Revisor questionou relator sobre ordem dos réus no cálculo das penas dos condenado pelo mensalão
BRASÍLIA - Ao contrário do esperado, o ministro Joaquim Barbosa, relator do processo do mensalão, retomou nesta segunda-feira o cálculo das penas dos condenados pelo núcleo político. A leitura das penas sugeridas pelo relator começou pelo ex-ministro da Casa Civil José Dirceu. A mudança provocou a ira do ministro revisor Ricardo Lewandowski, que abandonou o plenário. A princípio, seriam votados, após as definições relativas ao núcleo publicitário, os cálculos realtivos ao núcleo financeiro.
— Toda hora V. Excia. vem com uma surpresa! V. Excia. está surpreendendo a todos. O advogado do réu não está aqui! Vim de São Paulo, saindo de uma banca de mestrado, se eu soubesse... — exasperou-se Lewandowski, que não poderia votar nesta dosimetria, já que absolveu o réu pelo crime.
— Não interessa de onde V. Excia. veio — rebateu Barbosa. — Surpresa é sua lentidão ao proferir seu voto.
O revisor então deixou o plenário. Enquanto o presidente do STF, Ayres Britto, tentava restabelecer a ordem, Barbosa continuava:
— Tá vendo? Ele está a fim de obstruir mesmo!
Após o intervalo da sessão, o ministro revisor retornou para participar da dosimetria dos réus ligados ao núcleo financeiro.
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ayres Britto, defendeu nesta segunda-feira a decisão do ministro Joaquim Barbosa de mudar o cronograma e antecipar a votação das penas contra o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, o ex-deputado José Genoino e o ex-tesoureiro Delúbio Soares, ex-integrantes da cúpula do PT, réus do núcleo político do mensalão.
Segundo Britto, a mudança obedece à lógica e não representaria nenhum dano à defesa dos réus.
3 comentários:
Que bandeira, hein !!!
O primário Lewandovski nada mais fez que firmar sua posição de obstrução da sanitização das cloacas do PT.
Imagino o despero e arrependimento do Lulla por haver seguido a indicação que lhe fizera o "Frei" Beto de nomear o traiçoeiro Joaquim Barbosa. Seu Ministro ideal é o Levagranowsky ou o outro palerma cujo nome sempre esqueço.
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