Treinador espera 'compreensão' de torcedores na partida contra a China, em Recife
SÃO PAULO - Incomodado com as vaias que recebeu da torcida brasileira na magravitória da seleção sobre a África do Sul por 1 a 0 no Morumbi, o técnico Mano Menezes chegou a esboçar um sorriso ao comentar as críticas. Questionado sobre o comportamento dos torcedores, ele lembrou que as críticas começaram aos 4 minutos de jogo e disse que o grito de “Adeus, Mano” não tinha saído ainda de sua memória.
- Gostaríamos que nesses momentos o ambiente fosse mais favorável, mas não podemos interferir diretamente nisso - lamentou Mano. - Em determinado momento a falta de tranquilidade dificultou um pouco.
Mano Menezes, no entanto, evitou bater de frente com a torcida.
- O torcedor tem o direito de fazer o que quiser. Seria burrice tentar travar um duelo - disse, antes de fazer um apelo. - Vamos construir alguma coisa com sentimentos positivo com todos. Precisamos do torcedor. Não vamos construir uma seleção sem esse apoio.
Sobre a partida, o treinador afirmou que a seleção brasileira criou oportunidades de gol. Em sua análise, só durante 15 minutos já no segundo tempo o time se perdeu em campo. De acordo com ele, as substituições surtiram efeitos e foram determinantes para a vitória. Mano disse também saber que não tem em mãos uma seleção tecnicamente brilhante:
- Se você perguntar se somos os melhores do mundo nesse momento, vou dizer que não. Preciso ser realista.
Ele pediu que a torcida apoia a seleção brasileira na preparação para a Copa do Mundo de 2014, que será realizada no país.
- Espero o torcedor fazendo parte do que estamos fazendo na seleção, se envolvendo mais. Com maior compreensão, as coisas vão evoluir mais rápido. E precisamos evoluir.
Para a próxima segunda-feira, quando o Brasil enfrenta a China em amistoso em Recife, Mano espera melhor sintonia com a arquibancada.
- Espero que o (torcedor) de Recife seja mais compreensivo porque a China vai estar mais fechada que a seleção da África do Sul.
Chamado de “pipoqueiro” durante o jogo, Neymar considerou as vaias naturais:
- Eu sei que a gente não fez uma ótima partida, mas a gente venceu. As vaias acontecem.
Único jogador com sorriso estampado no rosto ao fim do amistoso, Hulk comemorou o fato de ter marcado em sua primeira partida como profissional no Brasil.
- Não me sinto um salvador. Todo mundo criou, tentou e todo mundo poderia ter feito o gol - disse. - Temos que levantar a cabeça. Todo mundo é consciente que deu o máximo.
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