SALVADOR. Em discurso na solenidade do Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, realizada ontem, pela comunidade israelita, em Salvador, a presidente Dilma Rousseff destacou que o massacre do povo judeu, classificado como “nódoa da história”, deve ser lembrado sempre e defendeu a criação de um estado Palestino:
— O Holocausto, que alguns negam, servirá sempre de paradigma contra a intolerância e contra essa violência bestial. Não podemos apagar da nossa memória atos repulsivos, nem podemos achar que eles são privilégio de algum povo. Infelizmente, nós vemos que, na humanidade, há várias manifestações nesse sentido. Mas, as sociedades democráticas têm o poder de deixar se colocar à nu essas tentativas (de negar o Holocausto). Por isso fazemos essa cerimônia para lembrar sempre.
Dilma fez questão de manifestar a posição do governo brasileiro de considerar “imprescindível”, para a paz no Oriente Médio, “a criação também do estado Palestino Democrático e não segregador”. E defendeu a solução diplomática ao invés dos conflitos armados:
— Acreditamos que a melhor solução é a construção de um ambiente de negociação e discussão.
Recentemente, o porta-voz pessoal do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, Ali Akbar Javanfekr, fez duras críticas à nova diplomacia brasileira em relação ao Irã. Chegou a declarar que “a presidente golpeou tudo o que (o ex-presidente) Lula havia feito. Destruiu anos de bom relacionamento”.
Pouco antes de Dilma falar, na mesma cerimônia, o presidente da Confederação Israelita do Brasil (Conib), Claudio Lottenberg, havia se referido à postura do Irã de negar o Holocausto e pregar a destruição do Estado de Israel:
— Lamento a posição de que líderes que pregam a extinção de Israel. A paz e a harmonia não estão ao lado do horizonte do presidente iraniano.
A presidente acendeu uma das seis velas na cerimônia. Cada uma simboliza um milhão de judeus mortos. Dilma permaneceu em Salvador.
4 comentários:
Sou favorável ao Estado Palestino democrático e coexistindo com o Estado de Israel, a economia local já é favorecida na área próxima à Cisjordânia por exemplo.
Para tal, os extremistas dos dois lados deverão se manter longe do processo diplomático.
Na Assembleia Geral da ONU presidida por Osvaldo Aranha foi aprovada a criação do Estado de Israel.
Nossa Presidente pode fechar o ciclo se colocar o Itamaraty como defensor explícito da criação do Estado Palestino. Em ambos os casos defendemos um povo injustamente perseguido.
Sem dúvida Alberto, basta as autoridades palestinas reconhecerem o estado de Israel, para começar.
Sem o reconhecimento do Estado de Israel não serão iniciadas as negociações entre as partes interessadas.
O papel do Itamaraty é deixar claro ser favorável à criação do Estado Palestino antes, durante e depois da negociação de Palestina e Israel.
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