sábado, 29 de dezembro de 2012

A Reeleição de Dilma



PT calcula que Dilma só se reelege se PIB crescer 4%

Condenações do mensalão, avanço de Eduardo Campos e escândalos como a Operação Porto Seguro são outros obstáculos a vencer em 2013
VEJA.com
Preocupada com o pífio desempenho da economia nos últimos dois anos, a presidente Dilma Rousseff inicia a segunda metade de seu mandato, a partir de 1º de janeiro, com a difícil tarefa de fazer o governo andar, recuperar a confiança dos investidores e soldar a base aliada, hoje com fraturas expostas.
No ano em que o PT completa uma década no comando do país, a cúpula do partido avalia que a reeleição de Dilma, em 2014, depende de um crescimento econômico de, no mínimo, 4% já no ano que vem.
"Nós não podemos perder 2013", disse o senador Jorge Viana (PT-AC), ex-governador do Acre. "(O ano de) 2012 foi muito ruim e precisamos dar uma dinâmica ao governo agora, para criar o ambiente que vai deslanchar o processo (da reeleição). Todos nós sabemos que é necessário acelerar o Programa de Aceleração do Crescimento", emendou ele, usando um trocadilho para se referir ao PAC.

Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

Dilma afirma que fará "o possível e o impossível" para o país crescer 4% ao ano. Estimativas do Banco Central, porém, indicam expansão do Produto Interno Bruto (PIB) de apenas 1%, em 2012. A previsão acendeu a luz amarela no Palácio do Planalto.
Na seara política, as angústias do PT se concentram no impacto do julgamento do mensalão e nos desdobramentos da Operação Porto Seguro, que chegou ao gabinete da Presidência em São Paulo e à Advocacia-Geral da União.
No Planalto e no partido, petistas preveem mais ataques na direção do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no rastro das denúncias do empresário Marcos Valério, que o acusou de receber dinheiro do mensalão.
Com esse péssimo diagnóstico, o PT prepara um ato de desagravo a Lula para fevereiro, quando o partido fará 33 anos, para tentar preservar a imagem do ex-presidente e mantê-lo na posição de "garoto-propaganda" da presidente Dilma.
O partido fará de tudo para tentar desviar a atenção da agenda negativa do julgamento do mensalão e de outros escândalos.

Um comentário:

Narcisio Calembiteky disse...

O maior fator para contribuir para a permanência do PT, mesmo depois da Dilma, é a inexistência de uma oposição. Isto e deve à absurda incompetência do PSDB mais macaco em loja de louças que nunca, após ter-se entregado ao maníaco do Serra que perdeu duas eleições à Presidência e, por fim, à Prefeitura de sua cidade. Tudo isso nos dez anos de mando petista...Sua incompetência só é comparável a sua pretensão e vaidade. Só vejo como opositor ao PT alguém que possa surgir do PSB, talvez o tal Eduardo sei-lá-o-quê que parece estar na moda, o tal que é ligado aos Arrais.