Rapaz está internado em estado grave. Ele nasceu na Paraíba e mora no Rio há dois anos
RIO - O nome “Joana” tatuado no braço do rapaz achado desacordado em uma trilha no Parque Lage, na Zona Sul, foi uma homenagem à avó materna dele, que o criou. O jovem, que está internado em estado grave no Hospital Miguel Couto, na Gávea, foi identificado como Felipe Fernandes de Mello, 21 anos. A informação foi divulgada ao telejornal “RJTV”, da TV Globo, por um amigo de infância do jovem, que morou com ele no Rio, mas retornou à Paraíba, onde Felipe nasceu.
Após a imagem da tatuagem ser compartilhada nas redes sociais, parentes estiveram no hospital. Segundo a equipe médica, Felipe chegou à unidade com desidratação e sem o funcionamento dos rins.
Segundo o site G1, a avó de Felipe, Joana, disse que está preocupada com o neto. O jovem é da cidade de Esperança, mas morava em Remígio, perto de Campina Grande. Segundo a família, ele deixou a cidade para trabalhar. Ficou em São Paulo e veio para o Rio há cerca de dois anos. Ele mora no bairro Rio das Pedras, na Zona Oeste.
Jovem sofreu traumatismo
Segundo a Secretaria de Saúde, apesar de grave, o quadro de saúde do rapaz é estável. Ele sofreu um trauma no tórax e também traumatismo craniano. O rapaz passou por uma neurocirurgia ainda no sábado. Ele também apresentava quadro de hipotermia quando foi resgatado.
Visto por vigilantes
Na tarde desta terça-feira, a administração do Parque Nacional da Tijuca divulgou nota para prestar esclarecimentos sobre o ocorrido no Parque Lage. No texto, informa que integrantes da equipe de vigilância terceirizada Angel’s contaram ter visto o rapaz entrar na área na quarta-feira passada, dia 30 de maio, aparentando sinais de perturbação mental e sem as roupas adequadas (sem camisa e descalço) para a prática de caminhada em ambientes naturais. Ainda segundo a nota, ele foi alertado pela equipe para que não iniciasse o percurso da trilha, ainda mais sozinho, orientação que pareceu ter sido assimilada num primeiro momento, uma vez que seu trajeto foi alterado em direção ao Lago dos Patos. Na sequência, o rapaz não mais foi visto.
Uma prima do jovem disse acreditar que as marcas no corpo podem ter ser consequencias de uma briga, mas disse que o primo é trabalhador e que não tem envolvimento com drogas.
Segundo a administração do parque, outro grupo de vigilantes da empresa Hopevig, que atua na Escola de Artes Visuais (EAV), também viu o rapaz. De acordo com eles, Felipe já apresentava alguns hematomas pelo corpo quando passou pela portaria do Parque Lage. O jovem teria contado a eles, ainda segundo a nota, que se machucou numa recente briga de rua.
O Parque Nacional da Tijuca informou que “lamenta o ocorrido e, por se tratar de um local público, não há como impedir o livre trânsito de pessoas. Entretanto, mantém um quadro de profissionais capacitados na orientação de visitantes sobre a conduta adequada em Unidades de Conservação”.
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