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Clube sofre com penhoras e define dirigentes

• Grupo vencedor das eleições escolhe futuro diretor-geral e mantém vice-presidente de Patrícia Amorim

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A presidente do Flamengo, Patrícia Amorim, no Ninho do Urubu para acompanhar o treino da equipe Cezar Loureiro / O Globo

RIO - Um dos últimos atos da gestão de Patrícia Amorim no Flamengo foi a antecipação de R$ 27 milhões das cotas de televisão de 2013 para entregar o clube à nova diretoria com salários em dia. Uma decisão da Justiça, que penhorou R$ 7 milhões deste total antecipado, ligou o alerta na Gávea. A atual diretoria informa que regularizou ontem a situação dos funcionários (os jogadores ainda têm a receber), e a futura gestão teme assumir o clube com a possibilidade de que novas receitas sejam penhoradas (o clube receberá R$ 58 milhões da Adidas até fevereiro).

Antes da penhora desta semana, o clube já tinha R$ 20 milhões bloqueados por decisão judicial, totalizando R$ 27 milhões retidos. O vice-presidente jurídico, Rafael de Piro, explica que ambos os bloqueios foram por execuções de dívidas com a União, entre recolhimento de imposto de renda e contribuição previdenciária. E tenta passar um panorama otimista dentro das dificuldades financeiras do clube.

— Os primeiros R$ 20 milhões foram por dívidas de 2007 a 2009. A penhora desta semana foi de um processo de 2004. Ambos por não recolhimento de impostos. Pelo que acompanho, não há outros processos neste sentido para estourar agora, mas tudo é possível. As dívidas trabalhistas estão equacionadas, não haverá penhoras da Justiça do Trabalho. Acho que vai acalmar nos próximos meses — afirmou.

Enquanto isso, a futura gestão define novos nomes para comandar o Flamengo. Vice-presidente de Patrimônio e responsável pela construção do CT do Ninho do Urubu na gestão de Patrícia Amorim, Alexandre Wrobel foi convidado para continuar no cargo e aceitou. Sua prioridade mais urgente será concluir o Centro de Treinamento.

— A partir de janeiro será possível voltar a um ritmo acelerado das obras. Está vai ser a prioridade, foi o que conversei com a nova direitoria. E aí, mantido o ritmo, pode estar pronto até o meio do ano. Mas não haverá problema de a pré-temporada ser feita lá, mesmo com as obras — explicou Wrobel.

Também foi confirmado o nome do novo diretor-geral, cargo remunerado a ser criado para comandar a reforma administrativa no Flamengo. É Marcelo Corrêa, executivo que comandou as empresas de energia elétrica de Bahia, Pernambuco e Rio Grande do Norte.