Entrei no elevador no décimo oitavo andar, saindo do dentista e no décimo entrou uma jovem de seus 25 anos (Claro que são seus os 25 anos, seriam de quem ?) e me fitou com um olhar... sequioso ? Não, pretensão minha, aos quase 70 anos achar que uma linda moçoila pudesse estar me olhando como quem vislumbra um balde de água Perrier no meio do deserto. Não, o olhar era perscrutável. Parecia querer perguntar alguma coisa, mas hesitava. Eu estava ficando sem graça e extremamente idiota ao ainda ficar sem graça nesta vetusta idade.Amanda (soube o nome depois) aparentava uma aflição muito grande, pois via o elevador descendo para o térreo e ela ia perder a oportunidade.Enfim, não resistiu e me perguntou em inglês (Com um charmoso sotaque britânico de quem, como eu, estudou na Cultura inglesa) se eu era o Sean Connery.Como achei que minha ninfeta (25 anos é uma ninfeta anciã) estava zoando de mim, respondi, obviamente em um inglês shakespeareano que sim, mas pedia que ela não contasse a ninguém pois estava no Brasil incógnito.Amanda sorriu um sorriso (É uma figura de linguagem chamada pleonasmo) de anúncio de pasta de dente e me pediu um autógrafo. Dei-lho. (Agora, exagerei...).Ela se perdeu no borburinho da Rua da Assembléia e o James Bond carioca, foi pegar o metrô da Uruguaiana.
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Em tempo: Nas fotos, quem sou eu, quem é Sean Connery ?
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Em tempo: Nas fotos, quem sou eu, quem é Sean Connery ?
Um comentário:
Não sou gay anônimo. Sou uma anônima. Você é um gato muito charmoso. Não quer me dar seu telefone ?
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