segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Comentários dos Leitores

Carlos Eduardo de Souza
Sobre a nota "15 de Novembro - 119 anos de República":
O texto é muito interessante, contudo razoavelmente incompleto. Deixa de mencionar, por exemplo, o atraso com que veio a Abolição à qual os fazendeiros fluminenses, ao a ela se oporem vigorosamente, arrastavam o processo muito além do controle do Governo Ouro Preto; deixa de referir o poder político que os militares passaram a assumir com a vitória na Guerra contra Solano Lopez, pois até então, os militares, como estamento, limitavam-se à insignificante Guarda Nacional; por outro lado, não menciona a imensa influência revolucionária de Benjamim Constant, professor na Escola Militar, onde expandiu o ideário positivista. Acrescente-se a surda campanha de desprestígio movida contra o Conde d'Eu que se temia por poder vir a ser o principe consorte na sucessão de Pedro II. Ele era acusado de ser explorador dos cortiços do centro da cidade, como verdadeiro usuário, além de ser antipatizado universalmente por sua aversão ao português, como idioma. Valeria, por fim, comentar a hesitação de Deodoro que, segundo historiadores mais recentes, ter-se-ia decidido à última hora a liderar o movimento. Para isto teria contribuído seu desprestigio mais recente junto ao Imperador, que o estaria removendo para um comando menos importante no Rio Grande do Sul, o que teria desgostado Deodoro profundamente.

Sobre a nota "Eu e Ney Lopes":
Nos Estados Unidos basta, creio, ter 1/8 de sangue negro para ser considerado negro. Se fossemos aplicar esse critério no Brasil, teríamos, aí sim, hoje, uma população como aquela que descreviam os viajantes estrangeiros que chegavam à Bahia no século XVIII e que diziam tratar-se, quase, de uma cidade africana. Mas não, este não é o quadro que se observa no nosso país. É o de um caldeirão social que se vem formando com crescente harmonia, o que contribui eficientemente para eliminar o preconceito contra os negros.Isto vinha sendo assim, até chegar a importação das atitudes conflitivas dos negros americanos, o chamado black pride e seus modismos. Creio, contudo, que não frutificarão esses modismos, pois o processo de miscigenação caminhará sempre muito mais rápido e apenas uma minoria politizada e radical continuará a falar em discriminação racial no Brasil.
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Hélio sobre a nota "E no Sétimo Dia Deus Descansou":
São razoáveis os motivos apresentados pelos leitores Sergio Ramos e Paulo Moraes. Mas são dois leitores em um universo de quantos ? Achei sua decisão de não publicar o blog aos domingos arbitrária. Não vou dizer que a leitura de seu blog é a mais importante e a principal de minhas atividades, mas é uma das mais agradáveis.Estou preso a uma cadeira de rodas (temporariamente) e o blog dominical me faz falta. Mas, sei que a minha opinião solitária não pode influir na sua decisão. Mas, repito, a de dois leitores também não pode.
Enfim, por que você não faz uma pesquisa e atende à maioria ?
Um abraço.
Prezado Hélio,
Agradeço seus comentários sobre o blog.
Você tem toda a razão. Peço aos leitores que se manifestem sobre o assunto e decidirei em função do desejo da maioria.
Um grande abraço e pronto restabelecimento.

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