quinta-feira, 14 de junho de 2012

A Rio + 20


Patriota destaca papel central dos países em desenvolvimento para uma economia mais verde



Patriota e Izabella Teixeira, no Riocentro, após última reunião do Comitê preparatório da Rio+20
Foto: O Globo / Domingos Peixoto
Patriota e Izabella Teixeira, no Riocentro, após última reunião do Comitê preparatório da Rio+20O GLOBO / DOMINGOS PEIXOTO
RIO — Ao contrário do que se via no cenário econômico mundial na Rio 92, os países em desenvolvimento têm papel fundamental no processo de condução de políticas para o desenvolvimento sustentável. Assim disse nesta terça-feira Antônio Patriota, ministro das Relações Exteriores, que participou da última reunião da Comissão Nacional para a Rio+20:
— Há 20 anos, a crise atingia os países em desenvolvimento. Hoje, o que chamavam de periferia está trazendo respostas. A periferia, de certa maneira, virou o centro.
Patriota, acompanhado da ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, voltaram a afirmar que a crise financeira internacional causa impacto nas negociações para o desenvolvimento sustentável. Países tradicionais doadores, disse Izabella, estão revendo suas carteiras de financiamento:
— A crise pode atrapalhar em soluções de curto prazo para os meios de implementação. Alguns países estão revendo suas carteiras. Isso não é um gargalo. É uma oportunidade para buscar caminhos.
Na reunião, foram tratados temas como o fortalecimento do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), produção e consumo sustentáveis, emprego decente e o os oceanos.
— Nos 22 temas que estão sendo negociados, os oceanos vêm definir o novo na agenda de proteção dos ecossistemas marinhos. Vamos debater desde a pesca até a energia gerada pelas ondas — disse Izabella, acrescentando também que a Rio+20 será um debate de inclusão socioambiental. — É o fortalecimento da participação da sociedade civil. Essa é a tônica da conferência: a inclusão.
Questionada sobre se as medidas do governo de estímulo ao consumo — com redução de IPI — são contraditórias, a ministra foi contundente. Ela disse que a Rio+20 discute decisões de longo e médio prazos. Já as medidas, continuou, consideraram questões como crise e desemprego.

 

Um comentário:

Alberto disse...

A Rio + 20 é uma radiografia do mundo de hoje. Nossos problemas podem ser discutidos mas as soluções só virão quando e onde houver coincidência de interesses.