CARLOS VIEIRA
Melanie Klein (1882-1960), psicanalista austríaca, seguidora e prosseguidora do pensamento freudiano, mostra em dois artigos de sua obra: “A vida emocional do bebê” e “Notas sobre os mecanismos esquizóides”, a importância e consequência normal e patológica dos instintos orais primitivos, ou seja, a voracidade e a inveja dos seres humanos.
Aqui, quero enfatizar a questão da voracidade, da gula, da avidez, assim como da inveja, sentimentos que traduzem o desejo de ter, de ter mais, de querer ter tudo na “fantasia da busca de plenitude”, para aplacar um desespero. Desejar, querer mais, querer crescer, desenvolver e progredir são aspectos inerentes à raça humana. Desejar tudo, cobiçar tudo que se inveja, querer acumular além do necessário, são facetas do que chamo de “vampirismo”, prática atual da civilização pós-moderna. O desenvolvimento científico e tecnológico atual tem criado uma cultura do Ter e não do Ser. Vale mais quem tem mais, valorizam-se as pessoas pela riqueza material e não pelo seu crescimento humanístico.
Iremos assistir, a partir dessa semana, o maior “julgamento do século”, na história do Brasil – o Mensalão. Julgamento que denuncia um esquema de corrupção ocorrido em nosso país. É óbvia a demonstração vampiresca de suspeitos, políticos, funcionários públicos e empresários, vociferando e se apoderando do dinheiro público, do nosso dinheiro, dos impostos pagos pela população para melhoria na Saúde, Educação, Habitação etc. Atos vampirescos , de uma verdadeira atividade predatória, sugando o erário público, o nosso bolso. Verbas públicas são desviadas para enriquecimento pessoal e grupal, de “gangues” e “quadrilhas”.
Uma coisa é o impulso do bebê para se alimentar e procurar satisfazer suas necessidades básicas, uma questão de instinto de sobrevivência. Fato diferente é querer esvaziar “o seio materno”, o Estado Provedor para ficar com tudo que ele tem, e nada deixar para os irmãos e qualquer outra pessoa. Esses, chamo de “bebês vampiros”. A gula e a inveja modulam esses impulsos, e criam uma expectativa de ter tudo, de ser completo, de ser pleno e de nada lhe faltar. Os nossos suspeitos, políticos, funcionários públicos e empresários parecem ser esses “bebês ávidos”, insatisfeitos e desejosos de ter tudo: dinheiro, bens materiais, abundância e poder.
Emprego agora o termo “carnívoro”, para enfatizar os impulsos vorazes e invejosos da personalidade humana, e lembrar o poema que citarei abaixo. Encontro no Dicionário Analógico da língua portuguesa, de Francisco Ferreira dos Santos Azevedo, Lexikon Editora, termos como: dar aos dentes, devorar, enguloseimar, triturar, atolar os dentes, dar com tudo no bucho, encher a mochila, ratar, roer, dentar, etc. Em outras palavras, pessoas movidas pelo desespero e uma profunda sensação de vazio, vazio psíquico, afetivo.
Aqui, quero enfatizar a questão da voracidade, da gula, da avidez, assim como da inveja, sentimentos que traduzem o desejo de ter, de ter mais, de querer ter tudo na “fantasia da busca de plenitude”, para aplacar um desespero. Desejar, querer mais, querer crescer, desenvolver e progredir são aspectos inerentes à raça humana. Desejar tudo, cobiçar tudo que se inveja, querer acumular além do necessário, são facetas do que chamo de “vampirismo”, prática atual da civilização pós-moderna. O desenvolvimento científico e tecnológico atual tem criado uma cultura do Ter e não do Ser. Vale mais quem tem mais, valorizam-se as pessoas pela riqueza material e não pelo seu crescimento humanístico.
Iremos assistir, a partir dessa semana, o maior “julgamento do século”, na história do Brasil – o Mensalão. Julgamento que denuncia um esquema de corrupção ocorrido em nosso país. É óbvia a demonstração vampiresca de suspeitos, políticos, funcionários públicos e empresários, vociferando e se apoderando do dinheiro público, do nosso dinheiro, dos impostos pagos pela população para melhoria na Saúde, Educação, Habitação etc. Atos vampirescos , de uma verdadeira atividade predatória, sugando o erário público, o nosso bolso. Verbas públicas são desviadas para enriquecimento pessoal e grupal, de “gangues” e “quadrilhas”.
Uma coisa é o impulso do bebê para se alimentar e procurar satisfazer suas necessidades básicas, uma questão de instinto de sobrevivência. Fato diferente é querer esvaziar “o seio materno”, o Estado Provedor para ficar com tudo que ele tem, e nada deixar para os irmãos e qualquer outra pessoa. Esses, chamo de “bebês vampiros”. A gula e a inveja modulam esses impulsos, e criam uma expectativa de ter tudo, de ser completo, de ser pleno e de nada lhe faltar. Os nossos suspeitos, políticos, funcionários públicos e empresários parecem ser esses “bebês ávidos”, insatisfeitos e desejosos de ter tudo: dinheiro, bens materiais, abundância e poder.
Emprego agora o termo “carnívoro”, para enfatizar os impulsos vorazes e invejosos da personalidade humana, e lembrar o poema que citarei abaixo. Encontro no Dicionário Analógico da língua portuguesa, de Francisco Ferreira dos Santos Azevedo, Lexikon Editora, termos como: dar aos dentes, devorar, enguloseimar, triturar, atolar os dentes, dar com tudo no bucho, encher a mochila, ratar, roer, dentar, etc. Em outras palavras, pessoas movidas pelo desespero e uma profunda sensação de vazio, vazio psíquico, afetivo.
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