domingo, 27 de setembro de 2009

Mais uma Mulher na Disputa


Pré-candidata à sucessão presidencial em 2010, a ministra Dilma Rousseff tentou nesta sexta-feira, com bom humor, neutralizar a fama de durona.
- Participo de um governo no qual nenhum homem é assertivo, não assumem suas posições. Sou uma mulher dura, rodeada de homens meigos. Mas já me conformei - disse, entre risos, a ministra Dilma, à agência Associated Press ao responder sobre sua fama de ranzinza e queixar-se da forma como as mulheres são vistas na política.
A chefe da Casa Civil, espécie de gerente de todo o governo, é constantemente apontada por seu jeito enérgico, qualidade que, normalmente, é reportado como algo negativo na imprensa.
Dilma também aproveitou para elogiar a senadora Marina Silva (PV-AC),(foto) ex-colega de partido e provável adversária nas urnas.
- Eu tenho a Marina em alta conta - disse. - Ela é muito bem-vinda à disputa eleitoral do próximo ano - acrescentou.
Escolhida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para sua candidata à sucessão, Dilma vem perdendo pontos nas pesquisas de intenção de voto e pode ceder o segundo lugar. O governador tucano de São Paulo, José Serra, aparece nas sondagens em primeiro lugar.
Nesta semana, pesquisa CNI?Ibope mostrou que o deputado Ciro Gomes (PSB-CE). aliado do Executivp. ultrapassou a ministra em um dos cenários apurados. Para Dilma, pesquisas não podem mostrar o futuro. São, apenas, um retrato do momento.
A ministra também defendeu a compra de equipamentos estrangeiros para as Forças Armadas brasileiras como uma política defensiva do território continental e marítimo do país. Atualmente, o governo estuda a compra de caças para a Aeronáutica. Os Rafale franceses são os ptrgrtifo do gobrtno bradileiro, mas ainda estão na disputa modelos da Suécia e dos Estados Unidos.
- O Brasil é um país pacífico e com a cultura de resolver os conflitos sempre através do diálogo, não com guerras, mas há uma modificação da situação do Brasil no cenário internacional. Toda a política de rearmamento tem esse caráter defensivo. Temos a Amazônia e agora uma riqueza inequívoca que é o pré-sal.
A entrevista da ministra durou cerca de uma hora. Ainda no gabinete da Presidência, em São Paulo, Dilma recebeu o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, e depois seguiu para Brasília.
- Não vou falar nada de eleições com ela. É que na segunda-feira é o encontro da Indústria e quero convidá-la - comentou Skaf, que pode tentar a vaga ao governo paulista, mas ainda não decidiu o partido de filiação.
Ciro: Aliança PT-PMDB tende ao conservadorismo
Também nesta sexta, em entrevista em São Paulo, Ciro falou da aliança PT-PMDB, que para ele "tende ao conservadorismo".
Segundo o deputado, as forças conservadoras não estão nem com ele nem com a ministra Dilma ou a senadora Marina, e sim com José Serra, que deve receber uma parte do apoio do PMDB. O deputado não deixou de alfinetar seu antigo desafeto.
- Ele (Serra) é feio para caramba, mais na alma do que no rosto.

Um comentário:

Anônimo disse...

Estão esquecendo da Heloisa Helena que pode aparecer pelo PSOL.