segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Os Mexicanos "Cariocas"


Estudantes de intercâmbio celebram a vitória por 2 a 1 pelas ruas de Copacabana



Estudantes mexicanos comemoram o ouro sobre o Brasil no bar México 70, em Copacabana
Foto: Lauro Neto
Estudantes mexicanos comemoram o ouro sobre o Brasil no bar México 70, em CopacabanaLAURO NETO
RIO - A perda de mais um título olímpico de futebol foi como colocar água no chope dos torcedores que acompanharam a final entre Brasil e México nos bares cariocas. Menos para um grupo de mais de dez universitários mexicanos que assistiu à partida no sugestivo bar México 70, na esquina das ruas Djalma Urich e Aries Saldanha, em Copacabana. Com menos de um minuto de jogo, eles já comemoravam o gol de Peralta aos gritos de “Olê, olê, olê, olê! México! México!”.
— Depois dos 30 segundos, fiquei muito confiante — vibrou Isis Espinosa, estudante de Literatura, em intercâmbio na PUC-Rio.
À medida em que ia passando o tempo e a cada lance perigoso para o Brasil, eles gritavam “Vamo México!” e comemoravam com as bolas retiradas pela zaga da seleção conhecida como “El Tri”, em referência às três cores da bandeira mexicana. Abraçado a uma, Atlacatt Chiguila vestia um típico sombrero e camisa do Machester United.
— Fiquei muito nervoso, pois sabia que o time do Brasil era melhor no papel, com vários jogadores jovens e bons, que atuam na Europa. Pensei que ia ser que nem o jogo contra Honduras, que fez um gol no início, e o Brasil virou. Mas, depois do primeiro tempo, fiquei muito confiante, pois o México atacou muito sem deixar os brasileiros dominar a bola — analisou o mexicano Atlacatt, que mora nos Estados Unidos.
No segundo tempo, mais mexicanos chegaram e endossaram o coro de campeão. Enquanto isso, os torcedores brasileiros ensaiavam o grito de “Vamos virar, Brasil”. Mas, aos 29 minutos, Peralta ampliou o placar, para desespero dos cariocas e delírio dos turistas. Quando Hulk diminiu aos 45, muita gente já havia pedido a conta. Os poucos que ficaram gritavam “Adeus, Mano!”. Já a mexicana Cassandra Aragón fez questão de ficar até o final.
— Apostei com amigos brasileiros duas caixas de cerveja e duas garrafas de tequila que o México ia ganhar. Agora vamos comemorar pelas ruas de Copacabana — disse Cassandra, estudante de Cinema.

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