sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Ato Falho



Ivanildo, o ex-imbecil, desistiu de ir embora para Pasárgada porque seu primo, Eremildo, o idiota, disse-lhe que Pasárgada ficava muito longe do Rio e que também por causa do último temporal, a estrada estava intransitável.
Desolado, passou por uma banca de jornal e comprou o primeiro fascículo de um curso de Psicologia Freudiana.
Não sai na hora do almoço e, além de devorar o texto, pesquisa tudo na Internet.
Encontro-o logo que chego à redação e ele está exultante, com o fascículo aberto e a página do Globo com a coluna do Ancelmo Goes:
- Achei, chefe, achei !
Pacientemente, pergunto:
- O que você achou, Ivanildo ?
- Um exemplo de ato falho... Veja a notícia.
Com muita desenvoltura (estou pagando sessões de logopedia porque não agüento mais as reclamações de leitores que dizem que não entendem nada do que ele fala ao telefone):
“Progresso e Ordem
Tudo corria bem na festa do Dia da Bandeira, ontem, no Congresso. Até que alguém perceber que havia algo errado na “homenageada”.
As bandeirinhasa distribuídas ao público pelo Senado estavam de cabeça para baixo".
Minha faxineira não apareceu, o jornal não foi entregue e meu carro (um fusca 1985) não pegou. Não estou a fim de raciocinar e pergunto.
- Ato falho por quê ?
- Ora, chefe, simples: as bandeirinhas que o Senado distribuiu estavam de cabeça para baixo porque o Senado se considera de cabeça para baixo !

Um comentário:

Anônimo disse...

O Ivanildo está certo. O Senado está de cabeça para baixo desde o episódio do Renangate. Mas, com o ato corajoso do Presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho, devolvendo a MP das pilantrópicas,apoiado pelo Pedro Simon, talvez consiga começar a se aprumar. Gostaria de ver a cara do sapo barbudo engolindo esta.