sexta-feira, 30 de novembro de 2012

O Mensalão



Após quatro meses e 49 sessões, Supremo agora discutirá cassação de mandatos




Plenário do STF em uma das sessões do julgamento do caso do mensalão
Foto: Arquivo O Globo / Ailton de Freitas

Plenário do STF em uma das sessões do julgamento do caso do mensalãoARQUIVO O GLOBO / AILTON DE FREITAS
BRASÍLIA - No mais longo julgamento da história do Supremo Tribunal Federal (STF), os ministros concluíram nesta quarta-feira a fixação das penas dos 25 réus condenados por participar do escândalo do mensalão, que em 2005 abalou o governo Lula. O último réu a ter sua punição definida foi o primeiro a ser julgado, há quase quatro meses: o deputado e ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha (PT-SP). Ele foi condenado a nove anos e quatro meses de prisão, mais multa no valor de R$ 370 mil, por corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro. João Paulo cumprirá pena em regime inicialmente fechado.
Se tiver bom comportamento, poderá sair da prisão durante o dia depois de um ano, seis meses e 20 dias. Nas últimas dez sessões, a Corte também fixou a sanção a outros petistas, como o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, acusado de ser o chefe do esquema de compra de apoio parlamentar, o ex-presidente do PT José Genoino e o ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares.
Nesta quarta-feira foi a 49ª sessão de julgamento do mensalão. A expectativa é de que o STF ainda realize mais duas sessões para tratar de pendências — como a equalização de penas de multa e determinar se a perda de mandato de réus parlamentares é automática. O processo chegou à Corte em julho de 2005 como inquérito, um mês após a denúncia feita pelo presidente do PTB, Roberto Jefferson, de que existia um esquema de pagamento de propina a deputados em troca de apoio ao governo Lula. Em abril de 2006, o então procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, apresentou denúncia ao Supremo. A ação penal foi aberta em agosto de 2007.
Dos 37 réus, 25 foram condenados. Desses, 13 cumprirão pena em regime inicialmente fechado e dez, em regime semiaberto, que permite ao detento sair durante o dia e voltar para a cadeia apenas para dormir. Dois réus, o ex-deputado José Borba e o ex-tesoureiro informal do PTB Emerson Palmieri, cumprirão pena alternativa.
No caso de José Borba (PMDB-PR), hoje o Supremo decidiu substituir a restrição de liberdade por pena alternativa e multa. Na segunda-feira ele havia sido condenado a dois anos e seis meses pelo crime de corrupção passiva. Só ontem o debate foi concluído. O STF determinou que, em vez de reclusão, ele terá que pagar 300 salários mínimos em favor de entidade pública ou privada sem fins lucrativos, e ficará proibido de exercer cargo, função ou atividade pública ou mandato eletivo.
O STF ainda terá que decidir se José Borba deve perder imediatamente o mandato de prefeito de Jandaia do Sul (PR). Isso ficará para a semana que vem, quando o Supremo também vai definir se os três deputados condenados — Valdemar Costa Neto (PR), João Paulo Cunha (SP) e Pedro Henry (PP-MT) — perdem automaticamente seus mandatos, ou se isso precisa ainda ser ratificado pela Câmara.
Entre os condenados a regime fechado estão Dirceu; Delúbio; o operador do esquema, Marcos Valério; e dona do Banco Rural, Kátia Rabello.
Ao tratar da corrupção passiva cometida por João Paulo, o relator e presidente do STF, Joaquim Barbosa, sugeriu pena de três anos, nove meses e dez dias. No entanto, saiu vitorioso o voto de Cezar Peluso, que, antes de se aposentar, em setembro, votou por três anos de reclusão. A multa ficou estabelecida em R$ 120 mil.
— João Paulo Cunha era não apenas deputado federal, mas titular da presidência da Câmara dos Deputados. Era, portanto, uma das quatro mais importantes autoridades políticas da República. O réu presidia a casa do povo e, segundo na linha sucessória da Presidência da República, era o terceiro — argumentou Joaquim.
O relator acrescentou que o parlamentar manteve “contatos frequentíssimos” com Valério, o fato de ter usado a residência oficial de presidente da Câmara para negociar a corrupção e, ainda, o favorecimento ilegal a candidatos na região de Osasco com o dinheiro do crime.
João Paulo foi o primeiro réu a ser condenado, em 30 de agosto. O Ministério Público sustentou que o parlamentar recebeu R$ 50 mil de Valério para facilitar a vitória da SMP&B na licitação pelo contrato de publicidade da Câmara.

Joaquim Barbosa quer aumentar penas de condenados do mensalão



Tese do relator sobre texto da lei da corrupção passiva pode elevar pena de 8 réus

Carolina Brígido e André de Souza, O Globo
Após terem finalizado o cálculo das penas dos 25 condenados no processo do mensalão, um trabalho que consumiu dez sessões, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) podem agora refazer as contas.
Na sessão de quarta-feira, o relator do caso e presidente da Corte, Joaquim Barbosa, aconselhou o plenário a adotar penas mais altas para os condenados por corrupção passiva.
Lei de novembro de 2003 alterou a punição de um a oito anos de reclusão para dois a 12 anos. A maioria dos ministros tem considerado a lei mais branda, contra a vontade de Joaquim.
Se a tese do relator vingar, o deputado Valdemar Costa Neto (PR-PR), condenado a uma pena que o levaria ao regime semiaberto, passaria ao regime fechado.

Felipão e o Banco do Brasil


Declaração de Felipão sobre Banco do Brasil causa reações e ele pede desculpas

Novo técnico da seleção disse que bancário “senta no escritório e não faz nada”


Luiz Felipe Scolari durante a sua apresentação como novo técnico da seleção brasileira Foto: Ivo Gonzalez / Agência O Globo
Luiz Felipe Scolari durante a sua apresentação como novo técnico da seleção brasileiraIVO GONZALEZ / AGÊNCIA O GLOBO

RIO - Luiz Felipe Scolari já chegou causando polêmica. Logo em sua primeira entrevista como técnico da seleção brasileira, na manhã desta quinta-feira, Felipão acabou criando um mal-estar com os bancários em geral e com funcionários do Banco do Brasil em particular. Ao ser questionado sobre a pressão de ter que vencer a Copa do Mundo no Brasil, o treinador respondeu:
- Quem joga futebol tem pressão, e os jogadores têm que saber isso. Tem que trabalhar nesse aspecto. Se não quer pressão, vai trabalhar no Banco do Brasil, senta no escritório e não faz nada, aí não tem pressão nenhuma - disparou Felipão.
No fim da tarde o Banco do Brasil divulgou nota informando que o treinador tinha se retratado. Segundo a assessoria do banco, Scolari entrou em contato com o presidente do BB, Aldemir Bendine, e explicou que tinha feito uma "má colocação", sem intenção de ofender os funcionários do banco, do qual é cliente há 30 anos.
- Eu estou lá é para pedir a colaboração do povo brasileiro à seleção e não pretendia ofender o pessoal do Banco do Brasil. Foi apenas uma má colocação - disse Felipão, segundo o Banco do Brasil.

Na nota a assessoria do BB informa também que para Bendine o episódio está superado.
- Você vai ter aqui uma família de 116 mil pessoas que estará torcendo pelo seu trabalho, que você seja muito feliz nessa nova empreitada e que traga de volta aquela alegria que você nos deu em 2002 - respondeu Bendine ao técnico, ainda de acordo com a assessoria do BB.
Antes de selar a paz, o Banco do Brasil tinha reagido à altura do ataque do treinador. "O Banco do Brasil, junto com todo o povo brasileiro, deseja boa sorte ao técnico Luiz Felipe Scolari em seu novo desafio à frente da seleção, e torce para que as grandes conquistas do vôlei brasileiro, patrocinado pelo BB há mais de 20 anos, inspirem o trabalho da seleção", dizia trecho de nota divulgada pelo banco.
Diversas entidades de classe também emitiram seus protestos. A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) repudiou a declaração de Felipão, em nota assinada pelo presidente da entidade, Carlos Cordeiro. "Luiz Felipe Scolari começou mal como novo técnico da Seleção Brasileira. Esperamos que ele não esteja tão desatualizado sobre futebol quanto está sobre as relações de trabalho nos bancos", dizia a nota.
O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região foi outro a se manifestar: "Convidamos o senhor a conhecer o trabalho bancário, os funcionários do Banco do Brasil, as agências com longas filas, o ritmo alucinante que faz parte do cotidiano dos trabalhadores de instituições financeiras no nosso país", dizia trecho da nota do sindicado paulista.
A Associação Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil bateu pesado no treinador. E lembrou a recente passagem dele como técnico do Palmeiras, rebaixado para a segunda divisão do Campeonato Brasileiro.
- No Banco do Brasil a pressão é tanta que nenhum gerente que contribua para rebaixar o nível de uma agência ganha como prêmio administrar uma agência maior, que foi o que aconteceu com o sr. Scolari - disse ao site do Ancelmo Gois o presidente da associação, Antonio Sergio Riede.


A Palavra do Dia


Catarata
Catarata é o nome dado às quedas-d'água, especialmente as que têm grande volume e/ou grande altura. Existem algumas cataratas muito famosas ao redor do planeta, que viraram pontos turísticos. Um exemplo são as Cataratas do Iguaçu, um conjunto de cerca de 275 quedas d'água no Rio Iguaçu (na Bacia hidrográfica do rio Paraná), localizada entre o Parque Nacional do Iguaçu, no Paraná, Brasil, e o Parque Nacional Iguazú em Misiones, na Argentina. Por se localizar na fronteira entre Brasil e Argentina, é um dos maiores símbolos da amizade entre os dois maiores países da América do Sul. 

Comentários dos Leitores

Clara deixou um novo comentário sobre a sua postagem "A Palavra do Dia":
Se usa muito o termo "mate" pra denominar chimarrão no RS também. Carinhosamente se usa "chimas".

AAreal deixou um novo comentário sobre a sua postagem "A Charge do Amarildo": 
Magnífica 

AAreal deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Avalista do silêncio, por Dora Kramer": 
Lula Intocável, Sarney Imortal, .....
Não é fácil para nós, os comuns. 

Clara deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Parreira e Felipão": 
Não levo a menor fé nesses dois trabalhando juntos. Vai dar Xabú! 

Alberto deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Parreira e Felipão": 
Mano Menezes teve um bom desempenho na fase de triagem de jogadores para a seleção. O ajuste fino da máquina será entregue a veteranos campeões.
Com o dever cumprido, Mano certamente voltará a participar das futuras seleções. 

Alberto deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Avalista do silêncio, por Dora Kramer": 
Piano, piano che va lontano. 

Alberto deixou um novo comentário sobre a sua postagem "A Charge do Amarildo": Realmente só resta à Dilma recuar e muito. A única chance do Lula não ir para a cadeia será por decurso de idade quando passar do limite legal. 

Alberto deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Pensando em voz alta - Quando o relator da CPI foi...": 
Odair Cunha deve ser parente do Lewandovski. 

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

A Charge do Amarildo


 

Avalista do silêncio, por Dora Kramer




Dora Kramer, O Estado de S.Paulo
Nessa altura pouco importa se o ex-presidente Lula sabia ou não sabia se a amiga Rosemary Noronha fazia e acontecia nos escaninhos da administração pública.
A versão de que se sente "apunhalado pelas costas", repetindo a fórmula de escape - "fui traído" - adotada no caso do mensalão, fala por si em matéria de descrédito.
O importante é que se saiba como, quando, onde, por que, qual a extensão e a dimensão das ligações, sob a proteção de quem atuava a quadrilha da venda de pareceres descoberta pela Polícia Federal na Operação Porto Seguro.
Demissões, pentes-finos em contratos, extinção de cargos, tudo isso é bom e necessário. Mas é insuficiente e ainda soa algo artificial quando se vê o governo preocupado com o estado de nervos da ex-chefe do escritório da Presidência em São Paulo.
Ela perdeu o emprego, as sinecuras da família, tem a vida devassada, não recebeu das autoridades companheiras a atenção que considerava devida depois de mais de 20 anos de convivência e, por isso, seria um perigo ambulante.
Fala-se isso com naturalidade no PT como se fosse argumento aceitável para evitar que Rosemary vá ao Congresso explicar suas atividades.
Admite-se a convocação do ministro da Justiça, do advogado-geral da União, mas aquela que fazia a ponte de negócios em troca de pequenos (ao que se saiba) favores e esteve na comitiva presidencial em 17 viagens internacionais de Lula, não pode ir. Teme-se o "despreparo" e o "destempero" da moça.
O líder do governo no Senado, Eduardo Braga, não vê motivo para tal convocação e o líder do PT na Câmara, Jilmar Tatto, considera uma "aberração" se pensar em chamar o padrinho de Rosemary.
É de se perguntar por quê. A condição de ex-presidente não faz de ninguém intocável. O Congresso não é uma masmorra, é Casa de representação popular, foro ideal para esse tipo de questionamento.

Parreira e Felipão



'Este é o momento de esquecer qualquer outro problema e focar só na conquista da Copa do Mundo', diz Parreira


Felipão será o técnico e Parreira o coordenador da seleção brasileira Foto: Editoria de arte / Editoria de arte
Felipão será o técnico e Parreira o coordenador da seleção brasileiraEDITORIA DE ARTE / EDITORIA DE ARTE

RIO e SÃO PAULO - A seleção brasileira terá dois campeões mundiais na condução da campanha rumo ao hexa dentro de casa, na Copa do Mundo de 2014. Luiz Felipe Scolari, que conquistou o penta em 2002, na Coreia do Sul e no Japão, será o novo técnico, e seu nome será anunciado amanhã pelo presidente da CBF, José Maria Marin. Carlos Alberto Parreira, o treinador do tetra, nos Estados Unidos, em1994, assumirá o posto de coordenador técnico. O cargo será criado em substituição ao de diretor de seleções, ocupado até hoje por Andrés Sanchez, que pediu demissão por carta à CBF nesta quarta-feira.
- Este é o momento de esquecer qualquer outro problema e focar só na conquista da Copa do Mundo - disse Parreira com exclusividade ao GLOBO. - Tenho ótimo relacionamento com Felipão e será um prazer trabalhar com ele. A gente pode ajudar o Brasil a conquistar o grande objetivo, que é o hexa - acrescentou.
Parreira foi sondado por uma pessoa próxima a Marin e aceitou voltar a trabalhar com a seleção. Mas destacou que preferia trabalhar como coordenador técnico, e não diretor de seleções, cuja função é mais política.
- Não vou lidar nem sei lidar com assuntos políticos. Meu foco é ajudar a seleção na conquista da Copa - explicou Parreira, que foi técnico da seleção também em 2006, na Copa da Alemanha.
Durante visita do secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, ao Estádio Itaquerão, em São Paulo, Marin informou que anunciará o nome do novo técnico e do novo coordenador amanhã. Anteriormente ele tinha dito que só faria o anúncio nos primeiros dias de janeiro. Mas com as crescentes informações na imprensa sobre a escolha por Felipão, acabou decidindo antecipar.
- Fizemos uma profunda avaliação, analisamos vários elementos e, principalmente, a experiência. Uma Copa do Mundo não serve para teste, exige acima de tudo muita capacidade e experiência - disse Marin.
O presidente da CBF confirmou a saída de Andrés Sanchez do cargo de diretor de seleções. E foi então que revelou que a função será extinta, para criação do cargo de coordenador. Ele não falou sobre nomes, mas no Rio Parreira confirmou ter sido convidado. As informações de Marin aos jornalistas foram dadas em pronunciamento, sem direito a perguntas por parte dos repórteres.
- Eu me senti fora do negócio, não quero ser rei da Inglaterra, não preciso me sujeitar a isso - argumentou Sanchez.
Parreira e Felipão, estilos diferentes e currículos vencedores
Carlos Alberto Parreira é tido como um autêntico gentleman. Um cavalheiro, que prima pela suavidade no trato e pelo tom de voz baixo. Tem nove participações em Copas do Mundo. Seis delas como técnico (1994 e 2006, pela seleção brasileira; 1982, pelo Kwait; 1990, com os Emirados Árabes Unidos; 1998, com Arábia Saudita; 2010, com a África do Sul). Outras duas, como preparador físico (1970 e 1974, na comissão técnica brasileira). E uma como observador da Fifa (2002).
Luiz Felipe Scolari é do tipo explosivo, às vezes ríspido no contato com a imprensa, e considerado "paizão" pelos jogadores. No comando da "Família Scolari", com o inseparável auxiliar Flávio Murtosa, conduziu a seleção com pulso forte em 2002, na conquista do pentacampeonato. Depois dirigiu a seleção de Portugal e a levou ao quarto lugar em 2006. Teve uma passagem curta e atribulada pelo Chelsea, da Inglaterra, e depois assumiu o Bunyodkor, no distante Uzbequistão.
Dois notáveis da história vitoriosa da seleção brasileira, Parreira e Felipão vão agora trabalhar juntos. Na experiência de ambos como campeões do mundo há convivências semelhantes. Em 1994 Parreira escalava e convocava, mas tinha o suporte de Zagallo como coordenador técnico na campanha da Copa dos Estados Unidos. Em 2002 Felipão tinha ao seu lado a figura de Antônio Lopes, o coordenador técnico daquela vez.
Com seu nome sendo oficialmente anunciado nesta quinta-feira, Felipão poderá estar no sorteio dos grupos da Copa das Confederações sábado, no Anhembi, em São Paulo, representando da seleção brasileira. O sorteio começará às 11h15m. Participam do torneio, que será disputado de 15 a 30 de junho em seis sedes, além do Brasil, que é o anfitrião, a Espanha, campeã do mundo; a Itália, vice-campeã europeia; o México, campeão da Concacaf; o Japão, campeão da Ásia; o Taiti, campeão da Oceania; e um representante da África, cujo campeão será conhecido somente em janeiro de 2013.

Pensando em voz alta - Quando o relator da CPI foi um fraco



Por que o deputado Odair Cunha (PT-MG), relator da CPI do Cachoeira, pediu na semana passada o indiciamento de cinco jornalistas acusando-os de formação de quadrilha? E por que, hoje, recuou do pedido?
Se lhe faltava convicção para pedir não deveria ter pedido. Se tinha convicção não deveria ter recuado.
Em algum momento foi um fraco.
Talvez na semana passada quando o PT o pressionou para que pedisse o indiciamento - e ele pediu.
Talvez da semana passada para cá quando passou a ser pressionado pela oposição para desistir do indiciamento - e ele desistiu.

A Palavra do Dia


Gaúcho 
No Brasil, utiliza-se a palavra para designar, comumente, pessoa nascida ou que vive no estado do Rio Grande do Sul. O termo, porém, não apresenta somente este significado. Gaúcho é uma denominação dada às pessoas ligadas à atividade pecuária em regiões de ocorrência de campos naturais do Vale do Rio da Prata e do Sul do Brasil, entre os quais o bioma denominado 'pampa'. Por isso, os sulistas brasileiros apresentam muitas semelhanças com os argentinos, como o gosto pelo chimarrão – ou apenas mate, como se diz na Argentina – e o uso de bombachas. As interjeições 'tchê' e 'bá' não são empregadas apenas na região sul do Brasil: em toda a região do Rio de la Plata são muito utilizadas.         

Comentários dos Leitores

Alberto deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Tolerância continuada, por Dora Kramer": 
Não há modo displicente de nomear assessores. Tudo faz parte da estrutura de exercício do poder.
Se o poder é corrupto a estrutura nomeada seguirá o mesmo padrão.
Não há estrutura corrupta montada por um governo honesto. Ponto final!!!!! 

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Tolerância continuada, por Dora Kramer



Dora Kramer, O Estado de S. Paulo
A quantidade de “braços direitos” envolvidos em escândalos nos últimos anos não é exatamente um dado que conspire a favor do governo, do PT, do ex-presidente Lula nem da imagem de austeridade da presidente Dilma Rousseff, bordada com canutilho pelo departamento de propaganda do Planalto.
Para citar os casos mais famosos ocorridos em ambiente de Palácio: Valdomiro Diniz era braço direito de José Dirceu, que era braço direito de Lula, que o substituiu por Dilma, que pôs no lugar Erenice Guerra, que caiu na rede da suspeita por tráfico de influência, mesma acusação que fez do braço direito do advogado-geral da União e de pessoa da confiança ex-presidente alvos de investigação da Polícia Federal.
Convenhamos, não é algo trivial. Tampouco a ser desconsiderado no cômputo geral de “malfeitorias” cometidas na antessala do poder central.
Na melhor hipótese demonstra o modo displicente do governo na nomeação de auxiliares, ainda mais quando ocupantes de postos-chave, e a total liberdade com que conseguem atuar longe de qualquer fiscalização ou controle interno.
Nunca são sequer importunados. Invariavelmente são descobertos por denúncias publicadas na imprensa ou por operações de iniciativa da PF.
Essa última, a Porto Seguro, durante longo tempo investigou entre outros o advogado-geral da União adjunto e a chefe do escritório da Presidência da República em São Paulo sem que os superiores deles se dessem conta de suas atividades paralelas.
A polícia levou tempo para recolher provas que pudessem sustentar as prisões e indiciamentos. Mas quem convivia com eles não precisaria de mais que indícios de conduta reprovável para afastá-los das respectivas funções.
E se atuavam livremente é porque ou tinham autorização ou no mínimo se sentiam protegidos pela indulgência dos chefes em alguns casos e, em outros, por temor da retaliação vinda do altar onde se instalavam seus padrinhos.
Não é pequeno nem desprovido de razão o constrangimento do governo/petista com o indiciamento de Rosemary Noronha por corrupção e tráfico de influência.
A moça é poderosa, arrogante e abusa do direito de demonstrar que tem as costas quentes.

A Palavra do Dia


Colonização
Colonização é ação ou resultado de colonizar. É a criação de uma colônia em um lugar (país, regão, território etc.),exercendo domínio sobre ele e sobre seus habitantes. As relações entre Brasil e Argentina vêm desde a época colonial –antes mesmo da existência dos dois países como nações independentes. A tradicional rivalidade entre os dois países é uma continuação da antiga disputa de territórios e prestígio por parte das respectivas metrópoles, Portugal e Espanha –resumida no Tratado de Tordesilhas, assinado em 1494, e nasdisputas bélicas pela posse da colônia de Sacramento, enclaveportuguês próximo a Buenos Aires. A guerra pelo territóriocontinuou mesmo após a independência dos países, movida adisputas pela hegemonia continental e a um mar dedesconfianças mútuas. O Império brasileiro temia que aArgentina reinstalasse o Vice-Reinado do Prata – uma confederação reunindo ela mesma, Uruguai, Paraguai e Peru,sob sua liderança, formada pelos espanhóis em 1763 para conter o avanço português. Os argentinos, por sua vez, tinham medo da política expansionista brasileira, que poderia isolá-los e submetê-los no continente. Com o passar do tempo,Brasil e Argentina começariam a perceber que suas economiasse complementavam – e não concorriam em praticamente nenhum setor. Com a criação do Mercosul, em 1991, arivalidade ficou definitivamente atenuada. Hoje, a rivalidade quase que se restringe  ao esporte, grande palco atual de confronto entre os países.

Comentários dos Leitores

Alberto deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Veta, Dilma!, por Paulo Guedes": 
A letargia da opinião pública está refletida no comentário do repórter Camarotti da Globo News quando muito consternado informou que a presidente estava aborrecida com a manifestação.
Aborrecido e consternado está o povo carioca!!!! 

Alberto deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Dilma age rápido para espantar crise": 
Estou notando alguma diferença na atitude da Dilma agora com a de Lula na época do mensalão!!! 
Gato escaldado tem medo de água fria. 

Alberto deixou um novo comentário sobre a sua postagem "PF faz operação com 67 indiciados em cinco estados...": 
Apreender computadores é uma covardia. Os donos são os responsáveis. 

Alberto deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Felipão na Seleção ?": 
Maravilhoso o comentário do diretor insatisfeito dizendo que sua tendência é sair do cargo. 

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Veta, Dilma!, por Paulo Guedes



Paulo Guedes, O Globo

“O dinheiro tem de ir aonde o povo está.”
Parafraseando Milton Nascimento, esse é o princípio federativo de uma democracia emergente. É inteiramente compreensível que prefeitos, governadores e suas bancadas de deputados e senadores exerçam pressões para obtenção de recursos para seus estados e municípios.
Mas é uma enorme aberração que essa legítima pressão por recursos se degenere em cenas explícitas de canibalismo federativo, a propósito dos royalties do petróleo.
A guerra dos royalties é mais um sintoma da falta de uma reforma fiscal. Por falta de estadistas entre as lideranças políticas no Congresso.
O Senado resolve em poucos dias legislar em causa própria sobre o não pagamento de imposto de renda sobre o 14º e 15º salários, enquanto se omite por duas décadas e meia quanto a uma reforma fiscal que descentralize recursos da União para estados e municípios.
Pior ainda, um Congresso subserviente permite que a União avance sobre os orçamentos públicos por meio de contribuições não compartilhadas com os demais entes federativos.
Resultam daí outras aberrações, como governadores há poucas semanas se acocorando ante o ministro da Fazenda pedindo recursos ou pleiteando favores para rolagem das dívidas em bancos públicos.
Quando deveriam estar com a presidente oferecendo apoio parlamentar para promover a reforma fiscal. E o papel do ministro da Fazenda seria formular e coordenar com os secretários estaduais esse processo de descentralização administrativa.
As eleições de 2014 já começaram para os estados produtores de petróleo. Se perderem os royalties do petróleo, sabem a quem atribuir o caos financeiro. A presidente Dilma é do PT, e o vice-presidente Temer, do PMDB. O presidente do Senado é do PMDB, e o presidente da Câmara é do PT.
As propostas oportunistas de redistribuição dos royalties são de deputados do PT e do PMDB. Fluminenses e capixabas darão zero voto para a chapa Dilma-Temer (PT-PMDB).
Vete o canibalismo oportunista, Dilma. Seja como Lula uma liderança “que faz o que tem de ser feito”, sem permitir que uma maioria atropele os direitos constitucionais de uma minoria.
Lula não apenas vetou a injusta proposta como também indicou que a União é quem deveria ceder os recursos em acordo futuro.

Dilma age rápido para espantar crise



Balaio do Kotscho
Faz algum tempo que a palavra crise não aparece no noticiário político, ao contrário do que aconteceu durante todo o primeiro ano de governo de Dilma Rousseff, na época da chamada "faxina", quando a presidente teve que demitir oito ministros acusados de irregularidades diversas.
Desta vez, a presidente Dilma Rousseff agiu de forma fulminante para espantar uma nova crise envolvendo denúncias sobre uma rede de corrupção no governo federal.
Surpreendida pela Operação Porto Seguro, da Polícia Federal, deflagrada na sexta-feira, Dilma não esperou o fim de semana passar.
Convocou ministros para uma reunião de emergência no sábado, no Palácio da Alvorada, e determinou a demissão ou afastamento imediato dos funcionários denunciados, entre eles a chefe do escritório da Presidência da República em São Paulo, Rosemary Nóvoa de Noronha, e o advogado-geral-adjunto da União, José Weber Holanda Alves.
Demitir Rosemary, funcionária indicada no começo do primeiro governo do ex-presidente Lula e mantida no cargo por Dilma a pedido do ex-presidente, indiciada pela Polícia Federal por suspeita de envolvimento com uma quadrilha que traficava pareceres técnicos de orgãos públicos, foi a decisão mais delicada tomada pela presidente até agora.
E foi mais um sinal de que ela continua implacável com os autores de "malfeitos", como costuma dizer, quaisquer que sejam os seus nomes e ligações políticas. "Se ela faz isso com uma indicada de Lula, imagina o que não fará com um dos nossos", comentou um preocupado ministro do PMDB, segundo a coluna Painel publicada na "Folha" desta segunda-feira.

Fla-Flu de Ideias, por Elton Simões




Quem negocia para viver, vive para negociar ou já participou de uma negociação reconhece rapidamente os sintomas. Não dá para determinar o momento exato em que acontece. O fato é que acontece mais que o desejado ou mesmo o tolerável. Frequentemente, negociações são reduzidas a um eterno Fla-Flu de ideias opostas. Mesmo quando o assunto não é futebol.
Quando isto acontece, a radicalização envenena o debate. Não mais se trocam ideias. Tudo é reduzido a somente duas posições possíveis. A paixão deixa de complementar a razão e passa a substituir a inteligência.
Em algum ponto, o que se discute não é mais importante. A negociação se torna impossível. Ate porque não se negocia mais. Negociar requereria ouvir e escutar opiniões aparentemente contrárias ou claramente diferentes. Negociação sem troca de ideias é contradição em termos.
Quando o debate se limita a repetição interminável de posições opostas ou parcialmente incompatíveis, as partes se fecham ao acordo. Sem acordo e eliminada a possibilidade de negociação, existe somente conflito estéril. Resta apenas a perda de energia, tempo e recursos.
Existem varias escolas de pensamento que deram origem a dezenas de técnicas de negociação completamente diferentes. Talvez o único ponto em que todas estas ideias, teorias, ou ideologias sobre negociação convergem seja o conceito de que não existe negociação bem sucedida sem que os negociadores se comuniquem adequadamente.
Sem que cada um dos lados compreenda razoavelmente as razões e motivações dos outros envolvidos, não existe acordo possível. É um principio cuja obviedade dispensa comentários, mas cuja aplicação por negociadores parece ser incomum.
É sempre mais fácil levar em consideração somente os próprios interesses. É simples e rápido. Reconhecer os interesses alheios, entretanto, requer talento, energia e empatia. Qualidades que parecem estar eternamente em falta.
Baseado no livro: Fisher, Roger and Ury, William and Patton, Bruce. 1991. Getting to Yes – Negotiating Agreement Without Giving In, Harvard Project on Negotiation, New York: Penguin.

Elton Simões mora no Canadá. Formado em Direito (PUC); Administração de Empresas (FGV); MBA (INSEAD), com Mestrado em Resolução de Conflitos (University of Victoria). E-mailesimoes@uvic.ca . Escreve aqui às segundas-feiras.

PF faz operação com 67 indiciados em cinco estados e no DF



Em SP, computadores foram apreendidos na casa do vice-presidente da CBF



Marco Polo (à esquerda), que aparece na foto ao lado do presidente da CBF, José Maria Marin, prestou depoimento à PF
Foto: Divulgação / FPF
Marco Polo (à esquerda), que aparece na foto ao lado do presidente da CBF, José Maria Marin, prestou depoimento à PFDIVULGAÇÃO / FPF
RIO e SÃO PAULO - A Polícia Federal realiza nesta segunda-feira operação em cinco estados e no Distrito Federal para desarticular duas organizações criminosas — uma especializada na venda de informações sigilosas e outra voltada à prática de crimes contra o sistema financeiro nacional. Segundo a PF, 67 pessoas serão indiciadas. Foram cumpridos 33 mandados de prisão e 87 mandados de busca e apreensão em São Paulo, Goiás, Pará, Pernambuco, Rio e Distrito Federal. Outras 34 pessoas foram levadas para prestar depoimento e depois foram liberadas.
Na operação, iniciada na madrugada desta segunda-feira, policiais federais recolheram computadores e documentos na residência de Marco Polo Del Nero, que é vice-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), presidente da Federação Paulista de Futebol e membro do Comitê Executivo da Fifa. Del Nero foi conduzido até a sede da PF para prestar depoimento.
Investigação durante apuração sobre o suicídio de policial federal
Em nota publicada no site da Federação, Del Nero afirmou foi surpreendido pela operação da PF e que as buscas não estão relacionadas à sua atividade na entidade e ou a seu escritório de advocacia, no qual é sócio do deputado federal Vicente Cândido (PT-SP) .
Segundo nota divulgada pela PF, a investigação começou em setembro de 2009, durante apurações sobre o suicídio de um policial federal na cidade de Campinas, que apontou a possível utilização de informações sigilosas, obtidas em operações policiais, para extorquir políticos, suspeitos de envolvimento em fraudes em licitações.
A PF informou que as duas organizações atuavam em paralelo e de modo independente. O elo entre elas era uma das pessoas investigadas, que atuava com os dois grupos criminosos.
Uma das quadrilhas operava uma rede de espionagem ilegal, composta por vendedores de informações sigilosas que se apresentam como detetives particulares, e por seus fornecedores, pessoas com acesso aos bancos de dados sigilosos, como funcionários de empresas de telefonia, bancos e servidores públicos. Entre as vítimas há políticos, desembargadores, uma emissora de televisão e um banco.
A segunda quadrilha era especializada em remessa de dinheiro ao exterior por meio de atividades de câmbio sem autorização do Banco Central.
Penas pelos crimes variam de 1 a 12 anos de prisão
Os investigados responderão pelos crimes de divulgação de segredo, corrupção ativa, corrupção passiva, violação de sigilo funcional, realizar interceptação telefônica clandestina, quebra de sigilo bancário, formação de quadrilha, realização de atividade de câmbio sem autorização do Banco Central do Brasil, evasão de divisa e lavagem de dinheiro, com penas de 1 a 12 anos de prisão.
A PF batizou a ação de Operação Durkheim, intelectual francês, um dos pais fundadores da sociologia, que escreveu o livro “O Suicídio”, em alusão aos fatos que deram início à operação.
Del Nero é um dos convidados a comparecer nesta segunda-feira ao Soccerex, uma feira de negócios do futebol, que acontece no Rio. No site da Federação Paulista de Futebol, ele divulgou a seguinte nota:
“Marco Polo Del Nero, presidente da Federação Paulista de Futebol, esclarece que foi surpreendido em uma operação da Polícia Federal durante esta madrugada em sua residência, em busca de documentos não relacionados à sua atividade na entidade e de seu escritório de advocacia.
“Conhecido advogado criminalista, Marco Polo Del Nero prestou depoimento regulamentar na Polícia Federal sendo liberado em seguida. O teor do depoimento segue em sigilo de Justiça”.

Felipão na Seleção ?


Diretor de seleções conta que treinador "já estaria apalavrado' para assumir lugar de Mano




Andrés Sanchez estaria de saída da CBF
Foto: Michel Filho / O Globo

Andrés Sanchez estaria de saída da CBFMICHEL FILHO / O GLOBO

RIO - No mesmo dia em que o vice-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Marco Polo del Nero, foi detido pela Polícia Federal e teve computadores da sua casa apreendidos, o diretor de seleções da entidade, Andrés Sanchez, deixou claro que está de saída do cargo. Em visita à Soccerex, feira internacional de negócios de futebol, no Rio, Sanchez informou que voltará a São Paulo nesta tarde, para uma reunião do Conselho do Corinthians, mas que voltará ao Rio na terça e irá à CBF para conversar com o presidente José Maria Marin.
- Eu vou estar lá (na sede da CBF), a única dúvida é se eles (Marin e o vice-presidente Marco Polo del Nero) vão estar, porque estou morando no Rio. Mas vou ter uma conversa amanhã ou depois com o presidente para acertar os ponteiros. A tendência todos sabem qual é, nessa linha (a saída dele da CBF). Depois de tudo o que aconteceu na sexta, eu não fiquei contente, e deixei isso claro na minha entrevista - disse o dirigente, responsável por informar Mano Menezes de sua demissão e revelar o fato à imprensa na sexta-feira passada.
Na ocasião, Sanchez dizia ter sido voto vencido, porque não concordava com a saída de Mano. Hoje ele contou que usou a expressão errada. Na verdade ele não participou da discussão, apenas foi comunicado da demissão de Mano.
- As coisas estavam sendo discutidas antes, mas eu tinha que saber junto com todo mundo. Cheguei lá (na Federação Paulista de Futebol, na sexta) e me foi dito que o treinador teria que ser mudado. Eu usei a expressão votar, que fui voto vencido, mas na verdade fui comunicado da demissão - informou.
Felipão
Sanchez comentou com os repórteres que tudo indica que Luiz Felipe Scolari, treinador campeão da Copa do Mundo de 2002, deva ser o novo técnico da seleção.
- A tendência seria o Felipão, já está apalavrado - disse, referindo-se a rumores que saíram na imprensa.
Indagado se esse acerto com Felipão, sem a sua participação, não seria um sinal de enfraquecimento político na CBF, Sanchez respondeu:
- Este é um dos motivos (de sua saída da CBF).
Os repórteres então quiseram saber se ele continuará no cargo.
- Não pedi demissão nem fui demitido. Mas a tendência é sair mesmo - afirmou.
Sanchez não quis usar a palavra crise para definir o momento atual do futebol brasileiro.
- Crise, não, um pouco de insegurança. Estamos a três ou quatro dias do sorteio dos Grupos da Copa das Confederações (será sábado, dia 1º), e estamos sem treinador - lamentou.
A relação com o presidente da CBF, José Maria Marin, "sempre foi respeitosa", segundo Sanchez, que diz que sempre foi ouvido.
- Mas prevaleceu o presidente na história do técnico - explicou Sanchez, que participou de solenidade na Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol, que tem um estande na Soccerex.
Contrariado com a demissão de Mano
Na sexta-feira, Andrés deixou claro que ficou contrariado com a demissão de Mano Menezes do comando da seleção brasileira.
- Eu achava que não era o momento. Entendo os motivos, os critérios e entendo o desejo de um novo planejamento para o ano que vem - afirmou, na ocasião. - São os métodos do presidente (José Maria Marin), que a partir da próxima temporada quer novos critérios. Ele está sendo corajoso, ousado e está entendendo o futebol para frente. Venho há meses defendendo a continuidade do trabalho, mas entendo e sei respeitar a hierarquia. Respeito, atendo e aceito - acrescentou.
O favorito de Marin, segundo tem sido veiculado na imprensa, seria mesmo Scolari, que deixou o comando do Palmeiras antes de o time ser rebaixado para a segunda divisão do Campeonato Brasileiro. Del Nero prefere Muricy Ramalho, atual técnico do Santos. Andrés defendia a permanência de Mano, mas depois da demissão teria como favorito Tite, técnico do Corinthians que vai disputar o Mundial da Fifa em dezembro, no Japão.
Andrés foi contratado em dezembro do ano passado pelo então presidente da CBF, Ricardo Teixeira. Com a chegada de Marin e Del Nero ao comando da entidade, ele foi perdendo espaço.

 

Comentários dos Leitores

julio deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Dirceu: O Julgamento do julgamento": 
Esses crápulas são eternos insubordinados. Acostumados a praticar política suja, pensavam que podiam conspurcar até o STF. Mas quebraram a cara, ficaram desasados, estão desorientados e não se conformam com a sombra da condenação, justa, mas que deveria ser com mais anos de cadeia. Assim como Lula, o chefe-mor da quadrilha, que nunca respeito as leis do país, Dirceu quer fazer o mesmo, só que a sociedade brasileira está do lado da Suprema Corte. 

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Sem Comentários


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Cuidado !!!!


Cuidado !!! É muito sério...

Comentários dos Leitores

Alberto deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Alckmin reage à perda do controle da segurança, po...": 
Vamos aos fatos. Este negócio de PCC é balela. Evidentemente os assassinatos devem ser creditados aos policiais renegados (milícias)que tem todo o interesse em desestabilizar a polícia legal para terem espaço para agir. O antigo secretário pareceu não estar inclinado a se opor às milícias. 

Alberto deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Cartas de Buenos Aires: A guerra dos Roses": 
A Argentina tem razões que a própria razão desconhece. 

Alberto deixou um novo comentário sobre a sua postagem "A Demissão de Mano": 
Demitir um técnico que desenvolvia um trabalho de anos com a Seleção á a forma drástica de resolver uma crise pois estamos a um ano e meio da Copa.
Como aparentemente a seleção vinha evoluindo a crise não está no campo mas sim nos escritórios dos cartolas.
Os que respeitam a História estão apreensivos pois a maioria das copas perdidas foram decorrentes de desmandos dos dirigentes. 

carlos eduardo alves de souza deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Joaquim Barbosa no STF": 
Personagem detestável é esse tal de Kakai. Ele lembra o Chalaça, aquele poruguês mais que acanalhado que dirigia a corrupção e o vício no Primeiro Reinado. Sim, porque Kakai é o homem ligado aos homens, é dono do covil onde se reunem hoje e ontem todos os participantes do bas fond brasileiense, isto é nossos políticos. Suas declarações hoje, ´pretendendo apadrinhar Barbosa, de ter sido aquele que o levou para receber o pistolao indispensável do Godfather Dirceu tem de ser mentira, imunda mentira destinada a sujar o nome daquele que justiciou a bandalheira do Dirceu. 

Alberto deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Dirceu: O Julgamento do julgamento": 
Se a moda pega vão fechar o Poder Judiciário.
Será que a turma do desagravo já ouviu falar da Constituição Brasileira?