Elio Gaspari, O Globo
Às 12h30m do dia 22 de novembro de 1963, uma bala estourou a cabeça do presidente dos Estados Unidos, e assim começou a maior novela policial de todos os tempos. Quem foi? Com quem? Por quê?
Quem acha o assunto chato terá um ano penoso. Quem acredita que o crime tem um só autor, o ex-fuzileiro Lee Oswald, terá o que fazer, porque surgirão novas dúvidas. Quem acredita em conspiração, como 95% dos autores das centenas de livros e de 100% filmes que trataram do tema, vai se divertir.
A última novidade vem de Brian Latell, um ex-analista da Central Intelligence Agency, que publicará no mês que vem “Castro's Secrets”. Ele já escreveu “Cuba sem Fidel”, já editado no Brasil. Agora, Latell revela que, por volta das nove da manhã do 22 de novembro, o ditador cubano reorientou o sistema de escuta e varredura das emissoras de rádios dos Estados Unidos, mandando que os operadores prestassem atenção ao que vinha do Texas.
Essa história foi contada à CIA por um funcionário que recebeu a ordem e, mais tarde, asilou-se nos Estado Unidos. Ele diz: “Castro sabia. Eles sabiam que Kennedy seria assassinado.” (Para quem gosta de conspiração: a CIA guardou essa informação por muitos anos.)
Um comentário:
Esta é uma novela sem fim previsível.
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