Um dia depois de dizer que a mídia é uma inimiga das instituições representativas, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), se sentiu injustiçado por ninguém menos que... a mídia.
Em nota, a assessoria de Sarney disse que durante seu discurso no Senado, em sessão de comemoração ao dia da Democracia, ele fez apenas uma apresentação teórica sobre a crise da representação política, contrapondo o mandato de quatro anos com a velocidade da internet.
Em momento nenhum ele teria afirmado que a mídia é uma inimiga das instituições representativas, só se reportado a teses debatidas mundo afora.
Disse ele ontem:
- A tecnologia levou os instrumentos de comunicação a tal nível que, hoje, a grande discussão que se trava é esta: quem representa o povo? Diz a mídia: somos nós; e dizemos nós, representantes do povo: somos nós. É por essa contradição que existe hoje que, de certo modo, a mídia passou a ser uma inimiga das instituições representativas.
Em conversas reservadas, o presidente chegou a dizer que o tratamento que lhe foi dado nas matérias, evidenciando sua frase sobre a mídia ser inimiga das instituições, revela uma imprensa provinciana no Brasil.
Disse ainda que ninguém mais do que a mídia deveria estar a par dos debates sobre a representação popular e a internet. Alfinetada reforçada pela nota divulgada hoje:
- Ao contrário do que alguns veículos de imprensa reproduziram, não havia no discurso do presidente nada além de uma apresentação teórica, nenhum desejo de contextualização ou dirigismo, mas o pressuposto de que a mídia brasileira vinha acompanhando o vigoroso debate internacional.
Em nota, a assessoria de Sarney disse que durante seu discurso no Senado, em sessão de comemoração ao dia da Democracia, ele fez apenas uma apresentação teórica sobre a crise da representação política, contrapondo o mandato de quatro anos com a velocidade da internet.
Em momento nenhum ele teria afirmado que a mídia é uma inimiga das instituições representativas, só se reportado a teses debatidas mundo afora.
Disse ele ontem:
- A tecnologia levou os instrumentos de comunicação a tal nível que, hoje, a grande discussão que se trava é esta: quem representa o povo? Diz a mídia: somos nós; e dizemos nós, representantes do povo: somos nós. É por essa contradição que existe hoje que, de certo modo, a mídia passou a ser uma inimiga das instituições representativas.
Em conversas reservadas, o presidente chegou a dizer que o tratamento que lhe foi dado nas matérias, evidenciando sua frase sobre a mídia ser inimiga das instituições, revela uma imprensa provinciana no Brasil.
Disse ainda que ninguém mais do que a mídia deveria estar a par dos debates sobre a representação popular e a internet. Alfinetada reforçada pela nota divulgada hoje:
- Ao contrário do que alguns veículos de imprensa reproduziram, não havia no discurso do presidente nada além de uma apresentação teórica, nenhum desejo de contextualização ou dirigismo, mas o pressuposto de que a mídia brasileira vinha acompanhando o vigoroso debate internacional.
Um comentário:
O presidente Sarney não deve ter sido informado que recentemente uma grande nação resultou de debates acalorados na imprensa sobre política externa,o equilíbrio de forças entre o governo central e os membros da federação necessário à preservação da democracia, como implantar um sistema de impostos que atendam ao bem comum, qual o papel da constituição na consolidação da justiça etc.
As idéias dos "jornalistas" Alexander Hamilton, James Madison e John Jay foram as forças criadoras de uma grande nação conhecida hoje como Estados Unidos da Amértica do Norte.
As publicações do "Federalist"
no final do século XVIII talvez não sejam do conhecimento do Presidente do Senado
Pensando bem, porque seriam, quando o homem ignora tanta coisa que ocorre hoje debaixo do seu nariz.
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