JERUSALÉM — Confrontos marcaram os protestos pelo Dia da Terra em Israel e na Faixa de Gaza. Segundo fontes mais de 200 pessoas ficaram feridas só na Cisjordânia. Médicos acusam Israel de matar um homem em Gaza. No entorno de Jerusalém, palestinos atiram pedras contra agentes de segurança, que revidam com spray de pimenta, gás lacrimogêneo, bombas de efeito moral e canhões d’água.
Em Israel, os confrontos começaram nesta sexta-feira após palestinos tentarem cruzar um posto de controle que separa a Cisjordânia de Jerusalém. Enquanto tentava conter manifestantes no posto de controle de Qalandiya, policiais foram atingidos por pedras. Palestinos também queimaram pneus. Ao menos 34 pessoas foram presas.
Na Faixa de Gaza, médicos acusaram soldados de usar armas de fogo para impedir que manifestantes chegassem perto da fronteira em Beit Hanoun, matando um homem de 20 anos e ferindo outros 37.
O governo israelense reforçou a presença de militares também nas fronteiras com Líbano e Síria, mas não foram relatados conflitos nestes locais. Tel Aviv ainda prometeu defender os limites do país após ativistas palestinos convocarem uma Marcha Global a Jerusalém, no 36º aniversário do Dia da Terra, data que marca a morte de seis manifestantes, em 1976, em protestos contra o anúncio de novas expropriações israelenses em territórios árabes. Desde então, o dia registra confrontos entre israelenses e árabes anualmente.
— Estamos lidando com um determinado número de distúrbios, mas em geral a situação no país está relativamente calma — disse o porta-voz da polícia, Micky Rosenfeld, numa comparação com o ano passado, quando vários manifestantes morreram.
No entanto, confrontos ocorreram também em outros postos de controle da Cisjordânia, no norte e ao sul de Jerusalém. Testemunhas também relataram incidentes na área da Cidade Velha, com a polícia israelense limitando o acesso à Mesquita de al-Aqsa. Há indícios também de confrontos em Belém e no estreito de Erez, entre Israel e Gaza. Mustafa Barghouti, um dos líderes das manifestações palestinas disse que 82 países devem participar dos protestos do Dia da Terra.
Um comentário:
É inacreditável a omissão do resto do mundo em relação a esta matança sendo realizada há décadas diante dos olhos estarrecidos dos homens de bem. Nada na história mundial se compara à insensatez de israelenses e palestinos oferecendo vítimas inocentes nos altares dos criminosos interesses políticos das duas partes.
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