BRASÍLIA - De forma reservada, a presidente Dilma Rousseff falou recentemente com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, para que ele seja candidato à presidência do Senado, em 2013. A articulação de Dilma é um sinal claro de que ela está determinada a evitar que o líder do PMDB, senador Renan Calheiros (AL), seja uma opção para suceder a José Sarney (PMDB-AP) a partir de fevereiro.
Caciques do PMDB já reagem reservadamente ao que consideram uma intervenção da presidente numa questão interna do Congresso e do partido.
Cauteloso, Lobão teria dito a Dilma que ainda é cedo para a campanha do próximo ano. Mas não descartou a possibilidade. Procurado pelo GLOBO, Lobão evitou falar sobre a conversa.
Após a troca dos líderes do governo Romero Jucá (PMDB-RR) e Cândido Vaccarezza (PT-SP), Dilma quer influir na sucessão não só do Senado, mas da Câmara. Internamente, a presidente tem manifestado contrariedade com a candidatura do líder do PMDB, deputado Henrique Eduardo Alves (RN). Ela quer ter no comando das duas Casas parlamentares afinados com o Palácio do Planalto.
Segundo interlocutores da presidente, Renan e Henrique Alves são vistos no Planalto como uma barreira para mudar as velhas práticas políticas na relação do Executivo com o Legislativo.
Essa disposição de Dilma preocupa a cúpula peemedebista, que já avisou a seus interlocutores: uma interferência direta dela nesse processo terá potencial de transformar a atual rebelião numa crise mais profunda até o final do ano.
3 comentários:
Nesta fase de promiscuidade entre os poderes da república, a contrapartida do legislativo pressionar por ministérios é o executivo influenciar na escolha dos presidentes do senado e da câmara.
É a chamada zorra total.
Há pessoas que temos o prazer de conhecer e outras que temos o prazer de desconhecer. O Presidente Sarney e seu comparsa Lobão estão na segunda categoria.
Lobão é a triste imagem da tragédia brasileira. Ele é péssimo em todo sentido. E, como diz Borgeth, é impossível separá-lo de Sarney,o chefe da oligarquia maranhense, da qual Lobão é apenas um de seus mais deploráveis acólitos.
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