A única boa notícia das últimas semanas para o ex-ministro Fernando Haddad (foto) foi dada pelos médicos de Lula neste domingo, quando o ex-presidente voltou para casa, depois de passar uma semana cuidando de uma pneumonia no Hospital Sírio-Libanês.
O quadro da eleição paulistana sofreu uma reviravolta no período em que Lula se submeteu ao tratamento de radioterapia para combater o câncer na laringe, sem poder se dedicar à campanha do seu candidato como gostaria.
Chegando a ser apontado como favorito no começo do ano, graças ao apoio de Lula e Dilma, e pela falta de candidatos viáveis nos principais partidos, especialmente no PSDB, de uma hora para outra Fernando Haddad se viu órfão, e sua campanha totalmente sem rumo, sem sair do lugar, encalhada em último lugar, com 3% nas pesquisas.
Para completar, o PT paulistano, dedicado a disputas internas pelos postos de comando, não consegue montar uma estrutura mínima para o candidato, ficando à espera da recuperação de Lula para resolver os impasses entre as diferentes correntes.
O fato é que o nome de Fernando Haddad até agora não conseguiu conquistar e empolgar adeptos nem mesmo dentro do seu próprio partido. Nas fotografias das suas andanças pela cidade, o candidato aparece quase sempre sozinho, meio perdido na multidão.
Enquanto isso, a entrada em cena de José Serra como pré-candidato do PSDB, com a imediata adesão da grande mídia e do PSD do prefeito Gilberto Kassab, virou o jogo de alianças a favor dos tucanos. Haddad não conseguiu até agora sequer o apoio dos tradicionais aliados PC do B, PDT e PSB, que ameaçam desembarcar do barco petista nestas eleições.
Com as máquinas administrativas nas mãos e o controle dos respectivos legislativos, o governador Geraldo Alckmin e o prefeito Gilberto Kassab jogam tudo agora para deixar o PT e seu candidato isolado na campanha paulistana.
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