juntos em um evento público depois que a coligação foi costurada.
O evento, realizado em um centro de convenções no centro do Rio, contou com a presença do pré-candidato à Prefeitura do Rio pelo DEM, deputado federal Rodrigo Maia, e da deputada estadual Clarissa Garotinho, provável vice, que ainda resiste em confirmar sua presença na composição da chapa.
- A eleição municipal é muito maior que as divergências que ocorreram no passado - afirmou Garotinho em entrevista, antes da reunião pública. - se não tivéssemos superado (as trocas de farpas), não estaríamos aqui.
- Não há nenhuma dificuldade de superar visões que não são exatamente iguais - disse Cesar Maia, que já chegou a afirmar, em 2006, que o apoio de Garotinho era "um beijo da morte".
O ex-prefeito também já acusou o ex-governador de estar ligado a escândalos como o do propinoduto e o das ONGs. Garotinho rebateu, insinuando suposto enriquecimento ilícito de Cesar.
Sem poupar críticas ao governador Sérgio Cabral e ao prefeito Eduardo Paes, Garotinho chegou a comparar os dois a personagens da novela “Fina Estampa”, da TV Globo.
- O Cabral parece a Tereza Cristina, malvada. E o prefeito só sabe puxar o saco. É o Crô - disse o ex-governador, referindo-se aos personagens de Christiane Torloni e Marcelo Serrado.
Rodrigo Maia não disse como será a atuação de seu pai - que disputará uma vaga na Câmara dos Vereadores - e de Garotinho na campanha e se os dois aparecerão juntos em eventos de sua candidatura.
- Se cada um tiver num canto, melhor. Eu não tenho nenhum problema de apresentar meus aliados - declarou Rodrigo, que chegou a ser vaiado no evento.
Sem confirmar se será ou não vice do filho de Cesar Maia, Clarissa Garotinho não disse quando vai dizer se estará na chapa:
- Está tudo avançando muito bem. Não queria uma aliança construída com arranjo familiar. Não é necessário ansiedade.
Até o momento, o DEM tem o apoio do PR em quatro municípios onde é cabeça de chapa: Rio, Maricá, Nova Iguaçu e Varre-Sai. Em troca, apoia o aliado em 63 municípios, principalmente no interior do estado.

Um novo Crô



Quando encontrou Christiane Torloni numa churrascaria na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, David Brazil não pensou duas vezes. Fã de "Fina estampa", o promoter foi até a mesa da atriz, que interpreta a vilã Tereza Cristina, e se candidatou para ser "seu melhor Crô". Na novela de Aguinaldo Silva, o personagem de Marcelo Serrado venera a patroa, mas é sempre maltratado por ela.
- Eu quero ser seu novo Crô, Rainha do Nilo - brincou David, que, em seguida, começou a servir a atriz.
Acompanhada do filho Leonardo Carvalho (autor das fotos), Christiane embarcou na brincadeira e, no final, beijou David, em agradecimento:
- Tereza Christina nunca beija Crô - lembrou ela. - Você está aprovadíssimo!

As Faces Ocultas da Crise - Paulo Guedes



A grande crise contemporânea presta-se a muitas interpretações. A especulação imobiliária dos financistas americanos são apenas suas faces mais visíveis. A demagogia e a irresponsabilidade financeira de uma obsoleta social-democracia europeia estão ainda camufladas  pela crise do euro. Mas a onda de empréstimos inadequados que foi disparada pela adoção da moeda continental, derrubando riscos de crédito soberanos sem distinção de fundamentos fiscais, foi apenas a etapa final de uma longa história de abusos orçamentários e finanças públicas insustentáveis.
Outra face oculta da crise é uma atuação disfuncional de importantes bancos centrais por mais de uma década, indiferentes quanto aos possíveis efeitos sobre os demais países. O Federal Reserve dos americanos e o Banco Central da China manipulam artificialmente preços críticos para a economia mundial, como suas taxas de juros e de câmbio, de olho exclusivamente na criação de empregos domésticos. Os americanos criam bolhas financeiras em série e os chineses roubam empregos em todo o mundo.Quando estouram as bolhas e surge o desemprego em massa, desaparecem as autoridades e responsáveis - e  a culpa é does mercados
Outra dimensão pouco explorada da crise são seus impactos assimétricos e perversos sobre as diferentes camadas da população. Grupos de interesses financeiros capturam e dirigem as autoridades nas operações sistêmicas de salvamento. No caso americano, as transferências de recursos públicos para o sistema financeiro em tempos de crise, a pretextp de salvar as economias de mercado de seus próprios excessos, contrastam com a desatenção às execuções de hipotecas de imóveis para classes de baixa renda e à incapacidade de pagamentos de empréstimos tomados por estudantes. Já no caso europeu, a exploração da taxa de desemprego entre jovens revela a crueldade e a inadequação de regimes trabalhistas e previdenciários que refletem ultrapassados interesses corporativistas.
Outra formidável deformação, pela enxurrada de liquidez promovida por bancos centrais de países desenvolvidos, é apercepção súbita de enriquecimento nos países emergentes. A explosão nos preços de produtos primários e uma avalanche de recursos financeiro sem resposta aos diferenciais de juros e de crescimento, valorizam suas moedas, embalando ilusões de riqueza enquanto destroem a competividade de suas indústrias.

Cuidado ao abrir sua Cerveja - Vídeo


Odeio-te, meu Amor - Ricardo Noblat



Dá-se como certo que José Serra disputará este ano a prefeitura de São Paulo, embora somente hoje ele deva formalizar seu desejo.
Desde já, quer-se dar também como certo que ele renunciou em definitivo à ideia de ser candidato a presidente da República pela terceira vez. Rendeu-se – e por que não? - à tese do “candidato óbvio”, Aécio Neves.
Até outro dia, Serra dizia acreditar em suas chances de enfrentar Dilma em 2014, derrotando-a talvez. E dizia não acreditar que Aécio pudesse fazê-lo. Considerava-o um candidato fraco, sem disposição para travar combates, e vulnerável a dossiês que costumam circular durante campanhas eleitorais.
De repente, um anjo desceu do céu, cochichou no ouvido de Serra e ele mudou de opinião – quanto ao seu e ao futuro de Aécio. Acredite quem quiser...
Há muitas pedras no meio do caminho de Serra em direção à prefeitura. Uma delas: sua renúncia ao cargo de prefeito em 2006 para concorrer ao governo de São Paulo.
Os desafetos de Serra haviam avisado com antecedência: não votem nele. Se votarem e ele for eleito, largará o mandato no meio para tentar se eleger governador. Serra respondeu que jamais procederia assim.
E para mostrar que falava sério, provocado por um jornal, pôs por escrito a promessa de cumprir até o fim o mandato de prefeito.
Vexame! Que será relembrado à exaustão na próxima campanha. O antídoto ao vexame começou a ser aplicado no último sábado por Gilberto Kassab (PSD), o vice que completou o mandato de Serra e se elegeu prefeito depois.
Kassab falou: “Ele quer ser prefeito de São Paulo. E abandonou essa opção (a de concorrer à presidência)”.
Quem já viu algum político abdicar da opção de reunir mais poder? Assim como Aécio não suou a camisa para eleger Serra presidente em 2002 e em 2010, Serra também não suará a sua se por acaso Aécio for candidato a presidente daqui a dois anos.
Mas o tempo costuma aprontar surpresas. E se Aécio não for candidato?
Anastasia, ex-vice de Aécio, eleito por ele governador de Minas Gerais, não poderá ser candidato a novo mandato em 2014. Abre-se espaço para o atual vice, Alberto Pinto Coelho (PP), quatro vezes deputado estadual. Só que a eventual eleição dele não será um passeio. É possível então que Aécio se veja compelido a voltar ao governo. Aí...
Aí chega de tanta especulação! De concreto: entre se limitar a fazer política nas redes sociais (blog, twitter, facebook) ou passar a fazê-la a partir da prefeitura de São Paulo, Serra escolheu o certo.
Caso se eleja provará do gosto saboroso de ter batido Lula, que impôs ao PT a candidatura de Fernando Haddad, ex-ministro da Educação.
Caso perca... Bem, dirá que nunca faltou ao partido nas horas mais difíceis, sempre que o partido precisou dele. É verdade!
Nem por isso será uma verdade menos amarga.
Desejará mais tarde ser candidato a deputado federal como foi em 1986 ao dar início à sua carreira política? Ou viverá o resto da vida como professor e economista?
Serra tem a ganhar e a perder ao ambicionar a prefeitura de São Paulo pela quarta vez. Geraldo Alckmin (PSDB), governador de São Paulo, só tem a ganhar com a ambição de Serra.
O mundo gira e a Lusitana roda. Há quatro anos foi Alckmin que dependeu de Serra para se eleger prefeito da capital.
Agora é o contrário. Se Alckmin não jogar pesado para eleger Serra, ele não se elegerá – como Alckmin não se elegeu quando Serra, governador, preferiu a companhia de Kassab. Ali, Serra e Alckmin se tornaram mais do que desafetos. O que um dizia do outro era impublicável.
Não fizeram as pazes. Estão juntos por conveniência.
Se Serra recusasse a candidatura a prefeito, Alckmin ganharia debitando na conta dele a derrota de qualquer outro nome do PSDB.
Se Serra se eleger, Alckmin ganhará. Candidato à reeleição, será ajudado pelas máquinas do governo e da prefeitura.
Se Serra perder... Bem, Alckmin celebrará em silêncio.

Os Heróis Anônimos







PAULO ROBERTO Dias na delegacia: ele foi solto um dia antes de ser acusado de estupro
Foto: Cléber Júnior / Agência O Globo


PAULO ROBERTO Dias na delegacia: ele foi solto um dia antes de ser acusado de estuproCLÉBER JÚNIOR / AGÊNCIA O GLOBO
RIO - A prisão do homem suspeito de estuprar uma menina de 12 anos dentro de um ônibus, no Jardim Botânico, no último dia 15, só foi possível graças a heróis anônimos: o motorista e o cobrador de um coletivo da linha 540 (Largo do Machado-Leblon) e pedestres que passavam pela Praça Santos Dumont, na Gávea. Quando Paulo Roberto da Silva Dias entrou no veículo, os dois funcionários da Viação São Silvestre perceberam que ele era o mesmo homem que havia praticado um assalto no veículo na última quarta-feira. Desconfiados de que fosse também o autor do estupro ocorrido dias antes, os dois decidiram monitorá-lo. Quando Paulo Roberto assaltou uma jovem e tentou descer, o motorista entrou em ação. Pulou a roleta e deu início a uma briga que só terminou com a chegada da polícia.
Com medo de sofrer represálias, o motorista pediu para não ter o nome publicado. Ele descreveu a sequência de fatos que levaram à prisão do suspeito:
— Quando desconfiei de que fosse o estuprador, procurei um carro da polícia que costuma ficar próximo ao Jockey, mas não o encontrei. Na altura da Praça Santos Dumont, ele mandou a passageira descer, anunciando um assalto. Ela fez sinal para eu parar, mas não abri a porta. Pulei a roleta, e começamos a brigar. Falei para ele devolver o que tinha roubado. Ele devolveu e, depois, tentou fugir, mas o cobrador o segurou. Um pedestre correu até a delegacia da Gávea e chamou a polícia. Depois, seguimos a viagem — contou o motorista.


segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

O Impasse Tucano em São Paulo - Marcos Coimbra


Não faz muito tempo, brincava-se, nos meios políticos, com a mania que os petistas tinham de criar complicações para Não faz muito tempo, brincava-se, nos meios políticos, com a mania que os petistas tinham de criar complicações para si mesmos. Complicações desnecessárias, que podiam perfeitamente evitar.
Era um que falava demais, outro que dizia inconveniências, alguns que não sabiam se comportar. Por uma razão ou por outra, expunham suas desavenças e criavam embaraços para todos. O que devia ficar entre quatro paredes saía no jornal.
Os próprios petistas eram seus maiores inimigos.
Hoje, depois de oito anos de Lula e neste início de segundo ano de Dilma, o PT parece estar pacificado. As futricas internas e as clivagens entre seus grupos e correntes não desapareceram, mas foram apaziguadas. Ninguém dá caneladas nos companheiros, seja por descuido ou de propósito (a não ser com discrição, longe dos holofotes).
Enquanto isso, o PSDB, em sua mais tradicional cidadela e na eleição de maior visibilidade nacional, age de maneira oposta. Nos últimos quinze dias, fez tudo que podia fazer de errado.
A escolha do candidato tucano a prefeito de São Paulo se tornou um espetáculo de forte desgaste para o partido. Que poderia ter sido evitado, pois quem o inventou e encenou foi o próprio PSDB.

Falklands ou Malvinas ? - Autor Desconhecido




Gostaria que você antecipasse os fatos alertando os incautos para não entrarem na falastronice dos nossos hermanos austrais que estão começando a cutucar a onça britânica (por sinal jaguar que é a única palavra de origem brasileira na língua de Shakespeare) com vara curta sobre o caso das Falklands. Seria uma temeridade transformar uma disputa territorial em uma discussão futebolística, nunca esquecendo que na América Latina já tivemos uma verdadeira Guerra del Fútbol entre Honduras e El Salvador em 1969.
Os argentinos brincam com fatos históricos ao re-escrever a história para tirar vantagens eleitorais, fato este que já vem acontecendo de maneira sistemática em toda a história envolvendo a Argentina pela mão dos historiadores do regime da "presidenta doenta" Cristina Fernandez de Kirchner, com o risco de transformar a própria história em uma reles estória.
Na realidade ninguém sabe quem antes chegou ao arquipé. Portugueses, Ingleses, Holandeses e Espanhóis reclamam para si terem descoberto o arquipélago no Século 16. Em 1690 o Capitão John Strong, o qual ao se afastar de sua rota, acabou dando com esse território e o batizou com o título de Anthony Cary, o 5º Visconde de Falkland. Os ingleses só se fixaram em algumas das ilhas provavelmente mais tarde como se pode ler abaixo, de lá expulsando aos poucos os eternos inimigos franceses.
O nome de Malvinas que os argentinos utilizam para o arquipélago foi cunhado pelo famoso explorador francês Louis Antoine de Bougainville em 1764 quando tomou para a coroa francesa essas as ilhas abandonadas no Atlântico sul, lá deixando alguns habitantes da ilha de Saint Malo, os "malouins" daí Îles Malouines que em castelhano virou Islas Malvinas.
Uma coisa parece certa que nem franceses, nem ingleses tinham conhecimento da presença uns dos outros nas ilhas nessa época.
Cabe salientar que os argentinos de fato nunca lá estiveram nessa época e nem poderiam ter estado pois não havia ainda um país chamado Argentina, ela era só uma possessão espanhola que era denominada Vice-Reino Espanhol do Rio da Prata. O país viria a se chamar Argentina somente em 1816 quando de sua independência. Por incrível que pareça pouco conhecemos da história de nosso vizinho mais importante.
Quando em 1806 e 1807 os ingleses invadem o Vice-Reinado do Rio da Prata em retaliação a Napoleão que havia conquistado a Espanha (e depois Portugal, fato que em 1807 obrigaria a família real portuguesa a se exilar no Brasil), o líder da resistência na província platina foi o francês Jacques de Liniers, dito Santiago de Liniers na tradução castelhana.
Quem esteve e controlou parte das Malvinas durante algum tempo foram os espanhóis por terem comprado da coroa francesa uma parte das ilhas em 1767 e de lá se retiraram voluntariamente em 1806 deixando um vazio tanto administrativo e colonizador assim como legal. As Malvinas/Falklands permaneceram no limbo até que em 1820 uma tempestade forçou o navio de pesca Heroína comandado por um civil a buscar refúgio nas ilhas. O capitão David Jewett, de nome inglês, lá deixou hasteada a bandeira das Províncias Unidas do Rio da Prata, o que não era propriamente a Argentina apesar desta em 1820 já ser independente, tanto que os argentinos só tomaram ciência deste desembarque mais de um no depois da volta de Jewett ao Rio da Prata.
Em 1828 Louis Vernet comerciante Huguenote (protestante francês) fixado em Hamburgo (cidade líder da Liga Hanseática de comércio) pediu à coroa inglesa e aos argentinos a possibilidade de estabelecer um entreposto comercial nas ilhas, autorização esta que lhe foi concedida. Assim um vilarejo nasce nas Falklands para servir de entreposto na rota para o cabo Horn.
Em 1832 a Argentina envia o Comandante Mestivier para estabelecer uma colônia penal nas ilhas, mas ele nunca por lá chega pois Mestivier é morto após 4 dias de navegação em decorrência de um motim a bordo. Em janeiro de 1833 os ingleses retornam às ilhas e pedem que o destacamento argentino presente se retire, coisa que acontece sem algum disparo. O entreposto de Vernet segue no arquipélago até meados de 1833 quando os membros do entreposto são mortos pelo assim chamado Comando Gaúcho, composto de gaúchos argentinos (nenhuma ligação com o Rio Grande do Sul). Estamos em 1833 e pelo momento ainda nada de uma colonização argentina das "Malvinas", só algumas tímidas tentativas, um motim e um ato criminoso por parte de aventureiros.
De 1834 a 1840 as ilhas são administradas como uma simples base naval e em seguida em 1840 os ingleses se estabeleceram definitivamente com uma colônia permanente, enviando para lá agricultores e pecuaristas. Durante a Primeira e a Segunda Guerra as Falklands serviram de base aos aliados, ingleses e americanos, que de lá desferraram ataques importantes aos navios e submarinos de Hitler que tinham em território argentino, seus aliados, vários portos francos para organizar expedições na área do Atlântico Sul.
Se formos contar desde a descoberta das Falklands até hoje, os argentinos que lá pisaram de forma ostensiva e duradoura não foram mais de poucas dezenas. Dizer que "las Malvinas son Argentinas" como podemos ler na saída do aeroporto de Ezeiza é uma lorota das mais vergonhosas e dignas de déspotas desesperados como o foram o General Gualtieri em 1982 e agora a "presidenta doenta".
O General, Sir, Jeremy Moore não permitiu que o nome Malvinas fosse utilizado no documento de rendição da Argentina após a Guerra das Malvinas em 1982, por se tratar de um termo de pura propaganda.
"Las Malvinas son Argentinas" como Angola e as outras ex-colônias portuguesas seriam brasileiras. Gato que nasce no forno não é biscoito. Não basta as Falklands terem sido espanholas em algum momento no passado. Como ficaria então o Brasil para aonde se transferiu a Coroa Portuguesa e seu governo de 1808 a 1816 que do Rio de Janeiro administrava e controlava todo o império de além-mar, de Portugal a Angola, de Moçambique a Nagasaki, da Guiné e Cabo Verde a Goa e Macau, coisa que nunca aconteceu a nenhum outro país na história. Ninguém aqui reivindicaria tal insensatez.
Devemos estar vigilantes para evitar que nossa diplomacia, num arrebate de entusiasmo terceiro-mundista, não embarque em alguma aventura para apoiar esta tresloucada senhora que arrisca jogar uma guerra no colo de sua futebolística torcida. É responsabilidade do Brasil trazer calma e bom senso à conversa para evitar que, mais uma vez, o sangue dos hermanos não seja derramado no solo e no mar das Falklands. Nesta questão, tão próxima às nossas fronteiras, não podemos ficar em cima do muro, como nosso costume.
As Falklands são dos 3.140 Ilhéus de Falkland, os quais votaram de forma unânime para permanecer sob o domínio do Reino Unido, y ahora que se callen los milongueros!









Serra e as Prévias do PSDB


Uma reunião entre o ex-governador José Serra e o governador Geraldo Alckmim, na quinta-feira à noite, para discutir o desfecho para o impasse da candidatura do PSDB à prefeitura de São Paulo foi considerado por lideranças do partido como o primeiro passo do tucano rumo à oficialização da entrada dele na disputa. Embora Serra não tenha comunicado a sua decisão, grupos que articulam a entrada dele nas eleições municipais já cogitavam nesta sexta-feira a participação do ex-governador nas prévias do partido. Uma saída jurídica para isso está sendo estudada pela direção do PSDB há alguns dias, pois o prazo de inscrição no processo já terminou.

Serra e Alckmin ficaram de conversar mais uma vez no fim de semana. As prévias tucanas estão marcadas para o próximo dia 4. Quatro pré-candidatos estão inscritos, sendo três secretários do governo Alckmin - Andrea Matarazzo, Bruno Covas e José Aníbal - e o deputado federal Ricardo Trípoli.
Duas possibilidades estão sendo analisadas por aliados do ex-governador e de Alckmin para a entrada do tucano na disputa. A primeira é a manutenção da data da prévia e a deflagração de uma operação política de emergência para conquistar, ao longo da próxima semana, os votos que Serra precisaria para vencer os demais participantes. A segunda é o adiamento, em duas semanas, da disputa interna, permitindo, assim, um tempo maior para as costuras políticas.


 

Parados no Ar - Dora Kramer


O passivo é grande e alcança os três Poderes. Findo o carnaval, 2012 começa para valer a partir da próxima segunda-feira e já com um acúmulo substancial de pendências no Executivo, Legislativo e Judiciário, que foi o primeiro a resolver uma delas, a Lei da Ficha Limpa.
Mas a maior de todas ainda está para ser enfrentada no Supremo Tribunal Federal, segundo as expectativas, neste ano: o processo do mensalão, em suspenso desde 2007 quando o STF aceitou a denúncia contra 40 (hoje 38) acusados de corrupção, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e peculato.
No Executivo há diversas, mas duas chamam especial atenção por serem leis aprovadas, de execução mais difícil do que fazia supor o clima de celebração quando da sanção pela Presidência da República.
A Comissão da Verdade, criada para trazer à luz todas as informações sobre agressões aos direitos humanos cometidas durante o regime militar sofre restrição dos militares e até hoje não se sabe quem integrará o grupo nem quando serão indicados.
A Lei de Acesso à Informação entra em vigor em maio próximo, mas até agora o governo não construiu meios e modos para dar-lhe eficácia na prática.
Os ministérios enfrentam dificuldades para montar estruturas capazes de atender à legislação que obriga o poder público a fornecer todo tipo de informação livre do sigilo de Estado, havendo ainda o obstáculo mais difícil que é a cultura da falta de transparência em relação a dados oficiais.
No Congresso, 2012 começa sem que tenha sido votada a Lei Geral da Copa, a dois anos do Mundial, nem que tenha sido resolvido de que modo Estados, municípios e União farão um entendimento sobre a distribuição dos royalties do petróleo.
Isso sem falar de problemas eternos: reforma política - em discussão agora transferida para o âmbito de uma proposta de plebiscito - e medidas provisórias, cujo excesso e sistemática de tramitação obstruem o trabalho do Parlamento.

Carnavalizamos a Tragédia - Mino Carta


Ao desfilar no grupo especial das escolas carnavalescas de São Paulo, a Águia de Ouro foi muito além da apoteose, carnavalizou a tragédia em nome da paz e do amor. Um dos seus carros evocou Vlado Herzog, assassinado pelo terror de Estado na masmorra do DOI-Codi dia 25 de outubro de 1975.
Em uma caixa de vidro erguida no topo do carro entre flores gigantes, mostrou um homem aparentemente enforcado e abandonado na mesma, exata posição em que uma foto oficial exibiu Vlado na pretensão de afirmar seu suicídio.
De vez em quando, no auge do batuque, a personagem levanta-se e cai no samba. Eufórica e competente. A história deveria ser conhecida até nos detalhes miúdos, mas as circunstâncias me induzem à recordação.
Vlado chefiava o jornalismo da TV Cultura e, juntamente com seus comandados e alguns amigos, era há tempo apontado como subversivo por um certo Claudio Marques, torpe figura a destilar fel nas páginas de um jornaleco de propaganda chamado Shopping News.
No espaço de uma semana, o grupo todo foi preso sob a acusação de compor uma célula comunista. Uma sombra desliza sorrateira no entrecho, estranho intermediário entre os agentes da repressão e o jornalista, avalista da entrega espontânea deste na manhã daquele sábado 25 de outubro.
Torturado, Vlado não resiste, morre antes das 5 da tarde. Apoiada pela imagem forjada que inspira a encenação da Águia de Ouro, a lembrar um títere atirado ao bastidor, o comando do II Exército divulgou a versão do suicídio.
Título do enredo da escola: Tropicália da Paz e do Amor. Contou com a participação de destaques graúdos: Caetano Veloso, Gilberto Gil, Wanderléa, Cauby Peixoto, Fernando Meirelles. Um conjunto de dúvidas me assalta na tentativa de interpretar o evento.
Palpita nele algo similar à glorificação do esquecimento?
A falta de memória é traço forte da personalidade nacional, mas no caso a impressão se desfaz diante da evidência da lembrança, embora distorcida. Vlado não é um suicida, como a plateia do Sambódromo quem sabe tenha sido levada a imaginar, ele é a vítima de algozes fardados, dos seus mandantes pluriestrelados e da ditadura invocada e provocada pelos vetustos donos do poder.
Abalo-me a crer que aquele carro, aquele específico ao menos, tencione celebrar a índole nacional. Se não ignora os fatos, condena ao oblívio seu lado feroz.
Agora pergunto aos meus estupefatos botões a quem aproveitam tanta paz e tanto amor. De saída, meus constantes interlocutores recomendam prudência. 

E o Mensalão ?


MILÃO — O ex-premier italiano Silvio Berlusconi foi absolvido neste sábado das acusações de corrupção no caso Mills. A 10ª Seção Penal do Tribunal de Milão considerou a acusação prescrita. O julgamento durou cinco anos.
O caso Mills, que ganhou esse nome por causa do advogado britânico David Mills, trata do suposto pagamento feito por Berlusconi ao advogado, em troca de testemunhos em processos que o ex-premier enfrentou na década de 90.
O advogado Piero Longo, que defende o ex-premier, afirmou durante a audiência que Berlusconi deveria ser absolvido por não ter cometido nenhum crime, pois "faltam provas de qualquer acordo criminoso" entre ele e Mills. Longo também sugeriu, como alternativa, a absolvição por prescrição.
Berlusconi, que renunciou a seu cargo em novembro, não compareceu à audiência.
A Procuradoria de Milão pedia uma pena de cinco anos de prisão a Berlusconi por suposto pagamento de propina a David Mills para que o advogado testemunhasse a seu favor em outro processo judicial.
Ao fim do julgamento, o procurador Fabio de Pasquale disse que "é inútil comentar" a sentença, de acordo com a agência italiana ANSA

O Monstro foi Preso

O acusado de estuprar uma menina de 12 anos dentro de um ônibus no Jardim Botânico, no último dia 16, foi preso no fim da tarde deste sábado no mesmo bairro. Por volta de 15h30, o crimonoso abordou uma jovem dentro de um ônibus na altura do Clube de Regatas do Flamengo, dizendo que estava armado, exigindo R$ 10 e que ela descesse do veículo com o cartão de crédito. A menina se negou a deixar o ônibus, e o suspeito ficou nervoso. Quando passava na altura do Jóquei Clube, ele tentou assaltar outra passageira. Foi quando o motorista percebeu a estranha movimentação e não permitiu que o criminoso saísse do veículo. O motorista, com o ajuda de passageiros, imobilizou o criminoso. O delegado da 15ª DP (Gávea), Fábio Braucke, disse que ele será preso e responderá pelo crime de estupro e roubo.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Operação Pro-Serra (des)organiza as Oposições ? - José Dirceu





Em março de 2010, portanto, há quase dois anos, a presidenta da ANJ (Associação Nacional de Jornais), Maria Judith Brito, afirmou que em nome da responsabilidade de fazer o contraponto os meios de comunicação brasileiros “estão fazendo de fato a posição oposicionista deste país, já que a oposição está profundamente fragilizada”.
Desde então, por diversas vezes, os meios de comunicação deflagraram movimentos próprios de oposição. Mas talvez a atual “Operação pró-José Serra” seja o momento em que fica mais evidente a tentativa de dar sentido e organizar as oposições.
Mesmo sem uma declaração de Serra, a eventualidade de uma candidatura sua na sucessão municipal de São Paulo foi colocada no tabuleiro e alimentada ininterruptamente na última semana.
De fato, com coberturas dignas de propaganda antecipada, os jornalões passaram a se encarregar de conduzir uma candidatura que ninguém assume —nem Serra, nem o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), nem o prefeito da capital, Gilberto Kassab (PSD).
A possibilidade é apresentada pela grande imprensa como tábua de salvação das forças de oposição que estão cada vez mais fragilizadas e em movimento de dispersão.
A avaliação é de que Serra é um nome forte, que já governou a cidade e o Estado e pode colaborar para rearticular as oposições a partir da prefeitura. É, portanto, um movimento tático localizado em São Paulo, mas que atende a uma estratégia nacional para as oposições.
Nesse raciocínio, ter Serra candidato seria fundamental para reagrupar PSDB, DEM e PPS e impedir que o PSD de Kassab apóie tanto o governo da presidenta, Dilma Rousseff, como a candidatura a prefeito de Fernando Haddad (PT).
É esse objetivo que leva os grandes meios de comunicação a tentar forçar a entrada de Serra na disputa. Muitas vezes, os artifícios são manipulação, desinformação e campanha político-partidária escancarada.
Nesse enredo, a tão propalada realização de prévias para escolha do candidato tucano, alçadas à condição de demonstração maior de democracia interna, podem não ter valor algum. Isto porque, se Serra for atraído para o tabuleiro eleitoral, os quatro postulantes à candidatura municipal terão participado das prévias apenas para abrir mão em favor dele.
Nessa questão, aliás, os tucanos acabaram tecendo a própria rede na qual estão presos: ao atacar o PT por encontrar em Haddad uma candidatura consensual, o PSDB fez das prévias algo crucial no processo de definição de um nome, mas se agora escolherem não fazer as prévias, como explicarão à população essa mudança repentina?
Além disso, nos cálculos dos grandes jornais, só existe a contabilidade positiva. Nos cenários traçados para emplacar Serra candidato, são listadas as qualidades de ter 21% de intenção de voto, ser nome “consensual”, ser conhecido ou ter experiência administrativa.
Mas os contras de uma candidatura Serra nem são lembrados, como ter 35% de rejeição, criar insatisfações internas por conta das prévias, ter sido derrotado em eleições presidenciais por duas vezes, não significar mudança e ter renunciado à mesma prefeitura com apenas um ano e meio de mandato.

Fatura pela Vida - Maria Helena Rubinato Rodrigues de Souza



Primário, ginasial, clássico ou científico e faculdade. Não eram muitas as opções. Mas fosse qual fosse a escolha, o formando, bem preparado e dedicado ao que fazia, tinha todas as chances de uma vida bem sucedida. Estava formado.
Hoje, ninguém nunca está formado... Estudar e se atualizar é para o resto da vida. Não dá para dizer estou formado. Estamos é sempre em formação.
Quem me lê sabe que essas não são palavras vãs. E sabe que há uma profissão, mais que todas, na qual o cidadão começa a estudar na creche e vai continuar estudando até morrer – isto se quiser ser um médico e não um sujeito de jaleco branco.
O que ele investe em tempo e dinheiro não pode ser desprezado e não seria nem justo, nem humano, esperar que fosse trabalhar por dez reis de mel coado. Claro que não.
Sabemos que os médicos não podem atender a todos de graça, ainda mais com as armas que o avanço da tecnologia nos deu para combater as doenças, armas essas que custam pequenas fortunas. Esse sonho, a medicina AAA de graça para todos, é o Estado que nos deve e não os médicos.
Não tenho nenhum médico na família, esclareço desde logo. Quando digo que eles devem ser muito bem pagos é porque acho que a sua é a profissão mais importante de todas. Tenho pelos médicos o maior respeito e a maior admiração.
Que fique bem claro: não falo em missionários, mas em médicos. Em médicos, mas não em comerciantes da medicina. Não falo em donos de hospitais nem em donos de planos de saúde. Falo em médicos.
Copio um trecho do artigo de professora da UFRJ, Ligia Bahia, publicado em O Globo de 20/02/2012:
“(...) se verificará que um dos mais perversos elementos da privatização da assistência à saúde é a autorização do funcionamento de emergências que podem recusar assistência a pessoas com problemas graves e requerentes de socorro imediato. Há um consentimento tácito que legitima a seleção de pessoas segundo riscos contábeis e não de saúde”.
Esse é o cenário real do Brasil da Saúde Quase Perfeita, como bradou Lula mundo a fora. Será que ele ainda pensa assim? Será que o fel que está bebendo o fez mudar de ideia?
Vim aqui cobrar a fatura pelo voto que lhe dei em 2002: Lula, infelizmente, conheceu o horror de uma doença terrível. Pode imaginar o que isso significa para quem não tem suas condições. Sua primeira preocupação, antes de qualquer outra, deve ser transformar a saúde pública brasileira na perfeição que apregoou. Que diga à Dilma que é por aí, e que não fale em mais impostos.
Assistência à Saúde e Educação devem ser por conta do Estado. Dinheiro, há. E ele sabe que há.
Tudo mais pode (e deve) ser privatizado.
Você nos deve essa, Lula.

Coisa de Inglês... ou de Inglesa ?


Frances Harris (nascido Frederick), de 71 anos, foi preso após aplicar golpes como homem e como mulher para sustentar uma vida de pequenos luxos

Ele se fez passar por um empresário chamado William Coutts para conseguirempréstimo bancário que financiasse o seu apreço por joias e viagens em transatlânticos
Depois, novo golpe: desta vez, Frances se fez passar por Vanessa, filha de Coutts. 

No julgamento, o britânico foi condenado a um ano e meio de prisão - masculina. Mas a pena foi suspensa e Frances ficará sob surpervisão da Justiça por dois anos. O juiz do caso disse que "é a última chance" da travesti, que tem ficha corrida longa, com 37 acusações - sendo 23 por falsidade, segundo o "Daily Mail".