segunda-feira, 25 de junho de 2012

Avenida Brasil: Marcello Novaes mostra nova faceta - Patrícia Kogut como o vilão Max


Até “Avenida Brasil”, Marcello Novaes nunca tinha encarado um personagem tão detestável na televisão como o Max. O tipo inventado por João Emanuel Carneiro é um parasita sem disfarces nem reservas. Quando não usa aqueles figurinos metalizados de playboy decadente, ele aparece de roupão, indo para a piscina da mansão do Divino. Não faz nada, ou quase nada, além de deitar na espreguiçadeira — até a piscina é só para contemplação. Vive encostado em Ivana (Letícia Isnard), mulher valorosa e apaixonada, mas muito ingênua. Com esse malandro, o ator teve a chance de mostrar uma faceta que o público não conhecia e se destacou. É mérito dele, e também da direção, que vem conduzindo muito bem suas cenas.
A carreira de Novaes na televisão começou nos anos 80, em “Vale tudo”, de Gilberto Braga. De lá para cá, ele teve alguns bons momentos. Foi assim nas duas vezes em que interpretou Geraldo (filho de Dona Armênia/Aracy Balabanian): em “Rainha da sucata” e “Deus nos acuda” (de Silvio de Abreu). E também em “Quatro por quatro”, de Carlos Lombardi. Ninguém apostava nele, entretanto, como vilão.
Assim que “Avenida Brasil” estreou, houve quem duvidasse que Novaes estaria à altura do talento de sua principal parceira, Adriana Esteves. Agora, passados muitos capítulos, essa tese não se comprovou. João Emanuel já contou que um personagem de sua história vai morrer. Max é candidato. Se o escroque sair da novela antes do desfecho, não será esquecido pelo público. E mais: daqui para a frente, o ator deverá ser lembrado em escalações para papéis diferentes daqueles em que nos acostumamos a vê-lo.

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