RIO - O príncipe Harry visitou na tarde deste sábado o Complexo do Alemão, na Zona Norte. Durante a passagem pela comunidade, pacificada desde novembro de 2010, Harry quebrou o protocolo: quando caminhava com sua comitiva, ele parou para apertar as mãos de moradores que se aglomeravam nas grades gritando "Príncipe Harry". O integrante da família real participou de uma partida de críquete com crianças no Alemão, acostumadas a jogar tacobol, que é parecido. Ele ainda visitará um centro comunitário antes de embarcar para São Paulo, à noite.
No alto do Complexo do Alemão, faltou espaço junto às grades colocadas ao longo do percurso do príncipe. Mãos se esticavam com câmeras para tirar fotografias de Harry. Ele se mostrou extremamente simpático: parou, sorriu e acenou diversas vezes. Harry conheceu projetos sociais nos quais ONGs ministram cursos de reciclagem e customização, entre outros. O príncipe passeou na comunidade acompanhado de um guia e inaugurou um centro de ações comunitárias.O príncipe chegou por volta das 14h à estação Palmeiras do teleférico do Complexo do Alemão, ao lado do secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, e do secretário municipal de Saúde, Hans Dohmann, que recebeu o príncipe e entregou a chave da cidade em nome do prefeito. Em seu segundo e último dia de visita ao Rio, o príncipe assistiu à apresentação do Coral Liga dos Cantantes, que atua na Clínica da Família Zilda Arns. O grupo, formado por crianças da comunidade, entre entre 4 e 15 anos, cantou a canção 'Toda criança quer', que fala do cotidiano dos jovens na favela. Parte da música foi cantada em inglês. Logo após à apresentação, Harry saiu do lado dos secretários e foi conversar com as crianças.
Sem entender muito bem o que estava acontecendo, a pequena Maiara Pereira Cruz, de 3 anos, dizia, orgulhosa, que ficou “no colo do príncipe”. Jaqueline Farias Lopez, de 9 anos, não conteve a emoção. Com lágrimas nos olhos, contou que apertou a mão de Harry.
— Estou muito feliz porque vi um príncipe de perto. Ele não é daqueles de livros, não, é de verdade — disse.
Príncipe Harry sobe no palco com Diogo Nogueira no Alemão
O cantor Diogo Nogueira já se apresentou ao lado de muitos famosos mas, na tarde deste sábado, ele teve ao seu lado durante um show no Complexo do Alemão uma companhia real. O príncipe Harry, que fazia uma visita pelo local, foi convidado por ele para subir ao palco e não hesitou.
O príncipe cumprimentou a comunidade em português dizendo "olá, Alemão" e ficou ao lado de Diogo Nogueira durante cerca de 15 minutos. Segundo o cantor, ele pensou em tentar sambar, mas desistiu.
- Já estava programado que ele ia assistir ao show, mas no cantinho. Quebrei o protocolo e o chamei para ficar mais perto. Quando ia arriscar um samba, ele riu e fez que não com a mão - comentou o cantor, acrescentando que eles conversaram rapidamente.
Diogo contou que deu as boas-vindas a Harry e ouviu do visitante que estava muito feliz em conhecer a cidade.
- Nos falamos rápido porque ele está com muita pressa, cheio de compromissos, mas, quando ele perguntou qual era a melhor cidade do mundo, eu respondi que é o Rio de Janeiro, claro - disse o cantor
Antes de deixar o palco, o príncipe ainda deu mais uma demonstração de simpatia.
- Diogo, é com você - brincou Harry, despendindo-se do público.
Uma manhã esportiva
Pela manhã, Harry esteve no Aterro do Flamengo, onde deu a largada na corrida do Great Sports Day. Vestindo calça de jogging e camiseta branca, ele usou uma bandeira do Brasil para dar início à corrida e em seguida se juntou aos participantes. Harry correu por cerca de um quilômetro e parou para se preparar para um jogo de rúgbi, também no Aterro. O jogo durou cerca de meia hora e, na sequência, foram distribuídas medalhas para os participantes.
O príncipe também teve uma aula de vôlei de praia com a medalhista olímpica Adriana Behar, que contou com a ajuda de outros ex-atletas brasileiros da modalidade, como Jaqueline Silva, Carlão e Pará. Para jogar, ele vestiu o novo modelo da camisa da seleção brasilieira de futebol. A camisa tinha o nome do príncipe estampado nas costas. Por volta das 10h, Harry encerrou suas atividades no Aterro.
Em seu primeiro dia de visita ao Rio, na sexta-feira, Harry foi à churrascaria, sobrevoou o Rio de helicóptero e participou de evento no Morro da Urca, à noite, onde disse que esta é uma cidade mágica.
3 comentários:
Em pleno século 21 ainda temos este tipo de comportamento, considerando algumas pessoas especiais porque pertencem a uma determinada "dinastia". Nós humanos nos merecemos uns aos outros, realmente. Opressores e oprimidos são todos farinha do mesmo saco.
Em seu périplo esportivo a única referência ao "nobre esporte bretão"(futebol) foi sua homenagem ao rubro negro Diogo Nogueira.
ô Clara, que tolice! Na farinha de que Você fala, o Harry não tem nada de opressor, que bobagem. É, apenas, um produto da mídia, do marketing inglês que ainda fascina a turcalhada novo-rica de São Paulo ou os jecas de Brasília. Afinal os avós dos anfitriões do Harry chegaram corridos a São Paulo com uma mão à frente e outra atrás. Eles seriam os oprimidos. Na mesma época, "Britain ruled the waves" e a trisavó do Harry, a velha Vitória, sim, era a opressora. Hoje, é tudo um batido Holywood. Acabou e o inglês é um povo mercantilista como eram os levantinos que batiam de porta em porta para vender tecidos de xita. Só que bonitinho e com perfume Yardley e com o charme de neto da Lady Di.
Postar um comentário