CARACAS - O presidente venezuelano, Hugo Chávez, garantiu na última sexta-feira que continua se recuperando após ter sido operado em Cuba e divulgou fotos ao lado de Fidel Castro, mas não deu informações sobre os exames que revelariam se o câncer de que foi tratado no ano passado reapareceu. A recaída do venezuelano de 57 anos sacudiu o país membro da OPEP que em outubro realizará eleições nas quais Chávez pretende ser reeleito após 13 anos no poder.
- Estou começando a levantar voo de novo e estarei com vocês de novo. Todos os dias, meses e anos que eu tenha de vida, levantando a pátria do futuro - disse numa conversa telefônica desde de Cuba, onde se trata, com a televisão estatal venezuelana.
Apesar das constantes ligações e mensagens enviadas pelo Twitter nos últimos dias, continuam circulando diferentes versões sobre seu estado de saúde. Na noite da última sexta-feira, o ministro de Comunicação venezuelano, Andrés Izarra, publicou várias imagens de Chávez nas quais ele aparecia caminhando ao lado de Castro, com quem havia conversado por duas horas.
Nas fotos, que Izarra garantiu que eram da tarde de sexta-feira, e que foram tiradas durante a visita dos irmãos dos irmãos Fidel e Raúl Castro, vê-se o líder venezuelano com roupa esportiva e sorrindo.
- Continuo me recuperando rápido. Estava almoçando. Fazendo a dieta de recuperação: um pequeno bife com arroz, suco e estou tomando um chá de camomila divino - disse no contato que durou 20 minutos e que encerrou, segundo o líder socialista, para iniciar sua caminhada vespertina.
- Não posso atrasar o tratamento em nem um minuto - disse, sem especificar se está recebendo medicação.
O estado de saúde de Chávez mantém em suspenso o futuro político da nação sul-americana, já que Chávez resistiu em delegar o poder ao vice-presidente Elías Jaua, que nos próximos meses deverá abandonar seu cargo para iniciar a campanha para disputar o governo de Miranda.
Sem um sucessor claro e confirmado como candidato do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), Chávez enfatizou a necessidade de que suas heterogêneas bases de apoio permaneçam unidas durante sua ausência.
Um comentário:
O retrato desses dois ditadores terminais faz pensar. Se o Mundo acompanhou com imensa boa vontade e esperança a chegada de Castro à Havana, botando as ratazanas de Batista para correr, decepcionando-se logo depois com a via marxista-leninista que ele impôs a Cuba, no caso desse sinistro Mussolini de quintal a repulsa que causou, desde o começo, só agora começa a se transformar em uma imprecisa piedade, frente ao câncer que o ataca. Trata-se de um renomada palerma. Castro é diferente, ainda que ideologicamente muito mais estruturado. No entanto, não podemos deixar de considerar a responsabilidade que os americanos têm na construção dessas situações e outras América Latina afora.O imbecilíssimo embargo a Cuba só serviu para que Castro permantemente se vitimasse e para dar aos comunistas uma desculpa pelo imenso atraso brutal de Cuba (não me venham falar de que a saúde é grátis, a moradia e a comida também, porque, tirando possivelmente alguns aspectos da saúde, o resto é abaixo da crítica).Melhor teria sido deixar livre o comércio, até mesmo para melhorar a qualidade dos charutos que se fumam nos USA. Quanto ao Chavez...
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