quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Ah... Esse Berlusconi...



Um empresário de Bari que é amigo de Silvio Berlusconi disse ter organizado 18 festas regadas a prostitutas e cocaína a fim de obter favores do premier italiano, segundo noticia na edição desta quarta-feira o jornal "Il Corriere della Sera". Gianpaolo Tarantini fez a confissão ao juiz Giuseppe Scelsi.
No depoimento, Tarantini confirmou todos os rumores que circulam na imprensa nos últimos meses sobre a sua relação com Berlusconi. Entre setembro de 2008 e fevereiro de 2009, o empresário organizou festas no palácio Grazioli, em Villa Certosa e em um spa de luxo (o centro Centro Messeguet de Todi, na Umbria), recrutando 30 prostitutas para ficarem à disposição de Berlusconi e outros convidados na esperança de obter favores do líder de Roma, especialmente na disputa de contratos. Entre as garotas de programa citadas estão uma atriz, uma apresentadora, modelos e até uma mulher identificada, de acordo com o "Corriere", como "a brasileira Camilla Cordeiro Charão".
" Sempre pensei que as mulheres e a cocaína são a chave para o sucesso na sociedade "
"O recurso das prostitutas e da cocaína é parte de um projeto para levantar uma rede de conivência na administração pública, porque sempre pensei que as mulheres e a cocaína são a chave para o sucesso na sociedade", disse o empresário de 36 anos, em uma de suas declarações ao magistrado, ressaltando que o seu objetivo maior era seduzir o premier.
"Quis conhecer o premier e, para isso, tive gastos consideráveis, tentando ganhar a sua confiança, conhecendo o seu interesse pelo gênero feminino", explicou.
Tarantini contou, entretanto, que Berlusconi não sabia que as mulheres recebiam mil euros (cerca de R$ 2.700) quando passavam a noite com ele. Elas também não pagavam pelo táxi e pela hospedagem em hotel de luxo.
"Não fazia outra coisa senão acompanhar as mulheres à casa dele (de Berlusconi) e apresentá-las como amigas", disse.
A declaração sustenta a defesa apresentada por Niccolò Ghedini, advogado do premier, segundo a qual Berlusconi não cometeu delito, já que era apenas "utilizador final" das garotas de programas.
Os serviços sexuais eram destinados tanto a políticos da direita quanto da esquerda, de acordo com Tarantini. O empresário contou que alugou um apartamento para que Sandro Frisullo, um ex-ministro, tivesse encontros com a prostituta Terry de Nicolò, que de acordo com o "La Repubblica" visitou Berlusconi há algumas semanas em Roma.

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