“Avenida Brasil” significa novidade no horário das 21h por diversas razões, principalmente pelo fato de João Emanuel Carneiro ser o mais recente integrante dos autores da faixa. Tudo na novela tem um brilho diferente: a luz, a fotografia, os figurinos, a cenografia etc. No geral, trata-se de um feliz encontro de acertos que se potencializam. O resultado é uma produção impecável em praticamente todos os seus aspectos.
Com essa impressão de frescor generalizado, até os atores veteranos, cujo trabalho o público já estava acostumado a apreciar, vêm surpreendendo positivamente. É o caso de José de Abreu, o vilão Nilo. Todo mundo se lembra dele interpretando outros tipos repugnantes, como o Josivaldo de “Senhora do destino”, só para citar um. Mesmo assim, suas aparições em “Avenida Brasil” são imperdíveis e chamam a atenção. É a combinação do talento dele com o texto e a direção de qualidade. Até em cenas menos importantes, como uma que reuniu Nilo e Nina (Débora Falabella) na última semana, ele causa admiração.
O mesmo vale para Vera Holtz. Quando o público acreditava já ter visto visto a atriz mostrar todas as suas possibilidades na televisão, em “Avenida Brasil” ela parece ir ainda mais longe. Sua personagem, a mãe Lucinda, é misteriosa e dramática. O telespectador não sabe se torce contra ou a favor dela, que funciona como uma estranha dupla de Nilo. Eles se opõem ao mesmo tempo em que se equivalem.
Ser novidade em si não é mérito. O que “Avenida Brasil” conseguiu foi promover renovação de verdade com os melhor
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